chuva africana
Esta semana, 1ª de Abril, a minha estadia no Bongo foi muito curta, apenas durou de 4ª a 6ª-feira. Pesou aqui além das indispensáveis comodidades sociais que ali não existem, também o facto de qualquer cristão coerente com a sua fé ser obrigado a procurar fora dali o serviço religioso que a Igreja Católica, no lugar, nem aos domingos raramente garante.
Daí que já afreguesado em percorrer a distância que separa o Bongo do Huambo e sobretudo este troço que entre o Bongo e o desvio entronca com a estrada do Huambo/ Benguela, uma vez mais subisse até à capital da província para no lugar habitual me acomodar.
Atravessando toda a vasta área rural que depois de Lépi, por Caála, tem nos vales do Kunhingamua e do Lufefena a principal fonte de energia vital, o destino é alcançado.
E a paisagem entre Caála e Huambo é âmpla e sedutora. Mas hoje pessimamente aproveitada, como se vê.
Desta vez o meu objectivo central era participar na eucaristia dominical, e na melhor das hipóteses calhando no Santuário de NS de Fátima por já me ser familiar e o mais perto do sítio de acolhimento.
Nesse domingo, 5 de Abril, no fim da missa das 09h00, que muito participada e animada com cânticos tradicionais acabou por volta das 10h30, a chuva veio de mansinho dar os bons dias aos fieis, e eu, fugindo-lhe a caminho de casa, tive ainda tempo de no trajecto, a pé, tirar mais esta foto ao colégio de São José de Cluny. Mas a chuva em Angola tem a particularidade de molhar e passado momentos deixar os corpos secos. É chuva africana.