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Portugal, minha terra.

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09.05.18

Desportivo de Chaves foi apeado do quinto lugar

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte

A corrupção do futebol na temporada que termina no próximo fim de semana vai passar incólume , por exemplo, no jogo de há duas semanas entre o Rio Ave e o Desportivo de Chaves. A emboscada foi antecedida de uma faire play que as televisões, mostraram. No dia do jogo o árbitro Hugo Miguel que em 2015 fora alvo de acusações graves, aí mesmo, em Vila do Conde, terá chegado com  o propósito de acertar contas com o clube da «casa», lesando, grosseira e ostensivamente o Desportivo de Chaves. Toda a imprensa do dia seguinte relatou o «roubo» consumado na anulação de um golo sem espinhas aos Flavienses e na marcação de dois penáltis seguidos a favor do Rio Ave. Esse jogo decidiria a fixação no 5º lugar. O Chaves  com esse golo inicial ficaria, ipso facto, à frente, bastando-lhe ganhar, no jogo seguinte ao Marítimo, o que sucedeu por 4-1.

Hugo Miguel apercebeu-se de que esse resultado não cumpria o seu projecto. Por isso 3 minutos depois da bola ir ao centro, pára o jogo, recorre ao vidro-árbitro e anula «a espinha» que lhe feria a garganta. Já perto do fim do jogo, incrivelmente, assinala dois penáltis contra o Chaves. Não cuidou de ver se eles existiram. E o Rio Ave faz as pazes com os Vila-condenses. Hugo Miguel saía com a consciência purificada, pelos pecadilhos que em 2015, contraíra. Mas o Rio Ave garantia, no jogo seguinte com o Paços de Ferreira, o 5º lugar que pertencia ao Chaves.

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Curiosamente as televisões, desde o início da época, só passaram a falar dos 5 primeiros classificados. Com estes enchem os sábados, os domingos e as segundas feiras. Esgotaram todos os comentadores do reino e passam esses três dias e noites a encher chouriços.  Mas desde o 6º ao último clube, apenas dão o resultado e em tempos mortos. Esse jogo que garantiu o 5ºlugar ao Rio Ave, sendo ao Chaves que pertencia pelo que jogo em campo. Para que não pensem os meus leitores que estou a falar do que não sei, peço que leiam aquilo que o Correio da Manhã escreveu em Setembro de 2015. Se não ficarem seguros do que fica, consultem a a internet. 

 O Correio da Manhã, de 24/09/2015, em peça jornalística de Octávio Lopes escreveu o texto que a seguir se reproduz, sem qualquer alteração.

 

 - O árbitro internacional Hugo Miguel está a ser investigado pela Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga, pela ligação à empresa Macron, marca desportiva que equipa o Sporting. Segundo soube o CM, foi a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que, a pedido do Conselho de Arbitragem (CA), fez chegar o processo à Liga. O CA, liderado por Vítor Pereira, pediu um parecer jurídico à FPF sobre a eventualidade de haver um conflito de interesses. Já a Federação passou a ‘bola’ à CII, que antes de tomar uma decisão (procedimento disciplinar ou arquivamento) vai ouvir Hugo Miguel, entre outras testemunhas.

O caso começou nas redes sociais por adeptos ligados ao Rio Ave, depois de o juiz de Lisboa, de 38 anos, ter sido nomeado para o jogo com o Sporting, em Vila do Conde, da 4ª jornada da Liga, que os leões venceram por 2-1. Perante esta denúncia, o CA decidiu agir e chegou mesmo a confrontar o árbitro com a situação. Contactado ontem pelo CM, Hugo Miguel confirmou que é agente da Macron, mas vincou não ter negócios com o Sporting. "Os meus clientes são particulares, empresas e alguns árbitros dos distritais. Tenho uma loja em Lisboa, que serve de showroom para os clientes. Nem sequer está aberta ao público. E na loja não tenho nem posso ter camisolas do Sporting. O acordo do Sporting foi feito com a casa-mãe e, pelo que sei, o clube tem a exclusividade para vender os seus equipamentos." Hugo Miguel assegurou ainda que na declaração de interesses que enviou para a Liga menciona a sua ligação à empresa italiana. Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/liga_abre_processo_contra_hugo_miguel»

 

Nota Final

 Na época de 1972/73 foi o signatário  desta nota de leitura, eleito numa assembleia dos «amigos do Clube», promovida pelo então Presidente da Câmara de Chaves, Agostinho Pizarro, para liderar a futura Direcção, a sair dessa incumbência. Nunca o  Chaves subira aos escalões nacionais. Foi essa direção apelidada de «plintras»  a meio da temporada. Verdade é que nessa temporada o Grupo Desportivo de Chaves subiu de divisão, depois de a FPF, ter gerado um imbróglio que envolvia  4 clubes: o Lourosa, o Chaves, o Desportivo das Aves e o Valpaços. O «defeso» de cerca de 3 meses foi necessário para redimir essa escandaleira que apenas foi possível por via do «alargamento» das séries da 3ª divisão, de doze para dezasseis clubes.

Ficou na história do futebol nacional esse rocambolesco episódio que nos custou um processo disciplinar movido pela F.P.F, e do qual fomos amnistiado em Maio de 1974.  Desde essa altura o Chaves já passou pela I divisão e até por duas vezes foi às competições europeias. Nos últimos anos o Clube passou pela criação de uma SAD e os seus timoneiros têm-se revelado de uma competência ímpar que permite estabilidade, prudência e desportivismo.

Em Maio de 2013 publicámos em livro esse historial, com  o título: Grupo Desportivo de Chaves: da humilhação à Glória. O Caso que abalou o futebol português na época de 1972/73.

 Em 1974 na comemoração das bodas de prata (27/9/1974) a direcção do Clube solicitou-nos a letra do Hino que foi musicado pelo Flaviense Carlos Emídio Pereira. Esse hino cantado pela Ágata e ultimamente por Maria José tem duas palavras de força maior: «Valentes Transmontanos» que se generalizaram para denominar o Cube Flaviense. É entoado sempre que há futebol e completa 44 anos de vida.

Seria louvável que a comunidade desportiva respeitasse o espírito da letra e as gentes a que se referem.

Mas árbitros como Hugo Miguel devem ser tratadas como personas non gratas.

26.07.16

Vila e concelho de Ervededo (Chaves) em livro de

aquimetem, Falar disto e daquilo

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De Barroso da Fonte

 Dos cerca de 30 mil títulos que compõem a biblioteca que construí ao longo de meio século, há alguns especiais. Esses foram escritos por meus colegas do seminário, uns que já partiram, como: António Cabral, Nelson Vilela e Luís Coutinho; outros ainda vivos e ativos, como é o caso de Alípio Martins Afonso, Manuel Carvalho Martins, Lourenço Fontes, Armando Jorge e tantos outros a quem muito devo pelo muito que com todos aprendi. Refiro Fontelas, Perfil monográfico, 1970 que conservo como relíquia, tal como essoutros de meus condiscípulos que citarei noutra altura. O Alípio nasceu em Mairos, 7 anos antes de mim. Quando cheguei ao Seminário já ele usava batina e o recreio do meio, não permitia que convivêssemos tanto. Mas já ele se distinguia pela propensão para a escrita e para a história em que veio a licenciar-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Este Flaviense Transmontano sempre me serviu de referencial, quer como seminarista, quer como leigo, chegou a ordenar-se e a ser um pároco exemplar. Como eu poderia ter feito se tivesse prosseguido, ao fim de dez anos, certamente teria abandonado, como ele fez, por razões de liberdade religiosa. Talvez eu – se o tivesse feito – não conseguisse ser tão bom católico como ele tem conseguido sê-lo, como marido e como pai. E é por isso que admiro, muito, aqueles que, tendo frequentado o seminário e tendo-se ordenado, souberam manter a mesma fidelidade social, cultural e religiosa, como se tivessem continuado a opção clerical. Com grande dignidade, ele e vários outros que fizeram o mesmo, me edificam sempre que os olho e os reconheço, irrepreensíveis cidadãos em plenitude.
Teria que dizer isto publicamente, porque nunca me arrependi de ter abandonado e sido o que fui e como sou, sem moral para repreender seja quem for. Com todos aprendo e com quase todos, concordo. Mesmo com aquele me repreendeu em público, por causa de uns versos que fiz a uma amiga que mos pediu e que a mãe (dela) fez chegar às suas mãos. Preferi sair antes de ser expulso. Mas ele abandonou, casou e, já na qualidade de viúvo, requereu o regresso aos altares. Não lhe quero mal. Mas talvez ele que ainda é vivo, se lembre do ziguezague que fez e que foi mais sinuoso do que o meu.
Volto ao «livro de ouro» que o Prof. Alípio Martins Afonso editou em Março último e ao qual chamou «a vila da Torre e o Concelho de Ervededo». São 304 páginas deliciosas. Considero este seu livro, a obra que marca as «bodas de ouro» de autor. Como historiador profissional merece todos os elogios científicos. Tive o cuidado de ler com atenção tudo o que tem a ver com as primeiras informações, factos, datas e contextualizações historicistas. Recuou o investigador ao ano marcante da nacionalidade Portuguesa: 1096. Foi este o ano do casamento do Conde D. Henrique com D. Teresa. Com esse casamento restaurou o pai da noiva, o primeiro Condado Portucalense que fora confiado a Vímara Peres (em 868), como prémio da reconquista cristã e que terminou com o nono conde, Nuno Mendes, (em 1071), na Batalha de Pedroso, contra o Rei Garcia. 25 anos depois voltou esse território portucalense, Entre os rios Douro e Minho, a ser subtraído ao Reino da Galiza, para servir de dote a D. Teresa e a seu marido o Conde D. Henrique. Desse casamento nasce Afonso Henriques que na Batalha de S. Mamede, em 24 de Junho de 1128, cumpre o sonho do Pai (falecido entre 1112 e 1114, mas que a Mãe preferia manter galego, para gáudio do seu amante Fernão Peres de Trava. Obviamente, as fronteiras desse Condado, só mais tarde foram acertadas a norte e a nascente.
Nesta obra fala-se, sobretudo em divisões religiosas que, ao tempo, eram mais importantes do que as civis. A primeira referência à Paróquia de Ervededo, aparece em 610. S. Martinho de Ervededo, (padroeiro da Igreja Matriz). Fora condiscípulo do Teólogo Santo Agostinho. Por essa altura era a sede mais importante, em termos de poder religioso. O Couto de Ervededo devia obediência a Braga. Mas Ourense disputava-o. Neste livro se explica,exemplarmente, a evolução independentista do território Portucalense e do papel que as Terras a norte de Chaves tiveram no contexto do Reino.
Tudo o que decorre neste volume passa a ser uma fonte de citação obrigatória. Fazia falta. Esta matéria deveria ser de leitura obrigatória das escolas públicas. Porque quem aqui nasce, vive e gosta de viver, deve ter o direito de conhecer os bons e os maus relacionamentos que houve entre povos irmãos. Só pelo tratado dos limites se estabeleceram as fronteiras. Mesmo assim foram acertos aos ziguezagues e os «povos promíscuos», ainda mal conhecem as razões de serem do lado de cá, ou do lado de lá, quando se sabe que há cerca de 200 anos, pertenciam ao lado contrário do que hoje têm. A região do Alto Tâmega que se inscreve na zona de influência das vias romana, das termas de Chaves e Carvalhelhos, dos castros de Curalha, Pedrário, S. Vicente, dos centros urbanos de Grou, Gralhas, Ciade, Caladuno, de Braga, de Lugo e de Astorga são lugares comuns no período medieval.

01.07.16

Revista aquae flaviae completou 30 anos bem contados

aquimetem, Falar disto e daquilo

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De Barroso da Fonte:

As comunidades, rurais e urbanas valem pelos filhos que têm e pelas obras que produzem. Nos últimos anos Chaves fez das suas potencialidades acções de mérito. Na gastronomia viu universalizados os seus pastéis de carne. No campo da saúde ampliou as instalações balneares. No desporto viu subir de divisão o mais representativo clube de futebol da Província. Na cultura vai abrir portas a Fundação Nadir Afonso, com o seu Museu de Arte contemporânea. Mas nesta área há outras evidências que merecem aqui ser citadas, tais como: o 30º aniversário do Grupo Cultural Aquae Flaviae, o seu órgão científico que é A revista com o mesmo nome.
O 30º aniversário foi comemorado dia 17 de Junho com uma sessão cultural na Biblioteca Pública e com um jantar de confraternização dos associados que aceitaram inscrever-se. A sessão foi presidida pelo vice-presidente da Câmara Carlos Penas, ladeado pela Presidente da Direcção do Grupo Cultural e diretora da Revista Aquae Flaviae, Maria Isabel Viçoso, pelo convidado de honra Prof. António Rodriguez Colmenero, pelo Presidente da AG Alípio Martins e pelo sócio nº 3, António Manuel Alves dos Ramos que acompanhou mais de perto os 30 anos de actividade da prestigiada Associação. Na sua qualidade de técnico superior da autarquia.
O encontro contou com a presença de uma boa parte dos cerca de 700 sócios que receberam graciosamente, a edição 52. As 264 páginas reúnem: o editorial de 14 paginas, nas quais a directora explicita o percurso dos 30 anos da instituição, 28 dos quais com a saída regular de duas edições semestrais. Nessas primeiras páginas Maria Isabel Viçoso começa por invocar os importantes contributos dos já falecidos associados: Firmino Aires, João Baptista Martins e José Guilherme Calvão Borges, associados: 1, 2 e 16 respectivamente. Menciona de igual modo o sócio nº 35, Júlio Montalvão Machado que faleceu em 25/6/2012 e que dirigiu a revista até essa altura.
A seguir enuncia e insere a biografia dos actuais dez primeiros sócios que aceitaram escrever um texto alusivo ao tema e ao período da existência da publicação.
Esses autores aparecem nas páginas e com os temas que ocupam esses espaços, a saber:
António Ramos, nº1, fala de «Chaves – Destino Estratégico entre a página 23 e a 66; Luís Dias de Carvalho, nº 2, com o tema: «Campo da Roda – a sua problemática toponímica», da página 67 à 74;
Barroso da Fonte, nº 3, da página 75 à p. 114, falando de «Miguel Torga e Fernão de Magalhães Gonçalves, unidos para sempre em nome da literatura; Maria Eugénia Branco Teixeira, nº 4, reunindo meia centena dos seus sonetos mais ligados à temática Flaviense, desde a página 115 e a 148; Carlos Vieira Reis, nº 5, aflora « O vinho e o mosto – um exercício de intertextualidade», desde a página 149 à 184; Manuel dos Anjos Montalvão Machado, nº 6, que assina uma breve mensagem sobre a Revista «Aquae Flaviae» nas pp 1185 a 188; Alípio Martins Afonso, nº 7, aborda «0 500º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, nestes 500 anos entre 1516 e 2016». É da sua lavra o espaço desde a página 189 e a 204.
Manuel José Carvalho Martins, nº8, assina o texto: «Chaves comprova o alfabeto Ibérico» para o que ocupa desde a página 205 e a 234; José Dias Baptista, aparece em 9º lugar, como sócio fundador, assinando «Um documento Notável – 1126, Couto Dornelas, em Boticas que fala deste antigo concelho do Baixo Barroso que já nos alvores da nacionalidade Portuguesa era muito citado pela influência que alguns dos seus naturais exerciam na Região do Alto Tâmega. O décimo colaborador desta edição da Revista, tem o número 25 de sócio fundador e, como foi presidente da Câmara de Boticas desde 1989 até 2013, envolveu-se, a preceito, na historiografia deste concelho do baixo Barroso, assinando um testemunho acerca de «Boticas: Terra de Guerreiros». Em 12 paginas ilustradas com figuras de Guerreiros, encontradas no Castro de Outeiro Lesenho e com trajes e adereços desses primitivos tempos, encerra o volume que acerta o passo com o semestre 52 da saída da publicação. A revista que aqui falamos foi criada depois de outras que se publicavam em Vila Real e em Bragança. Chaves não quis ficar atrás. A Brigantia sai, apenas quando Deus quer. A Tellus, teve dois directores de peso: António Cabral que já faleceu e que a criou e dirigiu, enquanto pôde. Depois António Pires Cabral que vem organizando uma edição anual.
Já depois de redigida esta breve nota chegou-me por correio uma separata, do belíssimo artigo do Dr. Manuel José Carvalho Martins, a que chamou Chaves Compra Alfabeto Ibérico. Desta separata fez uma tiragem especial de 300 exemplares «para os amigos, desejando que o leitor ultrapasse os meus 94 anos, para bem da cultura». Aqui lhe deixo um aplauso pelo muito que me ensinou.

06.05.16

O jogo que pode dar / a vitória que nos falta

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

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 De: Barroso da Fonte

Na última edição da voz de Chaves, o habitual colaborador Sebastião Imaginário fez um apelo aos flavienses e simpatizantes do Grupo Desportivo, para terem paciência até ao fim do campeonato, porque já «poucas dúvidas existirão» quanto à subida à primeira liga. Tal feito é mais do que justo porque já na época anterior, estivemos com um pé nessa liga e, só um infortúnio de última hora, negou a concretização desse justo triunfo. Na presente temporada o GD de Chaves, o clube mais representativo de Trás-os-Montes e Alto Douro, andou sempre no primeiro lugar da subida, revelando-se o clube mais regular,mais qualificado e mais merecedor de ser promovido. Não pelas arbitragens ou fatores exteriores ao futebol, mas graças ao treinador que vai ficar na história pelo maior número de equipas que promoveu à I liga, ao público Flaviense e à Direção que nos últimos anos tem feito um trabalho que deve ser, publicamente, reconhecido.
Como sportinguista, Flaviense e Montalegrense veria chegada a hora de me sentir honrado na modalidade mais popular. Em cada uma das provas da I e II ligas e na distrital. Eu que sendo um leigo primário no futebol, tive a honra de formar a direção que levou o Desportivo de Chaves da III à II divisão, pela primeira vez na sua História de 56 anos. Esse feito foi na época de 1972/73. Foi uma época histórica porque ganhámos o campeonato nacional da III divisão. E, por compadrio federativo da época, o Desportivo viu-se desclassificado por corrupção primário do Lourosa e Valpaços, conforme o livro que publiquei em 2014 e se chamou: «Da Humilhação à Glória». Fui, nessa época, o único cidadão processado pela FPF, pelo que escrevi na imprensa contra aquele organismo federativo. E, já depois disso, voltei a ser processado pelo árbitro Armando Paraty, (que foi sepultado no dia em que escrevo esta nota), pelos «roubos» descarados num jogo entre o Desportivo e o Boavista. Tenho, pois, boas razões para gostar do GDC e ter escrito a letra do Hino do Clube, no ano em que fez bodas de prata (1974). Essa letra teve e tem Música do saudoso Carlos Pereira. Inicialmente foi cantada pelo «Bio». E, mais tarde, interpretada pela Ágata, com edição da empresa à qual ela sempre esteve ligada.
Sucedeu que a par da sua boa intenção (que louvo e agradeço), cometeu a discográfica, um erro grave: «onde escreveu letra e música populares», deveria ter escrito: «Música de Carlos Pereira, letra de Barroso da Fonte, cantadas por Ágata». Não teriam os autores exigido direitos de autor, revertendo esses direitos a favor do Grupo Desportivo de Chaves. Pessoalmente, depois de um ano inteiro de preocupações, de despesas e de tempo gasto, seria o meu contributo para sempre ao clube pelo qual me apaixonei e ainda sofro quando perde. Quando fui vereador do Desporto, em Guimarães e o Chaves jogava com o Vitória de Guimarães, em pleno Estádio Municipal que eu representava, batia palmas ao Chaves, fato que me mereceu algumas inimizades.
Este ano sonhei que o Sporting, o Chaves e o Montalegre, me retribuíam com o mérito de vencedores das 3 classes. Para já só o Montalegre me deu esse prazer. Espero que no jogo com o Portimonense o Desportivo, ao qual mais me dediquei, me retribua esse preito, subindo de Liga. A sua subida terá a contrapartida de entre o Sporting e o Chaves, preferir, enquanto primo-divisionário, o representante Transmontano.
É com esta satisfação incompleta que escrevo este oportuno desabafo, através do qual solicito ao aos atuais e futuros jornalistas que, quando usarem as quadras do Hino, como aconteceu na edição de 29 de Abril de A Voz de Chaves respeitem o que eu escrevi e não aquilo que aparece na voz de Ágata. Nas 2 quadras que de boa fé transcreveu há dois erros: no 3ª e 5º versos.
Vejam-se:
Vamos, rapazes, ganhar
com o calor desta malta
o jogo que pode dar
a vitória que nos falta

Somos de Chaves e unidos,
como valentes serranos,
jamais seremos vencidos,
porque somos transmontanos.

19.11.15

Chaves e a grande Guerra (1914-1918)

aquimetem, Falar disto e daquilo

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 De Barroso da Fonte:

"Entre 1914 e 1918 decorreu o primeiro conflito mundial em que Portugal entrou com participação ativa desde Março de 1916 a Novembro de 1918. De Julho de 1914 a Março de 1916 o país discutiu internamente a opção sobre se deveria manter-se neutro ou deveria entrar no conflito. Em Março de 1916 já tinha optado pelo sim e acabou por ter de preparar um Corpo Expedicionário para prestar serviço na Flandres. E no âmbito da velha aliança com a Inglaterra, em 18 de Agosto de 1914 o Exercito Português passou a mobilizar tropas para Angola e Moçambique, sem que tal facto redundasse em beligerância por parte da Alemanha.

Um século depois, por todo o país, os investigadores e os políticos procuraram assinalar a memória dos seus combatentes. Os cemitérios e lugares públicos, das cidades, vilas e algumas freguesias, assinalaram esses Combatentes, cujos filhos, avós e a consciência cívica tiveram o bom gosto de perpetuar.

Chaves, sede dos concelhos da região do Alto Tâmega, viu partir do seu Regimento de Infantaria nº 19 para os três territórios: Angola, Moçambique e Flandres, nesse período bélico, vários batalhões e companhias militares. Para dar aos descendentes ainda vivos, a certeza de que ainda os não esqueceram, o Grupo Cultural Aquae Flaviae, conjugou forças (militares, académicas, civis e políticas), para editarem uma obra que materialize aquela homenagem. Tarefa árdua por ampla, dispersa e materialmente cara. Somente seria possível por iniciativa de espíritos com força interior, capacidade de resistência física e mental do ímpeto daqueles valentes guerreiros que deram tudo o que podiam dar, para honrarem a missão que os chamou e para salvação dos próprios que partiram e por lá andaram, protagonizando «as passas do Algarve». Cada história daria uma «estória». Mas a História de Portugal deste quadriénio está por fazer, o que não honra tantos milhares de historiadores profissionais que anualmente saem, ou pelo menos vivem da e para as Universidades pagas pelo erário público, sem que produzam para o erário público que lhes paga, as contrapartidas que deveriam ser os registos dos principais factos que a História de Portugal merece que sejam registados para memória pública. Um século depois os Historiadores profissionais ainda não cumpriram os deveres da cidadania. E é por isso que nos empobrece e nos obriga a saudar esforços de toda a ordem de Instituições como o Grupo Cultural Aquae Flaviae, do Comando do RI 19 e do cidadão Dr. António de Sousa e Silva.

De facto, o Grupo Cultural e a revista Aquae Flaviae que dele emana, através da sua responsável Drª Maria Isabel Viçoso, foram além daquilo que lhes seria exigível: sobrepuseram-se a serviços e a investigadores a quem o erário público concede meios técnicos e financeiros que foram insensíveis a estudos parcelares e globais de um período nevrálgico para o verdadeiro, profundo e urgente interesse nacional já exigiam há décadas. Um século depois é muito tarde para gente que nasceu, viveu e morreu sem conhecer o drama humano, social e político da História do seu país. Meio século depois aconteceu outro drama social e político: a descolonização. Mas em nome deste gastou o erário público pipas de dinheiro, para realizar filmes falaciosos, para criar museus, arquivos e bibliotecas, com todo o tipo de argumentos sem nexo, falsificados ou narrados por escribas, alguns deles para vanglória pessoal ou de grupo.

A Revista Flaviense de que, - com vaidade o digo sou sócio fundador nº 5 – surpreendeu tudo e todos, ao editar a edição número 50, da revista do mesmo nome, com 632 páginas, mais seis tomos com as fichas de todos os militares dos concelhos periféricos. E um sétimo com os nomes dos mobilizados pelo RI 19, mas naturais de outros concelhos. Foi um trabalho insano, em tempo recorde e com a metodologia científica que nenhuma regra académica poderá reprovar. Para que possa ter-se legitimidade para censurar algo que se faça, acerca da vida de um país, apenas terá legitimidade quem tenha feito algo melhor ou parecido, antes que outros o fizessem, acerca dos mesmos factos e nas mesmas circunstâncias.

A revista semestral, é distribuída gratuitamente aos sócios. O GCAF. Foi fundado em Abril de 1986 e com esta edição completa o ano de 2015. O valor da quota associativa é igual ao preço gráfico de um dos vários volumes, ora editados. O Grupo Cultural, os autores desta magnífica colaboração a os concelhos do Alto Tâmega e a cultura Portuguesa prestam um relevante serviço aos Transmontanos, ao País e à Sociedade internacional pelo trabalho que produziu e colocou aos dispor dos apaixonados pela História de Portugal. Não cabe nesta nota de leitura a dissecação de cada volume. O volume principal ocupa integralmente a história da «Grande Guerra e a participação

dos militares do RI 19 e do Alto Tâmega no conflito». Estas 632 páginas são da autoria do Dr. António de Souza e Silva. Quer o índice quer a estrutura e exposição mais parecem uma investigação científica para a obtenção do grau doutoral. Um trabalho exaustivo que faz deste Flaviense um verdadeiro historiador. Igualmente lhe pertenceu a organização do volume dedicado a Montalegre. Já o mais volumoso tomo dedicado aos participantes na G. Guerra nele inseridos (que é dedicado aos participantes do Concelho Flaviense) se ficou a dever ao Coronel Armando dos Santos Ramos, comandante do RI 19. Uma parceria social e cultural que honra e proclama as três entidades que assinam esta portentosa obra cuja que fica a dever-se, antes de mais e acima de tudo, pela postura cultural, cívica e humana da Drª Isabel Viçoso. A sua perspicácia, sua competência, honestidade e propensão para o diálogo são motivos fortes para distinguir esta Barrosã que merece o seu nome na toponímia Flaviense. A qualidade das suas obras, o mérito pedagógico do seu saber, o apego às causas e a disponibilidade permanente para assumir o interesse público, são virtudes que exornam esta talentosa Barrosã que escolheu Chaves para viver".

21.01.08

Alto Tâmega e Barroso

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            Organizado pela Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), decorreu  na Feira Internacional de Lisboa (FIL) desde 4ª-feira, dia 16, até Domingo, dia 20, um dos mais importantes certames consagrado às áreas de serviços e industrias afectas a esse importante sector comercial que é o turismo.  Países como o Brasil fizeram-se representar à medida da sua grandeza, o mesmo sucedendo em relação  a empresas, como Alcatel-Lucente, ou regiões como os Açores e Madeira que também se fizeram representar à medida de quem sabe   acompanhar as boas oportunidades.

            Devo a visita ali, ao meu dilecto amigo Dr. Artur Couto que me convidou para no passado dia 18 ir almoçar com ele  às instalações da FIL, onde à data, por volta das 17h30, o Professor José Laranjo, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro(UTAD) ia fazer  a apresentação da "rota turística da castanha". Um trabalho que foi realizado com alunos da licenciatura de Comunicação e Multimédiia, e pretende valorizar durante o ano, o fruto que só é lembrado pelo São Martinho: a castanha..   

            O previlégio de ser convidado e acompanhante de uma figura como o Dr Artur Couto, entre outras vantagens é podermos  aumentar os nossos contactos e as relações sociais com todo o tipo de pessoas da  nossa região e não só, dada a popularidade e a facilidade de relacionamento com que este insigne transmontano, de Boticas, se movimenta em sociedade.  Conhece todos, e todos o conhecem a ele e o respeitam. Aqui, ainda antes, de nesse dia, a feira ter aberto ao público, já neste pavilhão, o Dr. Artur está a mostrar algo  ao presidente da Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso, Dr. António Mota, que parece muito atento na observação. 

            O objectivo principal do nosso encontro era o almoço, e se possível em restaurante transmontano,  pese as ementas tradicionais da nossa culinária favorecerem o aumento do colesterol, mas, como diz o nosso povo:  " perdoa-se o mal que faz  pelo bem que sabe". Aqui não foi o caso,  porque infelizmente os sabores transmontanos não se fizeram deslocar à capital e assim se darem a conhecer às empresas e agentes de turismo que participaram no certame. Foi pena, mas  a pena maior, para mim, foi não ver a Senhora da Graça e  as Fisgas de Ermelo ali representadas com o destaque que mereciam no pavilhão da  Região de Turismo do Marão, onde o sorriso e amabilidade da funcionária que me atendeu vale bem mais que todo o mostruário exposto. Pelos vistos as tradicionais regiões de turismo deste país também já estão postas em saldo pelo (des)governo de Sócrates. 

            Agora são horas de almoçar e antes há que escolher o restaurante. A escolha  recaiu no restaurante da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira e logo o Dr. Artur  travou animado diálogo  com um  distinto director da instituição que nos ajudou na escolha do prato e do vinho a consumir. Foi um regalo ouvir um madeirense falar com todo o seu entusiasmo da Madeira e dos seus sabores gastronómicos.  

             Barriguinha farta agora há que nos ir chegando para junto do pavilhão da Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso, onde não  tarda vai ser feita apresentação da rota da castanha, no fim da qual o presunto e o vinho de Chaves marcaram presença. Foi um acto solene e merecidamente  muito aplaudido. Parabéns transmontanos da região de Alto Tâmega e Barroso

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