"Deus escreve direito, por linhas tortas", não haja duvida. Sem mais aquele percalço de 2ª- feira, a minha estadia no Caimbambo perdia qualidade no aspecto de conhecimentos da terra e da gente com quem ali privei de perto desde 26 de Março a 1 de Abril pp. Também a Sra. Administradora da AAA , e a instituição em si, ficou a ganhar com a ajuda que na 2ª e 3º-feira obteve por parte a Drª Gisela, que só por isso adiou a partida para 4ª-feira, "dia das mentiras".
A respeito da origem etimológica do topónimo contaram-me que no morro que serve de pano de fundo a este embondeiro, vizinho dos escritórios da AAA, viveu em tempos remotos um famoso caçador chamado Bambo, que certo dia quando regressava da caça caiu com gravidade e morreu. Então os nativos apressam-se a informar: Cai(m) Bambo e morre.
Vagar tive também para me aventurar a mexer na máquina digital e sem conhecimentos técnicos fazer o meu primeiro vídeo que consta no post anterior. É fácil para quem sabe, mas para mim foi uma descoberta maior do que para Newton, a lei da gravidade.
Também aqui este jovem padeiro, com o cesto do pão à cabeça, me fez lembrar os tempos que com a idade dele fazia o mesmo por terras de Celorico de Basto. Ele por regra sempre com calor; eu, ao tempo, vitima do muito frio de Inverno e do calor de Verão.
Não há uma sem duas, nem duas sem três. Ou melhor dito: "Às três é de vez!". Agora sim, possivelmente não voltarei a ver estas simpáticas crianças que vão ser os homens de amanhã, e oxalá venham a ter mais sorte do que os seus progenitores
Eram 08h10 quando deixamos a vila que criada a 1 de Setembro de 1921, teve por seu 1º administrador António Rodrigues que, vi algures, inicialmente se instalou em Catengue, a 30km a Oeste da sede municipal Caimbambo. Se a viagem fosse de Comboio, e ele como dantes circulasse, a distância entre Caimbambo e Huambo rondaria os 262km. Por estrada andará, também, por aí.
Já com a vila a perder de vista, num derradeiro adeus, seguimos em direcção do "morro da vitória" ou "Irmãos gémeos" .
Pela sua fama a morro merece um foto tirada de mais perto
Tudo ainda muito perto do ponto de partida, apenas 14 minutos foi quanto demorou de Caimbambo a este lugar que como é obvio, jamais esquecerei. Não só pela pedra que beija, mas também pela avaria do jipe...
Também aqui à entrada da Ganda, esta taberna me despertou curiosidade pelo titulo que escolheu e tem na frontaria: Taberna dos Irmãos de Verdade.
O rio Catumbela continua cheio, e quando o seu caudal for bem aproveitado Angola será ainda mais rica.
Do Alto Catumbela também me não vou mais esquecer, aquela viagem em seco.., num dia de trovoada, fica na memória. Mas foi providencial, como já disse.
Eram 10h00 estávamos na Baboera para deixar a província de Benguela e pelo município de Tchindjenje - para os cubanos e russos - ou Quinjjenje -para os portugueses e nativos- , entrar na província do Huambo.
Depois de Quinjenje, surge o município de Ucuma
Esta linha de água que aqui atravessa a estrada não secou enquanto estive em Caimbanbo, continua como atractivo turístico de Ucuma
A seguir a Ucuma é Longonjo, outro município de Huambo de que já falei.
Paisagem entre Longonjo e o desvio do Bongo, onde estou desejoso de chegar para ver a hora e a sementeira que deixamos a crescer.
Desvio para o Bongo, mas nesse dia seguiu-se em frente para na cidade descarregar a trouxa e tomar um merecido banho de chuveiro que nem em todos os sitios é fácil.
Ás 12h04 eis-me chegadinho a esta bela praça da capital do Planalto Central angolano, que após restaurada já dá um cheirinho ao que foi. Vale sempre alguma coisa os maiorais do mando provincial ou municipal assentarem arraiais em certo espaço, ao menos aí, não raro, as obras ganham formosura e prontidão....Que diferênça do que se passa, entre Caimbamdo e Huambo!