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12.04.17

Quem as faz que as pague

aquimetem, Falar disto e daquilo

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 Em 2009, quando Guimarães soube que a ministra Isabel Pires de Lima, tinha promovido Guimarães a Capital Europeia da Cultura, aqueles que, desde 1990, esfregavam a barriga ao sol, graças ao poder totalitário que ali se instalara e que garantia tacho e penacho a alguns dos seus eleitores, redobraram, com a certeza de que, aqueloutros que não tinham tido esse privilégio sendo do mesmo clube político, iriam desforrar-se à mesa desse banquete, garantido até 2015, com os 111 milhões de euros provindos dos fundos comunitários e do orçamento geral do Estado, cinco anos de fartura. O «rei» da festa era o mesmo, acolitado por camaradas vips e alguns seus protegidos. Para encobrir essa festança foi congeminada a Fundação Cidade de Guimarães, para o que bastou encarregar um outro camarada da freguesia do Benfica, em Lisboa que se especializara no fornecimento de formulários para esse tipo «geringonças». Sendo Guimarães viveiro de muitos e bons juristas, logo esse ex-deputado que conhecera, anos antes na AR, o «rei» vimaranense, entregou 30 mil euros pelos estatutos da CEC. Estatutos feitos à medida do «dono disso tudo», O mesmo «reizete», por inerência de funções, passou a líder da CEC que convidou Cristina Azevedo, para diretora executiva, apenas dependente do dito cujo. Foi ele que estipulou os vencimentos e outras mordomias para todos os membros dos três órgãos, incluindo a senha de presença para ele próprio. Esses vencimentos vigoraram à volta de dois anos. E eram tão estapafúrdios que foram reprimidos e censurados no Parlamento. Baixaram 30% e, mesmo assim, ainda superiorizavam os do chefe de Estado. A dada altura Cristina Azevedo contratou o atual Presidente da Câmara de Braga, através de um contrato, a termo certo. Como ela não deu conhecimento ao «reizete», ele próprio, sem consultar os restantes membros do Órgão, despediu Cristina Azevedo. Este despedimento selvagem, enraiveceu o capataz e «dono disso tudo», apenas pelo facto de Ricardo Rio ser da oposição. Um tsunami nacional! Jorge Sampaio, que tinha sido convidado pelo «dono disso tudo», para Presidente do Conselho Geral, induziu Cristina Azevedo, a aceitar o despedimento, regressando à Neuronext. E que, posteriormente, seria ressarcida da diferença de vencimento. Ela aceitou mas pelo sim pelo não, pediu uma indemnização de 405.395,88 euros. E acaba de ser vencedora desse contencioso. O «saneamento político» que o «reizete» provocou, redundou em mais um «desemprego»: Carla Morais que fora contratada por Cristina Azevedo teve o mesmo desfecho. Carla Morais levou o processo até ao fim. Em Julho de 2016 o Tribunal dera-lhe razão, tendo de receber 206 mil euros que ainda estão por pagar. Do acordo conseguido após conversações, entre Jorge Sampaio e Cristina Azevedo, esta deveria receber 405.395,83 euros. Entretanto a CEC encerrou em 2013. As responsabilidades passaram para a Câmara. Mas o julgamento para ultimar os penduricalhos da CEC, só terminou em fins de Março de 2017. A Guimarães Digital confirmou a notícia do JN do dia 1 de Abril, informando que Cristina Azevedo reclamava uma indemnização de 422.544, 63 €, adiantando que a decisão ainda é passível de recurso, no período de 30 dias, a iniciar-se em dia 3 de Abril. Para já o Tribunal condenou a Câmara, a Direção Geral do Tesouro, mais o Gabinete de Estratégia Planeamento e Avaliações Culturais ao pagamento de 249 mil euros.
António Magalhães e Jorge Sampaio, deveriam ser responsabilizados por esses pagamentos. Quem as faz que as pague. É uma das obrigações da verdadeira democracia.

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