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03.05.18

O Pai da Revolução é transmontano

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte

Jorge Golias nasceu em Mirandela, em 1941. Fez o antigo 7º ano de liceu, em Vila Real. Entre 1972 e 1974, prestou serviço na Guiné. Fez parte do MFA e, talvez porque não quis protagonismo, ao contrário de outros  seus pares, fez formação na Arma de Transmissões, licenciando-se em Engª Eletrotécnica. Nunca reivindicou promoções e, talvez por isso, o poder militar quase se esqueceu dele. Não obstante estar sempre do lado daqueles que pretendiam uma revolução sem sangue e reconciliadora. Só recentemente foi promovido a Coronel,  por pressão de um movimento de camaradas que não concordavam que um daqueles que mais certo estava e nada pretendia em troca, era o único que continuava como Tenente -Coronel.

A revista da A. 25 de Abril, «O referencial» ed. 128, referente a Jan/Março na rubrica «Almoços com História» deu voz  a dois coronéis pacifistas: Jorge Golias e Rosado da Luz.

António Chaves fez-me chegar online esta edição.  Ambos, mais velhos, estávamos do outro lado da barricada, como milicianos. Entretanto conhecemos o investigador Jorge Golias que com o seu notável livro: a Descolonização da Guiné-Bissau e o Movimento dos Capitães, nos convenceu. O Transmontanismo gerou três amigos.  E a Academia de Letras  de Trás-os-Montes, confirmou essa solidariedade cívica, cultural e telúrica. Mal eu sabia que o também amigo comum, José Manuel Barroso, que conheci nas lides jornalísticas e que ainda recordo com sincera admiração, tinha sido o autor do epíteto que me encheu de júbilo, referindo-se a Jorge Golias: «foi um autêntico trator de muitas movimentações na Guiné (…) o pivô essencial da movimentação política quer antes, quer depois do Movimento dos Capitães», ponto de vista logo corroborado pelo cor. Faria Correia: «considero que  o Golias foi o Pai da Revolução».Eis a chave que busco, desde 1974: além de Jaime Neves, também  Jorge Golias, zelava pelos valores da Lusa-Gente. O amigo comum Jorge Lage, já me tinha confirmado, de viva voz e na sua prosa jornalística, que este seu conterrâneo e valoroso militar, era um HOMEM de antes quebrar que torcer. Que foi o Pai da Revolução eu não sabia. Mas essa certeza aproxima a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar, com a Associação 25 de Abril. Aquela nascera por causa desta. E ambas estão vivas, não obstante  o abismo material que as separa, Para cimentar esta clareza ideológica em relação ao golpe militar do 25 de Abril de 1974, tomo a liberdade, de reproduzir aqui, mais algumas ideias e reflexões deste discreto mas influente militar que se chama Jorge Golias, Mirandelense de corpo e alma, de quem o Coronel Faria Correia, disse, para valer, como testemunho vivo e nunca desmentido:

 “considero que o Golias foi o pai da revolução”. Na qualidade de capitão de Abril, Jorge Golias apresentou uma comunicação estruturada em três elementos: i) Formação na Academia Militar e no Instituto Superior Técnico; ii) descolonização na Guiné-Bissau; iii) o Movimento dos Capitães e episódios do PREC. Daí, haveria de salientar: “Uma revolução tem isso tudo que sabemos hoje, asneiras, traições, saneamentos injustos, etc., que não nos deve envergonhar, antes pelo contrário, porque isso é mesmo assim e foi a dinâmica que se gerou que produziu um extraordinário saldo positivo de conquistas, aprendizagens democráticas, dessacralização do poder, sabença na reivindicação de direitos, soma positiva que ainda hoje é património do 25 de Abril. E é neste caminho da compreensão dos momentos mais dramáticos da revolução, que hoje percebemos melhor, que vamos fazendo a sua catarse e nos vamos pacificando”. E, a concluir, diria: “chegado o momento da verdade, em que o País se podia estar a encaminhar para uma guerra civil, a solução saída do 25 de Novembro, em que os camaradas mais sensatos evitaram maiores retaliações, hoje vejo este episódio histórico como um golpe contrarrevolucionário que teve o alto mérito de evitar uma guerra civil”.

Não conhecia eu a revista da Associação 25 de Abril. Vou arquivar esta edição que me trouxe nuances, bebidas noutros protagonistas, que se adiantaram ao tempo que deve tolerar-se até pousar a poeira da confusão. Cedo começaram os auto-elogios dos mirones que temiam ficar fora da História. Essas edições sobrepuseram-se à literatura séria que os livreiros foram  arrumando com medo de chegar uma emboscada que trocasse a verdade pela mentira, o luar pelo sol, o discreto pelo bizarro. Essa maluqueira foi esboçada nalgumas escolas, em bibliotecas públicas e só o bom senso prevaleceu. Mas casos houve em que as doutrinas marxistas povoaram as estantes da Cartilha Maternal, dos Lusíadas e da Bíblia.

 

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