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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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02.02.18

Mas decidi-lo só a Deus pertence.

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Faleceu hoje, dia 2, no HMLumiar, o Sr. Horácio Amílcar dos Santos Pereira, sargento-mor do Exercito, aposentado e residente que foi na Alameda das Linhas de Torres, em Lisboa. Tanto como militar como na vida civil o Sr. Pereira era uma figura sempre disponível para dar a sua generosa ajuda a quem precisasse dela, sobretudo na área do seu conhecimento fecundo em mecânica-alto. Casado com a sua conterrânea D. Cecília,  a “Cici” que foi a ama da minha filha Gisela, e pai da gestora Maria Helena Pereira, a “ Lenita”, o Sr. Pereira deixa muitas saudades não só aos familiares como aos inúmeros amigos que conquistou e por ele tinham admiração.

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E a prova deu-se quando ao chegar do corpo à capela-mortuária da igreja de São João Baptista do Lumiar, por volta das 16h00, da família além da esposa e filha só mais umas cinco ou seis pessoas se encontravam ali, quando por volta das 17h00 saí, já a capela estava abarrotar de gente e ramos de flores sem conta. Mereceu, pois cumpriu bem o seu dever de cidadão, de marido e pai. Um amigo verdadeiro que perdi. O seu funeral com exéquias fúnebres às 09h00 de amanhã, dia 3, findas as quais o cortejo fúnebre segue para Ade-Almeida, onde será sepultado no cemitério local, com honras militares. Quem a doença tanto martirizou e com tanta fé e coragem aguentou por certo já nem pelo purgatório passa. Mas decidi-lo só a Deus pertence.

26.01.18

O intocável ministro, a mulher e a sogra

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte

O governo de António Costa faz que anda mas desanda. Foi engenhoso em chegar ao poder, depois de uma estrondosa derrota. Ganhou a José Seguro de maneira desleal. Mas perdeu contra  Passos Coelho, humilhação que deve ter provocado um desafio assassino para si próprio: ou construía uma forma ardilosa de afastar Coelho ou  estaria condenado a morrer para a política.

Jogou ao tudo ou nada. E, embora se tenha valido de um golpe baixo, conseguiu, praticamente sozinho, fintar tudo e todos, seduzindo aquilo que parecia impensável à maioria dos eleitores: a adesão das esquerdas radicais. Espantosamente, para gáudio pessoal, somou uma vitória que fez doutrina europeia.

A esquerda hipotecou os seus valores por um prato de lentilhas. Mas os resultados foram favoráveis aos seduzidos e aos sedutores. Muitos  deram a cambalhota ideológica que  virou a prática ideológica do futuro. O lamiré viera da Grécia através das sereias: Catarina Martins e as manas Mortágua. O PCP aprendeu com a adesão bloquista. E a esquerda toda teve - ainda - a seu favor, o populismo do PR que surpreendeu tudo e todos, ao prescindir dos cerimoniais, protocolares, para exercer uma original diplomacia que lhe está no sangue e que converteu os mais descrentes.

O governo ganhou um jackpot amealhado de semanas a fio. Com  Ramalho Eanes ou Cavaco Silva não funcionaria. Com as esquerdas Marcelo funcionou, porque não deu ouvidos aos eleitores que o elegeram, convenceu os cépticos  e mantém, hoje, uma certeza: para a recandidatura não haverá oposição, ou, se a tiver, será apenas para beneficiar dos privilégios que o estatuto confere ao (s) candidato (s).

 Após um ano de experiência o país está anestesiado. Os sindicalistas perderam o pio, as greves continuam mas não se dá por elas, os saneamentos políticos fazem-se em surdina e deixou de falar-se no júri nacional que fora  escolhido pela cor dos olhos e não pela competência e pela isenção. Mesmo que se mudem os técnicos por correligionários, a máquina funciona mesmo sem combustível, porque não há liberdade de pensamento, os contestatários arrumaram as bandeiras, as buzinas e as caravanas e, vive-se na paz pobre que o PR não deixa alastrar, seja de noite ou  de dia.

Os aumentos chegaram antes do ano novo. As (falsas) promessas fizeram-se e acertaram-se quando o PS noivou com as esquerdas. António Costa governou como quis, com quem quis e com a rédea solta de que precisava. Anestesiou, dentro e fora do Parlamento, as altercações que aqueciam as fábricas e a via publica. Acenou com aumentos aos pobres e com o descongelamento das progressões, em serviços vitais. Verdadeiras atrocidades morais porque nem as máquinas administrativas estavam preparadas, nem as contas haviam sido feitas, para que na hora certa, essas atrocidades políticas fossem cumpridas. Nas três primeiras semanas do ano, já todas as classes barafustam, todos os reformados e pensionistas viram subtraídas as verbas com que contavam e os aumentos e as progressões nas carreiras vão ficar para o ano das eleições.

A par disso alguns ministros que deveriam demitir-se ou ser demitidos, continuam a semear broncas, como Vieira da Silva, que nem falar sabe; e com outros, como o seu ex-Secretário  de Estado da «Raríssimas» que mentiu descaradamente, ficando de boca aberta, em pleno diálogo com a Jornalista que «o despediu» por indecente e má figura. A verdade é como o azeite.

Os hospitais atingiram bloqueios como poucas vezes se havia visto. O Ministro da Saúde leva dois anos de desentendimento com classes vitais, como são os enfermeiros e os médicos. E o ministro da educação não foi capaz de resolver a tão badalada promessa da recolha dos manuais escolares, episódio que até um qualquer tarefeiro resolveria, perante a facilidade que o governo anunciara em relação ao  seu reaproveitamento.

 Relativamente ao Ministro Vieira da Silva, a tão zelosa esquerda, nem sequer levantou a voz a essa estorieta que foi descoberta e logo silenciada, a qual envolve milhares de euros à instituição da sogra, ao reforço do seu salário e às cumplicidades que foram evidentes no processo da Raríssimas. Bastou António Costa dizer às sereias do BE de que punha as mãos no lume por esse seu ministro. Podia cair o governo e desengonçar-se a geringonça. 

05.01.18

Transmontano da diáspora

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

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 João de Deus Rodrigues

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A véspera de “Reis” programei passa-la na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, situada no Campo Pequeno 50. 3º -Esq. –em Lisboa, onde o Grupo Maranus se comprometeu animar um jantar tradicional alusivo à data e ao festivo evento. Mais uma daquelas iniciativas que a actual e dinâmica Direcção a que preside o Dr. Hirondino Isaías preside.  No mesmo dia também a Direção da Casa de Trás-os-Montes e Alto-Douro tem o prazer de a/o convidar para a assistir à apresentação do Livro: "Mosteiro (Pedrogão Grande) As Cinzas e a Esperança”, da autoria de João de Deus Rodrigues. A apresentação do livro será feita pelo Cor.Eng.Jorge Golias, com a leitura de textos pelos vários elementos da "Tertúlia Transmontana" e seguida do tradicional jantar de Reis da "Família Transmontana e Duriense". Lamento muito o não poder estar presente para jantar e na apresentação  do livro para  poder conviver e dar um abraço ao notável poeta e prosador que casado na zona dos terríveis incêndios deste ano, transpôs para livro o que sentiu na tragédia. Só Deus é que está em toda a parte. Prometo adquiri e ler mais um trabalho deste transmontano da diáspora

19.10.17

As queixas não são só minhas

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Não sei se a Carris já passou ou não para a administração municipal de Lisboa, mas sei que Carnide tem uma Junta de Freguesia empenhada na defesa dos seus fregueses e esse é o assunto que quero expor e que mais importa. Hoje, 19 de Outubro, precisei de me deslocar a Benfica, Av. Grão Vasco, com hora marcada para as 10h30. Eram 09h55 e lá estava eu na paragem do 729 - junto ao Metro, lado norte - a fim de nele me transportar, pois consta nos horários afixados em placar que de 18  em 18 minutos circula um autocarro. Acreditei. Vai de esperar, esperar,  e só às 11h00, é que apareceu um 729 ! Vergonha, para quem prometeu retirar aos privados para melhorar os transportes públicos. Perante isto e para evitar repetições destas, informo e recorro ao dinamismo do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Fábio Sousa para que interceda junto de quem de direito no sentido de cuidar melhor os utentes  da carreira 729, e dota-la com placares electrónicos onde conste a chegada do autocarro, por forma a melhor orientar e bem servir quem paga como os demais que gozam dessa benesse informativa. Não esquecer que é a única carreira que liga o "bairro da policia de Carnide" com a estação da CP de Benfica e a zona Ocidental de Lisboa. As queixas não são só minhas

13.07.17

O que hoje é verdade amanhã pode ser mentira

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Por: Barroso da Fonte

A reversão marxista deste axioma foi introduzida na política portuguesa por Pimenta Machado,há duas décadas, quando dirigente do Vitória de Guimarães.
Quase parece que a vinda do Papa a Portugal trouxe consigo a doença da vergonha e a raíz de todos os males. Os meses de Junho e Julho que se seguiram a Maio puseram a nú as fragilidades da democracia. Não há memória de tantos e tão trágicos atropelos à normalidade do sistema. Pior do que o incêndio de Pedrogão, Góis e Castanheira de Pera e do assalto ao paiol de Tancos só o terramato maior do que o de 1755 ou uma Batalha de Aljubarrota.
Se ainda houvesse nos governantes uma réstia de vergonha, não seriam apenas os três secretários de estado, nem a ministra da administração interna e o ministro da defesa a demitir-se ou a ser demitido. Todo o governo deveria entregar o poder ao Presidente da República e demitir-se do comando dos destinos do país.
O jornalista Alberto Gonçalves, no Observador do último fim de semana foi claro: « é gente literalmente abjecta. Perante a tragédia, decretam o caso resolvido. Perante o desleixo, lembram desleixos maiores. Perante as dúvidas, confessam sentimentos. Perante as câmaras. Dão abraços».
António Barreto no suplemento do Correio da manhã de 9 do corrente respondeu a uma pergunta sobre o estado da nação: quando morrem 47 pessoas queimadas numa estrada nacional e desaparecem armas de guerra de paióis do Exército não lhe lembra o país que recebeu quando foi para o governo?»
- a morte daquelas 47 pessoas inocentes é mais dramática do que o roubo de armamento perigoso. O passa-culpas é uma das piores características da governação atual e talvez anterior. Para qualquer ministro, secretário de estado ou diretor-geral e ainda mais para os primeiros ministros, qualquer problema grave e sério é culpa do governo anterior. Isso é uma mediocridade política, de uma falta de honradez e de honestidade; e é, sobretudo, uma covardia e um oportunismo moral. Muito chocante. Quanto às florestas, há duas teorias: a de que somos todos culpados, pelo menos, desde Viriato, ou antes e depois há a de que as coisas têm princípio, meio e fim»
Questionado sobre se os partidos que suportam o governo são democráticos ou conseguem viver em democracia, António Barreto declarou que a «demoracia não é sagrada, nem vem em nehuma biblia. Ela é um arranjo entre classes sociais e forças políticas. Não é sagrada.É um estado e também um método de viver em coletivo. Não deve ser transitória nem instrumentalizada».
Sobre as férias em tempo de tão grave crise do primeiro ministro, António Barreto que foi Ministro da Agricultura, quando criou o slogan «a terra é de quem a trabalha» confessou que «na semana a seguir aos incêndios, andou a dar abraços e quando há tanta coisa para investigar, revelar, apurar, discutir, debater, reformar, na semana dos roubos, em Tancos, não há férias que resistam a isto.Ele deveria estar em Portugal em dez minutos e não dez dias ou uma semana depois».
António Costa tem sido protegido pelo guarda-chuva de Marcelo. Abandonou o país na hora mais grave. Duas catástrofes das piores da História de Portugal, provocaram uma terceira: o vazio de poder. Em vez de imitar ou fazer imitar o exemplo de Jorge Coelho que mal soube da queda da ponte de Entre-os-Rios, imediatamente se demitiu. Não esteve ele à espera de culpar os governantes que o antecederam na mesma área da governação.Foi pioneiro na moralidade política que deve fazer escola. Seguiram-se outros que fizeram o mesmo como o contador de «estórias». A ministra da Administração Interna, mais o ministro da Defesa e também o do ambiente tinham obrigação moral de fazer o que fez Jorge Coelho.Tiveram mais culpas os de hoje do que os de ontem. O PS de Jorge Coelho, era muito mais coerente com a ética política do que este PS de Costa que chegou ao púlpito, perdendo as eleições e chegando a primeiro ministro, aos ziguezagues do radicalismo mais paradoxal.
Enquanto António Costa esteve de barriga ao Sol fora do País, Portugal perdeu respeito, credibilidade e coerência. Não se deu tanto pela sua falta, porque o Presidente da República supriu, com vantagem, aquela ausência. Mas internamente reviveu-se o ditado: «Patrão fora, dia santo na loja». Esse desnorte mexeu com as Forças Armadas. Feriu o prestígio das instituições mais necessárias à defesa da Ordem, da Justiça e da paz social. Nunca em 42 anos de democracia um qualquer governo esteve tão fragilizado, um povo tão confuso e um futuro tão sombrio.
Na entrevista que A. Barreto concedeu dia 9 ao caderno do CM, afirmou que Costa é muito hábil. Mas hábil, ao contrário de ser ágil e pragmático, «já é um qualificativo venenoso, pois quem tem muita habilidade é um habilidoso e quem é habilidoso, também é manhoso, também faz artimanhas e ele é capaz de ter isso. Por exemplo, não sei o que está ele a fazer, agora, em férias, fora de Portugal». Este primeiro ministro, com um PR que não o abrigasse e o substituísse, sobretudo nas horas azarentas, não teria hoje a popularidade que tem perante o eleitorado. Há por aí uma empresa de sondagens, cujo responsável é militante socialista que aparece regularmente a branquear as horas impopulares. Armando Palavras, no Blog Tempo caminhado de 9 do corrente, escreveu: «Em 2015, cerca de meio ano antes das eleições de Outubro, dava ao PS a maioria absoluta. Em meio ano essa maioria absoluta escorregou para uma derrota estrondosa. Se não fosse a incoerência dos partidos da esquerda radical, António Costa, estaria hoje fora da quadratura do circulo porque Seguro e os Seguristas já teriam «arrumado» esse habilidoso, manhoso e oportunista.
O debate sobre o Estado da Nação de quarta-feira, 12, no Parlamento foi a consagração da máxima marxista que Pimenta Machado retirou do Futebol e a introduziu na política Portuguesa:
«O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira». Toda a esquerda eriçou o pelo, abjurou os valores programáticos e beatificou António Costa e os seus muchachos, a começar pelo galarispo João Galamba, só comparável ao senhor José Manuel Coelho, da Madeira. Nem à pateada se cala!

14.06.17

Trás-os-Montes marca o ritmo da cultura.

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Por: Barroso da Fonte

Na semana em que rebentou o escândalo no Convento de Tomar que «Sexta às 9» da RTP, difundiu e que – se não fosse a geringonça - já teria exigido a demissão do ministro da Cultura, cá por cima, continuam as estruturas culturais a marcar o ritmo que se faz e que os urbanos não conseguem vislumbrar.
Cá por cima fazem-se coisas, coisas boas, bastando sacudir os teares, repor as campainhas das vacas, no dorso dos gericos ou das cabras e carneiros, por troca com as vacas, que já não há quem as toque. Desses guizos, dessoutros chocalhos que os Caretos usam nas festas do carnaval e desses cornos retorcidos, que se colocam atrás das portas da cozinha, para afastar as bruxas, faz-se melhor festa do que essoutra que enche os ouvidos das moças atordoadas, com os auscultadores, rua fora.
Se as televisões mostrassem o que por cá se faz, os alfacinhas não se distraíam com a feira do livro que é grande no espaço e tem papel a mais e livros a menos.
«Cá por riba», as feiras do livro, têm os livros do povo que não entram nas Fnac´s, na Leya, no Circulo do Leitores.
Há um fosso cada vez mais profundo, entre o norte e o sul, entre a cidade e o campo, entre os chinelos de pé raso e o salto alto de quem nunca andou descalço.
Desde o Espaço Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, à Biblioteca Adriano Moreira, em Bragança, que alberga a Academia de Letras de Trás-os-Montes; desde a Feira do livro, em Montalegre, ao Grémio Literário, de Vila Real, ao Centro Cultural Aquae Flaviae, ao Fórum Galaico- Transmontano, em Valpaços; desde o Festival Literário de Bragança, às Feiras do livro em Mirandela, tudo mexe e remexe, gerando solidariedade, por troca com os moinhos de centeio, de todos os rios de Trás-os-Montes que mataram tanta fome, a contrastar com tão ignóbil esquecimento dos dia de hoje. As gerações que formam, hoje, os quadros da vida ativa do País, morrerão sem nunca saberem o que foram os moinhos, que importância tiveram na vida das pessoas e como
é doloroso, não se fazerem levantamentos sobre aqueles que existiram, alguns dos quais, caem de pé, como as árvores. Foi um tipo de construção artesanal, que demonstra a capacidade humana daqueles que nos antecederam e envergonha os professores que não souberam, nem quiseram ensinar, os artesãos que não reivindicaram a sua continuidade e, sobretudo, os políticos locais. Quantos autarcas se deram ao cuidado de mandar fazer um levantamento e reconstituição de património?
Enquanto escrevo estas desconexadas ideias, obviamente breves, reparo na televisão que mostra as cerimónias do Dia de Portugal. Este ano com cenário é diferente. Do Porto veio o nome de Portugal. É simbólica esta escolha. Mas continua a ser mal ensinada a História nacional. É que Portugal não começou noutro sítio, que não fosse na Batalha de S. Mamede, em Guimarães. E essa «Primeira tarde Portuguesa» não aconteceu em 10, mas em 24 de Junho de 1128. Foi há 889 anos. Tudo o mais que se seguiu faz parte da odisseia Portuguesa. Em 1580 faleceu Luís de Camões. Foi há 437 anos. Mas o dia dos nossos anos, é aquele em que nascemos. A data de 10 de Junho menoriza a Pátria que já tinha 452 anos de idade, quando morreu Camões.
Muitos dos que nos têm governado nestes quase nove séculos de História, mamaram nela mais do que lhe deram. Muitos daqueles que levaram a vida a escrever história, mercantilizaram mais do que deviam. E, alguns desses usaram-na para nela se perpetuarem. Autofagia em plenitude.

01.06.17

E as crianças Senhor !

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Do Poeta e Prosador João de Deus Rodrigues recebi este belo poema às Crianças dedicado:

“E as Crianças, Senhor!
Homens parem de gritar,
E ouçam o silêncio do vento.
E meditem nos segredos do mar,
E na imensidão do firmamento.

E contemplem, também,
A coisa mais preciosa que o mundo tem:
Uma criança.

Reparem na candura do sorriso dela, a brincar
No colo de sua mãe, no aconchego do doce lar.

Longe,
Bem longe, do alcance de déspotas avarentos,
Que passam momentos
A jurar que só querem o bem,
De todas as crianças que o mundo tem.
Porque elas, lindas e queridas,
São anjos inocentes, o melhor das suas vidas.

Mas, isso, é só ruído.
Palavras dolentes, sem sentido,
Dos que não querem ver
Tanta criança a sofrer,
Por esse mundo além,
Abraçadas ao peito da sua mãe,
Chupando peles gretadas,
Que a sede e a fome ressequiram,
E jazem sentadas, junto do seu amado Ser,
De olhos enxutos, sem lágrimas para verter.

Ó desumanidade!
Ó crueldade!
Ó Senhor meu Deus,
Dizei-me por favor,
Porque há tanta criança abandonada,
A perecer com sede e com fome,
Torturadas pela dor,
Com a complacência de parte da humanidade?

Enquanto ao som de trombetas,
Em salões forrados de veludo,
Há criaturas que fazem juras, e tudo,
Dizendo que só querem o bem
De todas as crianças,
Porque elas são o melhor que o mundo tem.

Ó desfaçatez!
Ó Ingratidão!
Porque não calam elas a sua usura,
E refreiam a sua ambição?

E não pensam, por uma vez,
Que as migalhas que sobram da sua mesa,
E o escorrer das suas taças de cristal,
Bastavam para não morrerem,
Com fome, com sede e com mal,
Tantas crianças que juram amar.

Sim, ó vós?
Que em verdade sabeis,
Que elas estão a padecer.
Enquanto assobiais,
Julgando-vos imortais.

Que mundo cruel,
O vosso, com tão amargo fel!

Guardai as vossas lágrimas,
De serpente rastejante.
Guardai os vossos lamentos e ais,
Mas não venham dizer, de ora avante,
Ou jamais,
Que não sabeis, de verdade,
Dessas crianças com tanta necessidade.

Ou será que o fazeis,
Para melhor adormecerdes
Sobre o peso da vossa consciência!
Que julgais ser leve,
E pesa mais que o bronze.
Enquanto, não longe,
Se fina, num contínuo permanente,
Tanta criança inocente.

Não. Não venham com a falsa bondade,
Nem com a vossa sacra fé.
Porque isso mais não é
Que a negação da caridade.

O que me leva a acreditar,
Que nem os dóceis vermes da terra
Hão de querer tragar,
Os vossos corpos fedorentos.
E as moscas, e as formigas,
E até os ratos, seguirão tais intentos.

Ide para os Infernos,
Criaturas com tais sentimentos.

Ah!, se eu pudesse lançar um raio
Aos vossos corações de besouro,
Que vos afogasse nos palácios de ouro,
Erguidos sobre o sofrimento de tanto inocente,
Eu o faria, num repente!

Sumam-se!
Porque até o doce mar profundo
Não vos há de querer sepultar.
Nem as flores silvestres,
Emprestar o seu perfume.

Evaporem-se,
Corja de malfeitores.
Para que haja um mundo melhor,
Mais generoso e fraterno,
No amor e na esperança,
Com o sorriso de uma criança!

Mas não vos esqueçais,
Que partis sem o perdão dos que cá ficam.
E sem a misericórdia e contemplação,
Dessas crianças que estão no Céu,
Enviadas pela vossa mão.

In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora”.

 

01.05.17

Vale por todo o resto.

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 Só o 1º de Maio de 1974 foi espontâneo, sentido e calorosamente vivido, a partir daí, nem hoje com a desconchavada gerigonça, os representantes dos trabalhadores se juntam e se entendem para servir a classe operária e o país. As organizações sindicais mais ao serviço dos partidos que das classes que representam, quando chega esta data vai de testar forças e como pavões emproados exibir a roupagem que mais agrade ao pagode…

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 Em Portugal, com o Estado Novo, não se festejava a data, só a partir de Maio de 1974 é que livremente passou a ser festejado e a feriado nacional. Nem o facto da Igreja consagrar a data a São José Operário, demovia o poder político da proibição de celebrar o significativo evento. Com a designação de Dia do Trabalhador, Dia do Trabalho ou Dia Internacional dos Trabalhadores é uma data anualmente celebrada no dia 1º de Maio, em muitos países, sendo feriado em Portugal, e noutros países de expressão portuguesa como Brasil, Angola e Moçambique. Mas ainda quanto à forma varia consoante o gosto dos operantes, desta vez em Portugal temos a CGTP a promover “festivais” em cerca de 40 localidades. E em Lisboa, com vários eventos e durante a tarde com desfile entre o Martim Moniz e a Alameda  D. Afonso Henriques.

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Já a UGT decidiu festejar a data em Viana do Castelo, com o tema: “Crescimento, Emprego, Mais Justiça Social”. E como faz parte do sistema... a intervenção politico-sindical do secretário-geral da organização Carlos Silva, e da presidente do Centro Cultural da cidade, Lucinda Dâmaso. 

Bem mais importante para quem festeja a Vida e a defende é a MANIFESTAÇÃO CONTRA A EUTANÁSIA /SUICÍDIO ASSISTIDO que às 15h00 deste 1º de Maio vai ter lugar no Largo de São Bento-Lisboa, com momento de oração na Basilica da Estrela, às 15h30. Vale por todo o resto.

16.04.17

A «bomba atómica» de Jorge Sampaio lembra o carnaval da sua democracia

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Por: Barroso da Fonte

Como não tenho dinheiro para comprar a biografia de Jorge Sampaio, elaborada por José Pedro Castanheira, limito-me a ajuizar sobre o interesse da obra, pelas recensões que vou lendo nos mass media.
Nas 1062 páginas deste mais recente volume que tem a chancela da Porto Editora e da Edições Nelson de Matos, Sampaio «fala da crise política por si gerida no verão de 2004, quando Durão Barroso abandonou a chefia do Governo e Pedro Santana Lopes se posicionou na linha de sucessão, contrariando a posição do PS e dos partidos da esquerda, que pretendiam eleições antecipadas».
Sampaio reconhece que voltaria a dar posse a Santana Lopes, apesar de não ter o poder legitimado por uma vitória nas urnas, mas o seu, então, chefe da Casa Civil, João Serra, nota que foi exigida "continuidade nas políticas", designadamente nas Finanças e nos Negócios Estrangeiros, e vetado o nome de Paulo Portas para esta última pasta».
Lê-se na mesma fonte que se «conhecia a ambição de Paulo Portas em ser ministro daquela pasta, mas devido ao seu passado eurocético, o Presidente alertou para as dificuldades em o nomear", refere João Serra. Portas terá ficado "magoado" por não ter chegado aos Negócios Estrangeiros, o que viria a acontecer, anos mais tarde, durante o executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
João Serra afirma também que foi Jorge Sampaio quem sugeriu o nome do embaixador António Monteiro, para chefiar a diplomacia e que Santana Lopes concordou de imediato».
O tom destes «episódios rocambolescos do consulado de Santana Lopes» continuam a ler-se nesta biografia, bem estruturada e redigida pelo biógrafo que se especializou neste género de obras referentes aos mais mediáticos personagens que ocuparam o alto cargo da Presidência da República.
Neste contexto se diz que Jorge Sampaio justifica a utilização da chamada «bomba atómica» com a alteração da situação política, no que é corroborado pelo seu conselheiro.
Ao ler, agora, o tom com que Sampaio fala de Santana Lopes faz-me recuar a 1990, quando ele era secretário geral do PS e eu tinha tomado posse de diretor do Paço dos Duques de Bragança. Guardo comigo a pasta dos 20 mil contos de prejuízo real que este Palácio e Museu Nacionais davam por ano ao Estado Português. O PS local fez saber ao Secretário Geral que eu pretendia corrigir essa situação ruinosa, depois de um estudo que gizei e que pus em marcha. Sabia eu que era possível abrir aquela unidade museológica, em todos os dias da semana e em todas as horas úteis do dia. Pedi autorização e fui autorizado, apesar de um quadro de pessoal reduzido a 50% do previsto no quadro. Recorri ao Centro de Emprego para destacar candidatos ao primeiro emprego, ou subsidiados com o perfil desejado. Com essa medida não gerei encargos, mas redobrei os lucros. Não havia um posto de vendas e destaquei dois guardas do museu que haviam sido carpinteiros a retirarem madeira da zona habitacional destinada a residência do diretor, transformando-a em balcão de vendas. Não existia qualquer roteiro, quer do Palácio, quer da cidade. E eu próprio os escrevi, com edição e tradução quadrilingue: português-francês- inglês e alemão. A Elo tinha essa autorização a nível de todos os palácios e museus. Ainda hoje esses roteiros são fornecidos, com 30% para receita do Museu.
Entretanto a Pousada de Santa Marinha da Costa fez-me uma proposta para explorar a zona presidencial, que desde 1959 até hoje, apenas em 39 ocasiões foi utilizada por alguns Presidentes, o último dos quais o Dr. Mário Soares. O PS local estava irritado com toda essa mudança. A minha proposta fora aprovada superiormente. A Enatur pagaria 100 mil escudos/noite, por cada uma das duas suites e 50 mil pelos 5 quartos intermédios. O Paço passaria a ter de lucro líquido mensal: 13.500 contos que nessa altura era muito dinheiro. Jorge Sampaio fez chegar um panfleto à cidade em que me censurava por estar a transformar a «Corte real» em cortes de bois, numa alusão metafórica aos meus tempos de pastor de vacas e da «vezeira».
Tão sórdida campanha levou-me ao desânimo. Apesar de chegar tarde, o despacho autorizou-me a por em prática esse projeto, em parceria com a delegação do Norte da Cultura. De qualquer modo quase dupliquei o número de visitas pagas, controladas por bilheteira. Os preços eram metade daqueles que se praticam hoje. O montante da dívida passou a montante do lucro, aquele espaço nobre passou a ser uma espécie da Casa de cultura. Entre a hora de encerramento e a hora matinal da abertura ao publico, o átrio e as antigas cozinhas, passaram a espaços alugados para convívios, cerimónias de casamentos, empresas e outras cerimónias.
Jorge Sampaio, cujo pai era natural do concelho de Guimarães, foi o primeiro a não utilizar a Residência Presidencial, no Paço e também o primeiro a não aceitar que o 24 de Junho fosse reivindicado como feriado nacional. Aqui mesmo disse que não mexeria nos símbolos nacionais. Mas o PS Vimaranense teve, mesmo assim, a coragem de colocar-lhe uma placa, junto à Estátua do I Rei. A democracia tem caras para todos os gostos.

12.04.17

Quem as faz que as pague

aquimetem, Falar disto e daquilo

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 Em 2009, quando Guimarães soube que a ministra Isabel Pires de Lima, tinha promovido Guimarães a Capital Europeia da Cultura, aqueles que, desde 1990, esfregavam a barriga ao sol, graças ao poder totalitário que ali se instalara e que garantia tacho e penacho a alguns dos seus eleitores, redobraram, com a certeza de que, aqueloutros que não tinham tido esse privilégio sendo do mesmo clube político, iriam desforrar-se à mesa desse banquete, garantido até 2015, com os 111 milhões de euros provindos dos fundos comunitários e do orçamento geral do Estado, cinco anos de fartura. O «rei» da festa era o mesmo, acolitado por camaradas vips e alguns seus protegidos. Para encobrir essa festança foi congeminada a Fundação Cidade de Guimarães, para o que bastou encarregar um outro camarada da freguesia do Benfica, em Lisboa que se especializara no fornecimento de formulários para esse tipo «geringonças». Sendo Guimarães viveiro de muitos e bons juristas, logo esse ex-deputado que conhecera, anos antes na AR, o «rei» vimaranense, entregou 30 mil euros pelos estatutos da CEC. Estatutos feitos à medida do «dono disso tudo», O mesmo «reizete», por inerência de funções, passou a líder da CEC que convidou Cristina Azevedo, para diretora executiva, apenas dependente do dito cujo. Foi ele que estipulou os vencimentos e outras mordomias para todos os membros dos três órgãos, incluindo a senha de presença para ele próprio. Esses vencimentos vigoraram à volta de dois anos. E eram tão estapafúrdios que foram reprimidos e censurados no Parlamento. Baixaram 30% e, mesmo assim, ainda superiorizavam os do chefe de Estado. A dada altura Cristina Azevedo contratou o atual Presidente da Câmara de Braga, através de um contrato, a termo certo. Como ela não deu conhecimento ao «reizete», ele próprio, sem consultar os restantes membros do Órgão, despediu Cristina Azevedo. Este despedimento selvagem, enraiveceu o capataz e «dono disso tudo», apenas pelo facto de Ricardo Rio ser da oposição. Um tsunami nacional! Jorge Sampaio, que tinha sido convidado pelo «dono disso tudo», para Presidente do Conselho Geral, induziu Cristina Azevedo, a aceitar o despedimento, regressando à Neuronext. E que, posteriormente, seria ressarcida da diferença de vencimento. Ela aceitou mas pelo sim pelo não, pediu uma indemnização de 405.395,88 euros. E acaba de ser vencedora desse contencioso. O «saneamento político» que o «reizete» provocou, redundou em mais um «desemprego»: Carla Morais que fora contratada por Cristina Azevedo teve o mesmo desfecho. Carla Morais levou o processo até ao fim. Em Julho de 2016 o Tribunal dera-lhe razão, tendo de receber 206 mil euros que ainda estão por pagar. Do acordo conseguido após conversações, entre Jorge Sampaio e Cristina Azevedo, esta deveria receber 405.395,83 euros. Entretanto a CEC encerrou em 2013. As responsabilidades passaram para a Câmara. Mas o julgamento para ultimar os penduricalhos da CEC, só terminou em fins de Março de 2017. A Guimarães Digital confirmou a notícia do JN do dia 1 de Abril, informando que Cristina Azevedo reclamava uma indemnização de 422.544, 63 €, adiantando que a decisão ainda é passível de recurso, no período de 30 dias, a iniciar-se em dia 3 de Abril. Para já o Tribunal condenou a Câmara, a Direção Geral do Tesouro, mais o Gabinete de Estratégia Planeamento e Avaliações Culturais ao pagamento de 249 mil euros.
António Magalhães e Jorge Sampaio, deveriam ser responsabilizados por esses pagamentos. Quem as faz que as pague. É uma das obrigações da verdadeira democracia.

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