Força amigo!
A Igreja festeja Santo Ivo, a 19 de Maio; santo que os advogados têm por seu patrono. Neste sábado passado fui da parte de manhã (11h000) à igreja de São Domingos e dei com ela repleta de fieis trajados de toga negra. Desconhecendo o porquê vim a saber quando à homilia o Sr. Padre Vítor Gonçalves, pároco de Santa Justa e Santa Rufina, se referiu de forma expressiva e sapiente ao acto em presença e que envolve o respeito da classe jurisprodente por São Ivo, frade franciscano. Parabéns à nobre classe, sobretudo aos membros que no meio de tanta barafunda na Justiça não se envergonham de viver e pensar cristãmente.
Também da parte de tarde a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro esteve em festa; porque de Mirandela desceu à capital o Dr. Jorge Lage, para do seu interessante trabalho de recolha e pesquisa à volta dos Falares de Mirandela dar a conhecer a quem afastado do mundo rural ignora ou já se não recorda do dialecto falado pelos seus pais e avós. Comprometi-me a estar presente daí seguir directo da baixa para o Campo Pequeno onde num restaurante do centro comercial almocei, muito bem acompanhado por uma alma generosa e vizinha das mesmas fragas onde nasci. Por volta das 15h00 subi ao 3º Esq. do nº 50 da Praça do Campo Pequeno, onde já muitos mirandelenses se banqueteavam à volta do "Rancho" encomendado para o almoço da jornada cultural em causa. No fim, e todos com a barriga satisfeita, foi a concentração no salão nobre da Casa, com o Dr. Jorge Valadares a dar as boas-vindas aos muitos presentes ali.
Com uma Câmara Municipal, e um presidente, dos raros que ainda sabem que apostar na cultura é um dos melhores investimentos que uma autarquia faz, o Dr. Jorge Lage encontrou no Eng. António Almor Branco outro dos impulsionadores capaz de sustentar a ânsia que o autor de obras como As Maias tem em continuar o seu mister de arqueólogo da palavra. Parabéns Sr. Presidente da Câmara de Mirandela, da terra do bom azeite, do melhor vinho de mesa e dos sabores apetitosos da Terra Quente, de Trás-os-Montes
No fim a Dr. Jorge Lage com aquele seu sorriso que inspira confiança agradeceu a presença dos amigos e o interesse que mostram pela cultura transmontana e em especial pela mirandelês, prometendo não abrandar na senda do pesquisar, arrolar e divulgar saberes que o tempo teima em esconder à espera de mecenas. Jorge Lage é um deles. Força amigo!
Como disse a jornada começou com um almoço na sede da Casa anfitriã, que só por não me ter inscrito atempadamente faltei, mas ainda os apanhei à mesa com "rancho" na travessa e tinto no copo. Aqui a Dr. Jorge Lage, em mangas de camisa, dialogando com o Eng. António Branco; ao centro, o flaviense Dr. Valadares atento ao diálogo travado a seu lado.
Após o almoço, e antes da apresentação de FALARES de MIRANDELA-um complemento do Mirandelês, houve musica, poesia e cantares que deram alegria e animação a esta maravilhosa jornada de trasmontanismo vivido em Lisboa graças a Mirandela e a Jorge Lage