Amanhã é outro dia
No dia 6, depois de uma manhã muito chuvosa, a tarde apresentou-se soalheira e convidativa para mais uma ronda pela cidade. Sozinhos em casa, mas com instruções para administrar o tempo da tarde, após o almoço um passeio até à marginal, além de saudável é também cultural e enriquecedor. Acompanhado da minha cara-metade eis-nos rua a baixo em direcção ao Bons Sinais.
Um belo jardim paralelo ao porto de pesca compensa o mau aspecto dos arruamentos e imóveis de um cidade que merecia mais atenção por parte dos responsáveis políticos do país, até porque tem potencialidades para explorar e fazer render in loco.
Cidade de ruas bem projectadas e longas, que na sua maioria apontam em direcção à marginal, não é por isso difícil a orientação na urbe. Apenas ter atenção ao ponto de partida e chegada para depois regressar pelo mesmo trajecto.
Mas para melhor desfrutar os encantos do espaço vamos atravessar a marginal e do lado oposto mais de perto ver o rio.
O porto de pesca que já foi dos mais importantes da região quando Moçambique era colónia portuguesa, hoje é uma sombra do que foi então, com culpas para os responsáveis pela falta de meios de escoamento que afectam a actvidade piscatória, agrícola, comercial e industrial da cidade e de toda a província da Zambézia.À volta desta questão recolhi do site http://xirico.com/c_htm/tri esta interessante achega que com a devida vénia transcrevo: " A Zambézia é provavelmente a província moçambicana com mais potencial de desenvolvimento, clima propício para a agricultura e população bem integrada e sem atritos sociais. É pena que o poder central ande distraído ou não tenha capacidade para gerir tamanha riqueza". Concordo plenamente, e ao Xirico dou os meus sinceros parabéns por de Moçambique tanto saber e relatar.
Um passadiço deserto que conduz ao cais de embarque, mostra a monotonia de um espaço que pela sua localização e beleza envolvente é dos mais sedutores da cidade.
Batelões de drenagem e alguns poucos barcos de pesca
O que sobra a poucos, muitos aproveitam para sobreviver e nas lixeiras se vão abastecer
A marginal
E antes que chova toca a regressar aos aposentos que amanhã é outro dia