Que perdeu ou lhe roubaram
Já importante centro comercial suaílis quando os portugueses ali aportaram e ocuparam a terra, o porto de Quelimane sempre foi uma mais valia no contexto socioeconómico da região como porta aberta à entrada e saída de produtos comercializáveis ou de pessoas que do rio e do mar se servem para locomoção ou actividade. Situado na margem sul da cidade, no estuário do rio Bons Sinais cuja bacia o caudal do Cuacua faz avolumar, e afastado da foz cerca de 20km, este porto tem sido o principal motor do progresso e actividade económica da cidade, contribuindo de igual modo para o desenvolvimento social do país e de toda a província da Zambézia.E não só, uma vez que a sua global importância ultrapassa as próprias fronteiras, como em relação ao Malawi se pode ver. Tratando-se de um pais sem acesso directo ao mar, o Malawi exporta através do porto de Quelimane os vários produtos que produz, como cana-de-açúcar, chá e algodão, e entre outros importa fertilizantes e material de construção. Dai também a necessidade de para o efeito manter drenado um rio muito sujeito a assoreamento com areias que as águas arrastam da montanha e se depositam no estuário, só possível mediante a rotineira tarefa anual da drenagem na bacia de manobras cuja duração dos trabalhos ronda cerca de 3 meses. Que o nome e significado do rio e porto de Quelimane não sirva apenas para continuar a alimentar Quelimane de bons sinais, mas antes com obras de reconstrução que lhe devolvam o rosto airoso que há alguns anos atrás perdeu ou lhe roubaram.