Huambo
Se tivesse de escolher uma terra angolana para viver era a cidade do Huambo ou então qualquer aldeia à sua volta num raio de uns 30 km. O seu clima tropical de altitude, com uma estação seca e fria e uma estação chuvosa, onde o calor mal se faz sentir, assemelha-se a um inicio da nossa estação outonal. Não admira por isso que a agricultura aqui seja o principal factor económico da região.
Quem pela estrada de Caála se aproxima da cidade do Huambo, mal atravessa o leito e as margens férteis do Lufefena, depara de imediato com um triste cenário de habitações clandestinas que não são apenas mostra do que se passa em terras africanas, como Angola, mas próprio das grandes urbes onde a pobreza se concentra em busca de dias melhores...
Logo a seguir aparecem as tradicionais feiras ou mercados que ao longo da via nos conduz até São Pedro, cuja igreja é ponto de referência para quem entra na cidade, indo dos lados de Caála.
Aqui os chineses estão a trabalhar na restauração da linha do CFB que se tudo correr bem há-de voltar a ligar o Huambo a Benguela, e lá que a ligação faz falta, faz Pois é sabido que os produtos hortícolas, pecuários e avícolas de que a região é abundante carecem de meios de escoamento e comercialização.
Vamos acreditar na boa fé dos srs.governantes, que num primeiro passo já começaram por pôr os seus aposentos em ordem. E tolos eram, se começavam pela palhota do modesto segurança.
Mal a cidade recupere o seu passado, e o Huambo volte a ganhar o aspecto encantador que perdeu nas suas amplas avenidas, belos jardins e viveiros vai de novo voltar a ser a 2ª cidade mais importante de Angola.
É verdade que a guerra deixou marcas e agora apaga-las vai demorar tempo, mas que não se adormeça...
Claro que para isso é necessário que ao viajar pelo cento da cidade se deixe de ver imóveis que foram referência do burgo, e agora em deplorável estado de conservação, como por exemplo o cinema Ruacanà, e entre outros a casa do Dr.Jonas Savimbi que merecia ser reconstruída e transformada em museu.
Cinema Ruacaná, o prédio cor de telha
A que foi a residência do Dr. Jonas Savimbi.
Nesta rua bem policiada, não há ladrão que pare, mas em frente parei eu quando nos fins-de-semana vinha ao Huambo