Quem vê caras, não vê.....
Maria das Dores
Conheci esta criatura há uns 5 ou 6 anos no HSM. Pela sua simpatia e maneira de se expressar jamais me passaria pela cabeça que uma pessoa assim fosse capaz de alguma vez tomar a atitude de que é acusada. É bem certo: a gente vê caras, mas não vê corações. Estou a vela risonha e conversadora no leito da enfermaria onde por várias vezes me desloquei para visitar pessoa amiga também ali a seu lado em tratamento clínico.
A situação que naquela altura conduziu a Maria das Dores ao leito do hospital foi um desastre de viação de que resultou terem-lhe amputado um dos braços, o que só por si já constituía motivo de conversa e também de pesar pelo sucedido. Sempre com um sorriso no rosto, de modo algum deixa perceber a sua raiva, a raiva que por norma reina nos corações desordenados. E aquele marido gentil e de olhar terno e complacente com quem também durante as visitas ao hospital por mais que uma vez falei, jamais supôs que um dia ia ser vítima de uma esposa malvada.
Hoje começou na 6ª Vara do Tribunal da Boa-Hora o julgamento deste crime que no início do ano vitimou o empresário ligado à horticultura Paulo Cruz , oxalá a Justiça use também aqui de marreta....