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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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24.12.18

Nunca um governo em Portugal teve tão pouca oposição

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte:

Rui Ramos é um dos mais categorizados historiadores da atual geração. Prova disso é o tomo «História de Portugal» com 976 pp, que a Academia de História, tentou ofuscar com dois volumes semelhantes no tamanho mas muito aquém na explanação. Obra de mais dois co-autores coube-lhe o tratamento da III parte: Idade contemporânea da p. 439 à 976. É um dos colaboradores mais assíduos de alguns blogues de referência, nomeadamente do tempo caminhado@gmail.com, onde o releio com grande gosto. Aqui deixo este naco, numa espécie de postal de boas-festas.
«O actual governo e os seus parceiros parlamentares convenceram-se de que a clientelização do pessoal do Estado, através da concentração de recursos em salários e regalias, seria o único meio de suscitarem o apoio eleitoral que lhes faltara em 2015. O reverso da medalha têm sido greves de funcionários, incentivados a exigir mais, e uma escassez cada vez mais difícil de esconder em hospitais, em escolas ou nos transportes. Nunca no tempo da “austeridade da troika” se sentira tal degradação dos serviços públicos. É natural que todos os acidentes surjam, à primeira vista, como possíveis sintomas dessa opção do governo.
A oligarquia, no entanto, faz de conta que não está preocupada: a geringonça alastrou a toda a classe política, e as sondagens são auspiciosas. Os oligarcas, muito satisfeitos, cumprimentam-se uns aos outros por que “não há extrema-direita”. Se fosse possível fechar um par de jornais, saberíamos o que era a perfeição. Mais uma vez, somos um oásis, como fomos em 2008, por decreto de José Sócrates, enquanto o mundo lidava com a recessão. Sabemos como acabou dessa vez. Veremos como acaba desta vez. Mas dificilmente acabará bem. A geringonça socialista, que está a engolir a classe política, é parte do problema de uma sociedade que envelhece e de uma economia que não consegue aproveitar as oportunidades para crescer à medida dos seus compromissos. Estamos a assistir ao fim das grandes expectativas sociais que o próprio regime suscitou há décadas e que tornou a sua razão de ser. A onda vai morrer na praia, mas na ressaca poderá levar quase tudo.
Depois de Pedrogão-Grande, Tancos; depois de Borba, Valongo. Mas a cada uma das infelicidades, temos sempre as mesmas suspeitas: que não terá havido apenas infortúnio, mas falta de organização, de zelo, ou de recursos, e que as autoridades não estão a dizer tudo. A incerteza e a insegurança são os traços que melhor definem esta governação».
Verdades irrefutáveis.

16.12.18

Trás-os-Montes perdeu um dos maiores empreendedores

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

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Por: Barroso da Fonte:

Taveira da Mota foi, na segunda metade do século XX, um dos maiores impulsionadores da riqueza nacional. Apostou em muitas áreas de atividade, desde a Fábrica dos sabões, em Braga, aos supermercados Novo Sol, em Chaves, a tantas outras unidades comerciais e industriais a norte do País. Mas foi no ramo da pesca, tratamento e comercialização do Bacalhau que Eduardo Taveira da Morte ganhou projeção e respeito, levando longe o nome de Vila Real, onde nasceu e comprou a sua mansão, na qual recebeu Amália Rodrigues e o Duo Ouro Negro, num dia do seu aniversário.
Com a fortuna que herdou e que soube ampliar pelo esforço e competência do seu trabalho, construiu um império comercial e industrial. Centralizou no Porto o quartel general das suas empresas. Com a revolução de 1974 viu complicada a sua organização. Chegou a ser detido e teve de fugir do país, durante o PREC (1975). Voltou com o propósito de retomar a sua actividade em pleno e depressa, graças à sua deliberada vontade de vencer, reconquistou o nível empresarial que tivera e que mantém, repartido por cadeias de supermercados, uma pousada em Alpendurada, diversas casas de campo, iate, etc.. Foi dirigente desportivo de projeção nacional Presidente da Direcção do Boavista e do S.C. de Vila Real e Primeiro Presidente da Direcção da Casa de Trás os Montes do Porto, de que é sócio fundador n.° 4. Cumpriu dois mandatos de dois anos e foi proclamado 1.° Presidente honorário dessa Instituição Regionalista que já foi oficializada de interesse público. Foi ele que tomou a decisão de adquirir a sede social. Por serviços relevantes à Casa foi dado o seu nome à sala principal. O que fica dito escrevemo-lo no I vol. Do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos. Conheci este ilustre cidadão Transmontano, em 1968, quando instalou um supermercado no Largo do Anjo, em Chaves. Por cima estava instalado o SNE, de que fui primeiro funcionário e responsável. Nunca mais deixámos de ser amigos. Quando, em 1984, fundei a Casa de Trás-os-Montes do Porto, com mais dois amigos, convidei-o para sócio desse projeto. Aceitou e no dia da escritura decidiu que comprássemos a sede, o que aconteceu nesse dia. Lá tem o seu punho e o seu nome por aclamação dos sócios. Foi um verdadeiro líder.
Ao dar-se o 25 de Abril foi perseguido e preso pelo PREC. Espoliado e denegrido, confessou-me que voltaria a ser rico se voltasse a ter mil contos. E conseguiu muito mais.
Gostei muito de ver a seu lado a Mulher, filhos e netos,na Igreja do Foco (Boavista). Foi cremado em Matosinhos. E as cinzas seguiram para Vila Real, onde imensa gente assistiu aos atos finais.

04.12.18

Tudo isto anda (des) ligado

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte:

Como não sou capaz de explicar tão bem esta pirueta linguística da geringonça, dou a palavra ao Coronel David Martelo, cujo estilo muito aprecio.
«Em artigo publicado no jornal Público de 20 de Novembro, Pedro Filipe Soares justifica a originalidade da expressão argumentando que o modelo patriarcal e machista de sociedade modela os idiomas. Depois das consolidadas críticas ao “politicamente correcto”, está aberta a caça ao “gramaticalmente correcto”.
Habituados aos termos camarada e camaradagem, é altura de os militares se irem preparando para as necessárias mudanças no dispositivo. Assim – começando pelo princípio – passará a haver recrutas e recrutos, soldados e soldadas. Passará a haver recrutas e recrutos, soldados e soldadas.
Na instrução, as recrutas armar-se-ão de espingarda e os recrutos de espingardo. A primeira poderá ter baioneta calada e o segundo baioneto calado. Elas terão uma mochila e eles um mochilo. Eles segurarão os calços com um cinto e elas segurarão as calças com uma cinta. Na cabeça usarão boina ou boino.
Quando forem para o campo, os recrutos montarão bivaco e as recrutas montarão bivaca. No quartel, as recrutas dormirão numa caserna e os recrutos num caserno. Eles irão comer ao refeitório e elas à refeitória. Para começar o dia, haverá dois toques: o de alvorada e o de alvorado. Há noite, do mesmo modo, haverá toque de silêncio e de silência.
Nas patentes, também haverá identificação do género: caba/cabo; sargenta/sargento; tenenta/tenento; capitoa/capitão; majora/major; coronela/coronel, etc. Nas unidades haverá um comandante ou comandanta; o primeiro deve ser competente e inteligente e a segunda competenta e inteligenta.
Se se portarem bem, as recrutas poderão ir de licença e os recrutos de licenço. No final da instrução, haverá juramenta de bandeira e juramento de bandeiro. Todos desfilarão garbosamente, eles com o passo certo e elas com a passa certa.
Na instrução, as recrutas armar-se-ão de espingarda e os recrutos de espingardo. A primeira poderá ter baioneta calada e o segundo baioneto calado. Elas terão uma mochila e eles um mochilo. Eles segurarão os calços com um cinto e elas segurarão as calças com uma cinta. Na cabeça usarão boina ou boino.
Quando forem para o campo, os recrutos montarão bivaco e as recrutas montarão bivaca. No quartel, as recrutas dormirão numa caserna e os recrutos num caserno. Eles irão comer ao refeitório e elas à refeitória».
Agradeço ao Coronel David Martelo este preciosismo linguístico. No meu tempo de tenente não havia «tenentas». Agora já mandam nas «generalas».

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