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Portugal, minha terra.

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24.05.18

Parente do Carlos da Isabel do Kate-Kero

aquimetem, Falar disto e daquilo

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No IPO de Coimbra faleceu com 67 anos a bajouquense Sra. Maria Fernanda da Silva Soares que foi residente na Rua Sociedade Filarmónica-Louriçal. O seu funeral realizou-se no dia 24 de Maio, às 16h00 para o cemitério da Bajouca, depois das cerimónias fúnebres e da presença do corpo estar presente na capela mortuária  desde as 09h00 ate ao momento de descer à sua ultima morada terreste. A seus filhos, Ricardo e Paula Cristina da Silva Alves, à  sua nora, genro, netos, irmãos e restante família os meus  mais sentidos pêsames. Para a saudosa extinta paz à sua alma, junto de Deus nosso pai.

15.05.18

De 12 para 13 de Maio, em Fátima/018

aquimetem, Falar disto e daquilo

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O 13 Maio deste ano para uma maioria das pessoas afectas à capital do barro leiriense não foi favorável e impediu que mais umas boas dezenas de devotos de Nossa Senhora se deslocassem à Cova da Iria.  À morte da Filipa Soares, que inesperadamente aconteceu, se deve o sucedido. E ao que envolveu o infausto acontecimento ficou a Bajouca privada de partilhar e viver o que foi um 13 de Maio rico de motivações santas e emocionais como de costume, mas agora enriquecidas com certas nuances que não eram habituais ali, caso do tenor italiano Andrea Boceli  e da portuguesa Ana Moura na Basílica da Santíssima Trindade.

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De destacar também o recital de acção de graças pelo Centenário das Aparições, às 16h00, do tenor, compositor e produtor que se fez acompanhar pela pianista francesa Elisabeth Sombart e pela violinista ucraniana Anastasyia Petryshak, sob a já habitual direcção musical de Carlo Bernini. Presidiu o cardeal John Tong, bispo emérito de Hong Kong. O papa Francisco associou-se com uma mensagem dirigida a todos os peregrinos, assim como o reitor do Santuário, o bajouquense, padre Carlos Cabecinhas leu a mensagem que o cardeal John Tong dirigiu a todos os peregrinos  no sentido de "Com o nosso modo de viver e o nosso exemplo devemos fazer com que Cristo seja visível hoje na nossa sociedade”.

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Também o Sr. Presidente da Republica assistiu às cerimónias, acompanhado por Kolinda Grabar-Kitarovic, presidente da Croácia. Encerrou este 13 de Maio com um insigne transmontano e bispo de Leiria/Fátima,  D. António Marto, ao finalizar, disse: “agradeço, a presença dos peregrinos pelo "testemunho da fé", assim como ao presidente da peregrinação, o cardeal John Tong, bispo emérito de Hong Kong. "Esta nossa peregrinação tem uma característica especial, vivemo-la hoje de um modo particular unidos na fé aos nossos irmãos e irmãs chineses, a todos os católicos chineses, de Hong Kong, da China continental, de Macau, de Taiwan e outros dispersos pelo mundo", assinalou António Marto, para acrescentar que "todos esses irmãos católicos chineses estão hoje aqui representados" no cardeal”.

09.05.18

Desportivo de Chaves foi apeado do quinto lugar

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Por: Barroso da Fonte

A corrupção do futebol na temporada que termina no próximo fim de semana vai passar incólume , por exemplo, no jogo de há duas semanas entre o Rio Ave e o Desportivo de Chaves. A emboscada foi antecedida de uma faire play que as televisões, mostraram. No dia do jogo o árbitro Hugo Miguel que em 2015 fora alvo de acusações graves, aí mesmo, em Vila do Conde, terá chegado com  o propósito de acertar contas com o clube da «casa», lesando, grosseira e ostensivamente o Desportivo de Chaves. Toda a imprensa do dia seguinte relatou o «roubo» consumado na anulação de um golo sem espinhas aos Flavienses e na marcação de dois penáltis seguidos a favor do Rio Ave. Esse jogo decidiria a fixação no 5º lugar. O Chaves  com esse golo inicial ficaria, ipso facto, à frente, bastando-lhe ganhar, no jogo seguinte ao Marítimo, o que sucedeu por 4-1.

Hugo Miguel apercebeu-se de que esse resultado não cumpria o seu projecto. Por isso 3 minutos depois da bola ir ao centro, pára o jogo, recorre ao vidro-árbitro e anula «a espinha» que lhe feria a garganta. Já perto do fim do jogo, incrivelmente, assinala dois penáltis contra o Chaves. Não cuidou de ver se eles existiram. E o Rio Ave faz as pazes com os Vila-condenses. Hugo Miguel saía com a consciência purificada, pelos pecadilhos que em 2015, contraíra. Mas o Rio Ave garantia, no jogo seguinte com o Paços de Ferreira, o 5º lugar que pertencia ao Chaves.

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Curiosamente as televisões, desde o início da época, só passaram a falar dos 5 primeiros classificados. Com estes enchem os sábados, os domingos e as segundas feiras. Esgotaram todos os comentadores do reino e passam esses três dias e noites a encher chouriços.  Mas desde o 6º ao último clube, apenas dão o resultado e em tempos mortos. Esse jogo que garantiu o 5ºlugar ao Rio Ave, sendo ao Chaves que pertencia pelo que jogo em campo. Para que não pensem os meus leitores que estou a falar do que não sei, peço que leiam aquilo que o Correio da Manhã escreveu em Setembro de 2015. Se não ficarem seguros do que fica, consultem a a internet. 

 O Correio da Manhã, de 24/09/2015, em peça jornalística de Octávio Lopes escreveu o texto que a seguir se reproduz, sem qualquer alteração.

 

 - O árbitro internacional Hugo Miguel está a ser investigado pela Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga, pela ligação à empresa Macron, marca desportiva que equipa o Sporting. Segundo soube o CM, foi a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que, a pedido do Conselho de Arbitragem (CA), fez chegar o processo à Liga. O CA, liderado por Vítor Pereira, pediu um parecer jurídico à FPF sobre a eventualidade de haver um conflito de interesses. Já a Federação passou a ‘bola’ à CII, que antes de tomar uma decisão (procedimento disciplinar ou arquivamento) vai ouvir Hugo Miguel, entre outras testemunhas.

O caso começou nas redes sociais por adeptos ligados ao Rio Ave, depois de o juiz de Lisboa, de 38 anos, ter sido nomeado para o jogo com o Sporting, em Vila do Conde, da 4ª jornada da Liga, que os leões venceram por 2-1. Perante esta denúncia, o CA decidiu agir e chegou mesmo a confrontar o árbitro com a situação. Contactado ontem pelo CM, Hugo Miguel confirmou que é agente da Macron, mas vincou não ter negócios com o Sporting. "Os meus clientes são particulares, empresas e alguns árbitros dos distritais. Tenho uma loja em Lisboa, que serve de showroom para os clientes. Nem sequer está aberta ao público. E na loja não tenho nem posso ter camisolas do Sporting. O acordo do Sporting foi feito com a casa-mãe e, pelo que sei, o clube tem a exclusividade para vender os seus equipamentos." Hugo Miguel assegurou ainda que na declaração de interesses que enviou para a Liga menciona a sua ligação à empresa italiana. Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/desporto/futebol/detalhe/liga_abre_processo_contra_hugo_miguel»

 

Nota Final

 Na época de 1972/73 foi o signatário  desta nota de leitura, eleito numa assembleia dos «amigos do Clube», promovida pelo então Presidente da Câmara de Chaves, Agostinho Pizarro, para liderar a futura Direcção, a sair dessa incumbência. Nunca o  Chaves subira aos escalões nacionais. Foi essa direção apelidada de «plintras»  a meio da temporada. Verdade é que nessa temporada o Grupo Desportivo de Chaves subiu de divisão, depois de a FPF, ter gerado um imbróglio que envolvia  4 clubes: o Lourosa, o Chaves, o Desportivo das Aves e o Valpaços. O «defeso» de cerca de 3 meses foi necessário para redimir essa escandaleira que apenas foi possível por via do «alargamento» das séries da 3ª divisão, de doze para dezasseis clubes.

Ficou na história do futebol nacional esse rocambolesco episódio que nos custou um processo disciplinar movido pela F.P.F, e do qual fomos amnistiado em Maio de 1974.  Desde essa altura o Chaves já passou pela I divisão e até por duas vezes foi às competições europeias. Nos últimos anos o Clube passou pela criação de uma SAD e os seus timoneiros têm-se revelado de uma competência ímpar que permite estabilidade, prudência e desportivismo.

Em Maio de 2013 publicámos em livro esse historial, com  o título: Grupo Desportivo de Chaves: da humilhação à Glória. O Caso que abalou o futebol português na época de 1972/73.

 Em 1974 na comemoração das bodas de prata (27/9/1974) a direcção do Clube solicitou-nos a letra do Hino que foi musicado pelo Flaviense Carlos Emídio Pereira. Esse hino cantado pela Ágata e ultimamente por Maria José tem duas palavras de força maior: «Valentes Transmontanos» que se generalizaram para denominar o Cube Flaviense. É entoado sempre que há futebol e completa 44 anos de vida.

Seria louvável que a comunidade desportiva respeitasse o espírito da letra e as gentes a que se referem.

Mas árbitros como Hugo Miguel devem ser tratadas como personas non gratas.

05.05.18

Crachá de ouro para Escritor Transmontano

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 Por intermédio de Barroso da Fonte chegou-me ao conhecimento esta noticia que como transmontano muito me honra e divulgo:

"Já estamos em Maio e o tempo continua muito pouco primaveril. As temperaturas têm estado abaixo do que é suposto e para o meu gosto. Chuva não significa Inverno, mas depois de uma pausa ela veio repor no solo o preciso líquido que tanta falta fazia.                                                                                                                                    

 Faz pouco tempo que os Bombeiros Voluntários de Fafe decidiram entregar o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses ao Dr. Artur Coimbra,  vice-presidente daquela instituição, no âmbito das comemorações dos 128 anos de existência (fundado em 1890). Aqui o felicitamos pela distinção. O 1.º de Maio é o Dia do Trabalhador. Há 44 anos que se comemora este Dia, após o restabelecimento da Democracia. A propósito, sabem quando foi a primeira vez que se comemorou o Primeiro de Maio em Fafe?                                                                                                                                Segundo o Povo de Fafe, de 3 de Maio de 1916,[1] foi a primeira vez que o operariado local, por intermédio da Associação de Classes Artísticas Fafense, que tinha sede na Rua Teófilo de Braga (actual Serpa Pinto), comemorou o 1.º de Maio. A chuva prejudicou a festa, fazendo com que as manifestações de rua não tivessem a imponência desejada, mas a conferência e o espetáculo constituíram dois bons números.           Por sua vez, O Desforço, de 4 de Maio de 1916, referindo-se à festa do 1.º de Maio, em Fafe, escreveu que ela se iniciou com uma alvorada, com os foguetes a anunciarem o dia festivo. Junto à sede da instituição, a Banda de Revelhe tocou o hino do trabalho ou 1.º de Maio, para depois encabeçar o cortejo que esta associação de trabalhadores levou a cabo da parte da tarde. A primeira paragem foi junto à fábrica do Ferro, onde discursou Francisco Pinto Cerqueira, empregado tipógrafo do Porto. Falou sobre o significado do 1.º de Maio e do facto dos operários da fábrica estarem a trabalhar no seu dia, no que foi muito aplaudido. Depois de percorrer as várias artérias da vila iniciou-se a sessão solene, na sua sede, sob a presidência do presidente da Câmara, Dr. Artur Vieira de Castro, secretariado pelo Administrador do concelho. Francisco Cerqueira voltou a usar da palavra fazendo, segundo Pinto Bastos, um discurso frenético e realçando a essência do dia e da festa no contributo para o progresso do Socialismo. Seguiu-se a votação de uma moção para o cumprimento da lei das 8 horas de trabalho.[2] Durante a tarde tocou no largo da vila uma banda de música queimando-se bastante fogo. O dia terminou com um espetáculo com fitas cinematográficas, monólogos e a comédia “Os dois caturras”, achando-se a casa literalmente cheia. [3] A sede da associação iluminou-se nessa noite.

[4]                                                                                                                               

Artur Coimbra nasceu nas Minas da Borralha, Montalegre, em 1956. Cedo a família se transferiu para o concelho de Fafe, onde foi vereador da Cultura. Licenciou-se em História e fez o Mestrado na UM em Cultura Moderna e Contemporânea. Brilhou no Dirigismo, no associativo, no jornalismo e em todo o tipo de  modalidades literárias, em  prosa e verso. O Crachá de Ouro dos Bombeiros Voluntários, simboliza uma vida cheia de serviço comunitário, que já lhe granjeou muitos outros prémios nas artes, nas letras, no jornalismo e na saga dos caminhos que a sociedade democrática reclama para o líder incontestado  do concelho" .  Aureliano Barata

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[1].Cf. Povo de Fafe n.º 513, 1.ª série, de 3 de maio de 1916, “1.º de Maio”.

[2].ESTEVÃO, João Antunes, O Milho na crise das subsistências, 1916-1920. Dos motins da fome à ação do Celeiro Municipal de Fafe. in Actas das 3.ªas Jornadas de História Local, pp.204-205. Edição da Câmara Municipal de Fafe, 2002.

[3].Cf. Povo de Fafe n.º 513, 1.ª série, de 3 de maio de 1916, “1.º de Maio”.

[4].Cf. O Desforço de 4 de maio de 1916.

05.05.18

Os meus parabéns, a todas as mães

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Vem de tempos remotos a consagração de uma data festiva em honra das mães e associada à mitologia, mas uma vez mais aparecem os EUA, por iniciativa de Ann Maria Reeves Jarvis, a criarem em 1858 um  movimento para diminuir o numero de mortes das crianças. Logo, em 12 de Maio, de 1907, dois anos após a morte da mãe, a filha faz um memorial à sua progenitora em que pede que seja criado um dia dedicado às mães. Resultou na sua oficialização a 08 de Maio de 1914, e celebrado a 09 de Maio.

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É curioso que a Portugal chegou por intermédio do Brasil, graças à Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul. A primeira vez no Brasil foi em 12 de Maio de 1918. Já em 1932 com o presidente Getúlio Vargas a data foi-se espalhando por todos os estados, até que D. Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que a data fosse integrada no calendário da Igreja Católica.

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Entre nós começou por ser celebrada no dia 08 de Dezembro, até que passou para o primeiro domingo de Maio, de forma que este ano calha a 06 de Maio. Creio que nenhum filho, a não ser se desnaturado, tem palavras capazes de transmitir o verdadeiro sentido da palavra Mãe. Eu já não tenho a minha comigo. Mas tenho Outra, que do céu protege e abençoa todos os órfãos, como eu, e todas as mães da terra. Dou-Lhe graças e todas as mães do mundo inteiro os meus parabéns!

 

03.05.18

O Pai da Revolução é transmontano

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Por: Barroso da Fonte

Jorge Golias nasceu em Mirandela, em 1941. Fez o antigo 7º ano de liceu, em Vila Real. Entre 1972 e 1974, prestou serviço na Guiné. Fez parte do MFA e, talvez porque não quis protagonismo, ao contrário de outros  seus pares, fez formação na Arma de Transmissões, licenciando-se em Engª Eletrotécnica. Nunca reivindicou promoções e, talvez por isso, o poder militar quase se esqueceu dele. Não obstante estar sempre do lado daqueles que pretendiam uma revolução sem sangue e reconciliadora. Só recentemente foi promovido a Coronel,  por pressão de um movimento de camaradas que não concordavam que um daqueles que mais certo estava e nada pretendia em troca, era o único que continuava como Tenente -Coronel.

A revista da A. 25 de Abril, «O referencial» ed. 128, referente a Jan/Março na rubrica «Almoços com História» deu voz  a dois coronéis pacifistas: Jorge Golias e Rosado da Luz.

António Chaves fez-me chegar online esta edição.  Ambos, mais velhos, estávamos do outro lado da barricada, como milicianos. Entretanto conhecemos o investigador Jorge Golias que com o seu notável livro: a Descolonização da Guiné-Bissau e o Movimento dos Capitães, nos convenceu. O Transmontanismo gerou três amigos.  E a Academia de Letras  de Trás-os-Montes, confirmou essa solidariedade cívica, cultural e telúrica. Mal eu sabia que o também amigo comum, José Manuel Barroso, que conheci nas lides jornalísticas e que ainda recordo com sincera admiração, tinha sido o autor do epíteto que me encheu de júbilo, referindo-se a Jorge Golias: «foi um autêntico trator de muitas movimentações na Guiné (…) o pivô essencial da movimentação política quer antes, quer depois do Movimento dos Capitães», ponto de vista logo corroborado pelo cor. Faria Correia: «considero que  o Golias foi o Pai da Revolução».Eis a chave que busco, desde 1974: além de Jaime Neves, também  Jorge Golias, zelava pelos valores da Lusa-Gente. O amigo comum Jorge Lage, já me tinha confirmado, de viva voz e na sua prosa jornalística, que este seu conterrâneo e valoroso militar, era um HOMEM de antes quebrar que torcer. Que foi o Pai da Revolução eu não sabia. Mas essa certeza aproxima a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar, com a Associação 25 de Abril. Aquela nascera por causa desta. E ambas estão vivas, não obstante  o abismo material que as separa, Para cimentar esta clareza ideológica em relação ao golpe militar do 25 de Abril de 1974, tomo a liberdade, de reproduzir aqui, mais algumas ideias e reflexões deste discreto mas influente militar que se chama Jorge Golias, Mirandelense de corpo e alma, de quem o Coronel Faria Correia, disse, para valer, como testemunho vivo e nunca desmentido:

 “considero que o Golias foi o pai da revolução”. Na qualidade de capitão de Abril, Jorge Golias apresentou uma comunicação estruturada em três elementos: i) Formação na Academia Militar e no Instituto Superior Técnico; ii) descolonização na Guiné-Bissau; iii) o Movimento dos Capitães e episódios do PREC. Daí, haveria de salientar: “Uma revolução tem isso tudo que sabemos hoje, asneiras, traições, saneamentos injustos, etc., que não nos deve envergonhar, antes pelo contrário, porque isso é mesmo assim e foi a dinâmica que se gerou que produziu um extraordinário saldo positivo de conquistas, aprendizagens democráticas, dessacralização do poder, sabença na reivindicação de direitos, soma positiva que ainda hoje é património do 25 de Abril. E é neste caminho da compreensão dos momentos mais dramáticos da revolução, que hoje percebemos melhor, que vamos fazendo a sua catarse e nos vamos pacificando”. E, a concluir, diria: “chegado o momento da verdade, em que o País se podia estar a encaminhar para uma guerra civil, a solução saída do 25 de Novembro, em que os camaradas mais sensatos evitaram maiores retaliações, hoje vejo este episódio histórico como um golpe contrarrevolucionário que teve o alto mérito de evitar uma guerra civil”.

Não conhecia eu a revista da Associação 25 de Abril. Vou arquivar esta edição que me trouxe nuances, bebidas noutros protagonistas, que se adiantaram ao tempo que deve tolerar-se até pousar a poeira da confusão. Cedo começaram os auto-elogios dos mirones que temiam ficar fora da História. Essas edições sobrepuseram-se à literatura séria que os livreiros foram  arrumando com medo de chegar uma emboscada que trocasse a verdade pela mentira, o luar pelo sol, o discreto pelo bizarro. Essa maluqueira foi esboçada nalgumas escolas, em bibliotecas públicas e só o bom senso prevaleceu. Mas casos houve em que as doutrinas marxistas povoaram as estantes da Cartilha Maternal, dos Lusíadas e da Bíblia.

 

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