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18.05.17

Um soneto para a eternidade à Gete

aquimetem, Falar disto e daquilo

CCE19042011_00001 FOTO e ASSINATURA.jpg

Por: Barroso da Fonte: 

 

Um soneto para a eternidade
à Gete
Tu que eras nesta vida a minha vida,
O meu encanto, o meu primeiro amor,
Deixaste-me e partiste, excelsa flor,
Abandonado e triste, alma incontida.

Abraçaste-me à hora da partida
Sentindo no teu peito a minha dor.
Trocaste-me por Deus, Nosso Senhor,
Que te elevou à Terra Prometida.

Descansa em paz, na paz da Eternidade,
Enquanto permanece o desencontro,
Anseio ver-te, e breve, como então.

Eu aspiro, contigo, à Divindade,
Deixar este calvário em que me encontro
Longe de ti, tão longe e sem razão.
Cláudio Amílcar Carneiro

O autor deste belíssimo soneto – Cláudio Amílcar Carneiro - nasceu em Chacim, em 1931. Aí viveu os primeiros 30 anos, com uma única interrupção: o serviço militar na Índia( Goa), entre 1955 e 23 de Maio de 1957. Faz agora 60 anos. Só nessa altura desiste de guardar o gado, a meias com mais sete irmãos. Já homem feito, completa a 4ª classe, que lhe deu para colaborar em jornais, como: «Heraldo» e «Diário». Regressado à Pátria Lusa, arranja forma de retomar os estudos básicos e curso geral dos Liceus. Chega a frequentar o Curso Superior de Direito e retoma o gosto pelo Jornalismo e pela literatura. Passa a publicar, preferencialmente, poesia em jornais e revistas como: Poetas & Trovadores, Mosaico, Notícias Metrópole. Em 1966 estreia em livro. Desde aí não descansa. Mais tarde, entra na ficção e, ora em prosa ou em poesia, a sua obra soma e segue, a um ritmo qualitativo e quantitativo que faz deste vate um caso sério.
Em toda a sua produção, mormente na poética, deslumbra quem o conhece pelo seu repentismo, pela sua introspeção e apreensão caleidoscópica. Esta subtileza psíquica faz de Cláudio Carneiro um especialista da mais popular quão difícil modalidade poética que é o soneto. Mais parece uma das modernas tabletes, telemóveis e máquinas fotográficas que substituem em qualquer momento, os materiais específicos. A Cláudio Carneiro basta olhar o objeto que pretende fotografar e, instantes depois, surpreende-nos com um poema que retrata, fielmente, os dotes físicos, psíquicos, científicos, éticos e sociais de um ser humano, com o qual se cruze e entenda dissecar. São centenas e centenas de poemas, essencialmente sonetos, dedicados a pessoas que conhece e sobre as quais pretende exaltar os seus dotes intrínsecos.
Recentemente faleceu sua Mulher Georgete. Foi o seu anjo da guarda por toda a vida. E, inconformado com essa subtração, reproduz nestes catorze versos, um secreto desejo do reencontro na eternidade. A melhor prenda dos seus 86 anos completados dia 8 deste mês.

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