Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Portugal, minha terra.

<div align=center><a href='http://www.counter12.com'><img src='http://www.counter12.com/img-6d7wDw0z0Zz1WyaW-26.gif' border='0' alt='free web counter'></a><script type='text/javascript' sr

Portugal, minha terra.

<div align=center><a href='http://www.counter12.com'><img src='http://www.counter12.com/img-6d7wDw0z0Zz1WyaW-26.gif' border='0' alt='free web counter'></a><script type='text/javascript' sr

25.01.17

António Costa tem mau perder

aquimetem, Falar disto e daquilo

images.jpg1.jpg

 Por: Barroso da Fonte

Quem acompanhou o último debate parlamentar, dia 17 de Janeiro, deve ter-se rido a valer, com o cinismo com que o primeiro ministro liderou essa tarde de sol de inverno. Tinha chegado da Índia, feliz com o regresso desses pedaços de Portugalidade, que guardam, a sete chaves, expressões linguísticas que são o nosso orgulho. Gostámos das imagens de Goa que deixámos nos meados do século passado. Presumo que terá valido a pena essa romagem de saudade e de orgulho quinhentista. O futuro o dirá. Ainda com esses sabores orientais nos lábios, falou pelos cotovelos no primeiro debate parlamentar do ano. A dado passo acusou o líder parlamentar de que «tinha mau perder». Passos Coelho gostou dessa afronta porque Costa estava a ver-se ao espelho.
-Então não foi o Senhor que afrontou, com esse mau perder, a anormalidade democrática, ao celebrar um acordo contra nature, com toda a esquerda, rejeitando quaisquer conversações com a direita? Não foi por essa via que chegou a primeiro ministro, cargo a que nunca ascenderia, porque perdeu as eleições que eu ganhei? Quem acusa quem? Nem com essa farsa picaresca, fruto do mau perder, António Costa moderou o tom da sua vozearia. Assunção Cristas chamou-lhe mentiroso com todas as letras. A primeira inverdade ficou no ouvido dos ouvintes: - que o acordo com Concertação Social entrava em vigor no dia seguinte, quando apenas deverá vigorar a partir de 1 de Fevereiro. Se vigorar! Em segundo lugar ao garantir que esse acordo estava assinado por todos os intervenientes, quando, pelo menos três deles, ainda não tinham assinado. Tinha António Costa a intenção. Mas ele sabe, como jurista, que uma coisa é o facto e outra é a intenção. Para saber isso nem é preciso ir a Coimbra. Como as mentiras dos políticos valem mais do que as verdades de muitos que os elegem, como é o exemplo dos deputados, António Costa prosseguirá o seu passeio, de braço dado, com a esquerda e com o guarda-chuva Presidencial. Quando o guarda-chuva lhe fugir com o vento, Costa ainda vai ter que engolir: - Volta José Seguro que estás perdoado...
O deputado Europeu Nuno Melo, no JN de 19 seguinte, clarificou a geringonça em que António Costa se enrolou e nos enrola todos os dias, como acaba de acontecer com a retirada daquilo que é nosso: o dinheiro sagrado dos reformados e dos funcionários públicos no ativo.
Voltando às Geringoncices de Nuno Melo: «mandaria a prudência que, pretendendo o PS uma solução com a Concertação Social, que violava necessariamente as garantias dadas ao BE e ao PEV, António Costa, ao menos, chamasse Passos Coelho e Assunção Cristas às conversações. Mas não. Em outubro de 2015, quando o PSD e o CDS queriam formar Governo, por terem vencido as eleições, Carlos César dizia que, na falta de maioria, Passos Coelho era obrigado a "dialogar com o PS", não podendo "tratar o PS como se fosse o CDS". Perceba então o PS que o CDS e o PSD também não são o PCP, o BE ou o PEV. Felizmente. Se têm a maioria, governem-se. E já agora, governem». Aquilo que os Portugueses querem é que o país viva em paz social. Nada tem faltado a essa paz social, graças, sobretudo, ao Presidente da República. Parece ser inata essa bonomia Marcelista. Mas com outro PR que se remetesse ao silêncio, não fosse tão beijoqueiro e, sobretudo, não se vestisse de Pai natal e de bombeiro voluntário em cada percalço que se adivinha, António Costa não teria a paz social que a providência presidencial antecipa, como se de «milagres» se tratasse.
Desta vez esse providencialismo terá dificuldades em sobrepor-se ao anúncio que o PSD já tornou público. O CDS fica-se pela abstenção. Se António Costa não tivesse criado a geringonça, a oposição deveria viabilizar o acordo da Concertação Social. Como, para chegar a primeiro ministro, rastejou até consumar o «casamento», tem o dever de entender-se com a pareceria a quem se entregou para quatro anos. O povo tem princípios filosóficos para este tipo de litígios: «quem lhe comeu a carne que lhe coma os ossos».

13.01.17

Até para morrer é preciso ter sorte

aquimetem, Falar disto e daquilo

CCE19042011_00001 FOTO e ASSINATURA.jpg

Por: Barroso da Fonte

 Nascer e viver são destinos de tudo e de todos aqueles que têm vida. Como as flores estiolam depois de embelezarem a natureza, assim as pessoas que se sucedem em circunstâncias que não conseguem controlar.
Escrevo esta crónica num domingo soalheiro. O país está de luto. Não por morrerem muitas pessoas. Mas por morrer Mário Soares. Não foi por castigo divino porque Deus não é vingativo. Nem por ser republicano, socialista e laico. Morreu porque o seu prazo de validade acabou aos 92 anos de idade. Até nesta sua última batalha foi feliz, porque nada lhe faltou. Teve tudo aquilo que era possível ter. Dignidade.
No momento em que dedilho estas palavras aparece no ecrã do computador, via Público, este dístico: «Soares morreu. Começa agora o combate da imortalidade».
Ora aqui está: não é preciso ser católico para se obter a imortalidade. O que é preciso é ter sorte. Mário Soares era filho do Padre João Soares. Nada lhe faltou na vida, a confirmar que «não custa viver, o que custa é saber viver». Mário Soares soube viver. E por isso vai ficar na História de Portugal. Só por coisas boas? Só por ser revolucionário? Só por ser honesto e pacífico?
Antes que escorregue neste labirinto de congeminações satânicas, vou lembrar outras mortes que ocorreram no mesmo espaço temporal. De entre essas só outro nome mereceu destaque: Guilherme Pinto, Presidente da Câmara de Matosinhos. Todos os canais televisivos, nomeadamente aqueles que se dizem de interesse público, cerraram fileiras, mobilizaram todos os repórteres, rebuscaram todos os arquivos. De noite e de dia, desde as vésperas de Natal, talvez por todo o mês, todo o ano, todos os anos. E o mais que se verá. A imortalidade só agora começou...
No mesmo período temporal morreram três ilustres vultos da cultura portuguesa: Mons. Ângelo Minhava, Padre Doutor João Ribeiro Montes e o Médico especialista Daniel Serrão. Três notáveis personalidades, cada qual a mais ilustrada e todas Transmontanas.
Não tiveram as televisões que nos martirizam o corpo, a alma e a bolsa, uma palavra que fosse, a lembrar esses desaparecimentos.
Para tudo é preciso ter sorte. Até para morrer.
Mário Soares foi, inegavelmente, um Homem diferente, destemido, culto e frontal.
Na qualidade de diretor do Paço dos Duques de Bragança, durante cerca de seis anos, recebi-o três vezes nesse Monumento Nacional que funciona como residência oficial do chefe do Estado no norte do País.
Já antes, em 1986, como vereador da Câmara, eu tinha contribuído para aí se realizar a primeira «semana aberta». O executivo era social democrata. Carneiro Jacinto era o jornalista da Presidência. Falou comigo para auscultar se uma Câmara diferente da sua cor, receberia bem essa experiência presidencial. Passou-se esse dialogo com aquele jornalista na Pousada de Santa Marinho da Costa em 24 de Junho. Ainda nesse espaço de tempo, falei com os vereadores da oposição: CDS (Carlos Costa), PS (Manuel Ferreira), CDU (Capela Dias). Que sim senhor. Avançou-se e a experiência que permitiu a Mário Soares, levar a efeito, outras semanas abertas em várias cidades do País. Conservo no meu espólio uma carta de agradecimento de Mário Soares pela maneira como foi benéfico o meu contributo.
Nada de pessoal me permite censurar o chamado «pai da democracia portuguesa», em quem votei na sua reeleição para a PR, quando concorreu contra Salgado Zenha. O que pasmo é ver e ouvir, chorões e choranas, - verdadeiras poltronas - desta carpidaria-mor do reino.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2020
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2019
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2018
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2017
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2016
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2015
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2014
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2013
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2012
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2011
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2010
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2009
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2008
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2007
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2006
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub