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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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28.08.16

Água para refrescar....

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Este domingo, a meio da tarde, tive uma surpresa à entrada da porta, melhor dito, à saída, pois foi quando me preparava para ir à rua que dei com um daqueles repuxos provocados por um arrebentamento da conduta de água da EPAL que serve os prédios da zona, e me fez suspender o que tinha programado fazer.

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Foi mais de ¾ de hora a ver correr o precioso liquido até que aparecesse quem pusesse fim ao desperdício e desse inicio ao conserto dos danos que dali resultaram.

 Foi uma fartura de água que refrescou a rua e por certo danificou também as estruturas dos prédio onde arrebentou a conduta. Mas tudo bem é da EPAL

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 A seu tempo chegou a equipa de trabalho, cortou a água e iniciou a reparação.

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 Á hora de juntar já havia água nas torneiras, esperamos que não volte a estragar um domingo, como foi este em que também o Sporting tramou o Dragão. Haja bom humor, e água para refrescar....

 

16.08.16

General Tomé Pinto ao nível dos melhores de sempre

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte
Um combatente que foi à guerra dos outros, mesmo que não tenha dado um tiro, nem saiba nadar, deve dizer que esteve lá, quando, com quem e para quê. Cabe esta missão ao repórter que esteve lá.Começo esta nota biobibliográfica sobre o Tenente General Alípio Tomé Pinto por onde devia acabar. Desde Maio tem sido este volume de 416 páginas o motivo que me prende à cama, antes de adormecer e depois de acordar. Exatamente porque é das obras que tenho na minha copiosa biblioteca daquelas que mais me reconcilia com os 3 anos e meio que prestei ao país que tão ingrato foi para com os burros de carga que foram os milicianos e filhos do verdadeiro povo. Na contracapa, ao cima da página, reproduziu este militar de carreira: «E lá fui eu para a guerra, um dos primeiros a chegar a ela, com a minha farda amarela e uma espingarda das antigas – uma Mauser». Nessa mesma página mostra-se uma paisagem rural com um aldeamento duriense. Legendado com esta lápide de Miguel Torga: «Trás-os-Montes: «Terra Quente e Terra Fria. Léguas e léguas de chão raivoso, contorcido, queimado por um sol de fogo ou por um frio de neve. Serras sobrepostas a serras. Montanhas paralelas a montanhas».
A biografia deste verdadeiro militar transmontano, veio reanimar-me em relação a centenas de outras, de camaradas seus que, em cerca de 40 anos, escreveram, editaram e difundiram, nuns casos como resposta pessoal, noutros casos por imperativo ideológico. Mas quase todas por necessidade de ocupar o tempo e de reivindicar para si, o mérito ou demérito que foi de todos.
Na p. 341 logo se descobre nas fotos de família e nas legendas que valem muito mais do que mil palavras, a desigualdade moral, profissional e cívica entre o General Tomé Pinto e outros que passavam pela Academia, como se passa pelo santuário de Fátima ou pelo Bairro Alto, numa excursão à capital. Com o eclodir da guerra do Ultramar, houve maior preocupação com a quantidade do que com a qualidade. A carreira das armas deixou de ser um deslumbramento de paradas festivas para ser uma preocupação pessoal, familiar ou social. A qualidade deu lugar à quantidade. Os cursos encurtaram, as promoções apressaram-se e os recrutamentos, nas escolas militares, como na sociedade civil, alargaram o campo de ação. Os treze anos de guerra mexeram com toda a sociedade civil. E, naturalmente, a pressa e a necessidade, geraram dificuldades para alguns, transtornos para outros e contratempos para muitos. Se houve «estragos» para os combatentes, os mais lesados foram os soldados em geral e para os milicianos. E também para muitos profissionais das armas que já haviam cumprido os seus deveres como oficiais subalternos e se encontravam na classe dos oficiais superiores, alguns a pensar na hierarquia de oficiais generais, outros em fase de aposentação nos postos a que haviam ganho direito.
Como, normalmente, acontece nem foram os soldados, nem os milicianos, nem sequer os militares mais antigos a reivindicar. Foram aqueles que haviam escolhido a carreira das armas e que viam perigar essa carreira que violaram o juramento e se revoltaram contra os milicianos que apenas serviram para burros de carga daqueles que os traíram.
Nos 40 anos que decorreram cada «capitão de Abril» já escreveu a sua história, raramente contando os factos, mas reivindicando sempre para si, os louros da revolução. É óbvio que alguma coisa teria de fazer-se no sentido de alterar o método de resistência. Mas nunca por nunca deveriam ter sido os milicianos os bodes expiatórios, já que eles foram os mais prejudicados, antes, durante e depois. Infelizmente nunca se deu voz às maiores vítimas do golpe militar: os milicianos.
Em maio deste ano chegou ao mercado um dos livros mais coerente, mais objetivo e mais recomendável acerca da guerra do Ultramar. Logo a seguir ao 25 de Abril começou o mercado livreiro a privilegiar os escaparates, com versões pessoais de heróis à pressa. O poder político, por um lado e esses testemunhos subjetivos, por outro, injetaram nas gerações mais novas a ideia de que tudo havia corrido mal e que uma geração iluminada, havia retirado do fundo do mar o País que somos. Há por aí resmas de papel editadas por gente que quis ficar na História e que interrompeu carreiras limpas, heroicas e exemplares.
As 416 páginas deste livro do Tenente General Tomé Pinto vêm repor alguma clarividência, rigor histórico e prudência ética na opinião pública. O editor Pedro Sousa afirmou na nota que assina (pp 12-23) que: O general Tomé Pinto é um dos mais prestigiados militares portugueses da sua geração. Promovido a esse posto aos 45 anos por razões de mérito, foi duas vezes ferido com gravidade em cenário de combate, primeiro em Angola e mais tarde na Guiné». E outro distinto general – Ramalho Eanes - afirma no prefácio que «contar a história de vida de Tomé Pinto é respeitar a autêntica tradição, a memória coletiva».
Ao lado de Salgueiro Maia, de Pires Veloso, de Santos e Castro e de Jaime Neves, Tomé Pinto deve perfilar-se como um dos militares mais distintos da sua geração.

 

12.08.16

O Verão mais quente desde 1975

aquimetem, Falar disto e daquilo

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 Por Barroso da Fonte

Desde 1975 não houve verão mais arreliador. Politicamente não deixa saudades. Foi a esquerda que ligou as ventoinhas. Mas as ameaças de incêndio ficaram na retina daqueles que se envolveram nas Andanças de Castelo de Vide e que assistiram, desesperadamente, à destruição de 422 viaturas, mais os pertences dos seus ocupantes. Afinal foi terá sido um cigarro mal apagado...

Quem desequilibra as temperaturas não é o povo. Mas é ele que apaga todos os fogos, com a sua paciência, tolerância, resignação e às vezes com a própria vida.

Num só dia (7 de Agosto) ocorreram 455 fogos. E o Secretário de Estado dessa área veio dizer que está provado terem esses crimes início, entre as 8 h da noite e as 8 h da manhã. Esta afirmação, tão clara e tão evidente, deveria ser correspondida com medidas drásticas: em vez de ter o policiamento nas cidades, nas festas, à porta das discotecas, nas inaugurações, a vigiar comícios, residências de ex-políticos e jantaradas privadas com foguetes de artifício, poderiam fazer noites de vigilância nos montes, uma vez que dos pontos mais altos, seria muito mais fácil identificar os malfeitores. Um estudo prévio às zonas a vigiar, mal a labareda fosse localizada, graças à facilidade que hoje há, com os telemóveis e GPS, seria caça certa. Assim o poder político entenda acabar com a segunda guerra mais mortífera, mais cara e mais dramática em Portugal. Quem viu e ouviu as reportagens televisivas, com o país a arder desde Trás-os-Montes à Madeira, nos dias 7 e 8 do corrente, vendo  a fragilidade dos meios aéreos e os gritos de desespero das populações, irrita-se contra o ministro do ambiente que se limitou a dizer que «apesar dos 455 fogos de Domingo e os quase tantos no dia seguinte, a área ardida é inferior à dos anos anteriores». É deplorável, é ridículo e é provocante. O Secretário de Estado garantiu que «a maior parte dos incêndios é fogo posto, entre as 8 da noite e as 8 da manhã». O ministro deveria preocupar-se com esse elemento conhecido: «a mão humana». Com desculpa esfarrapada o Ministro Matos Fernandes, preferiu desviar a água do capote, como se a gravidade dos incêndios se possa media pela área ardida...Valha-nos Deus, Sr. Ministro...

Quando se conhecem as origens dos crimes públicos, o tipo de criminosos, as horas e os métodos e não se tomam medidas, dispondo de todos os meios, incluindo políticos, é ser conivente com essa trágica realidade. Se António Costa que nesses dias ser mostrou no Algarve em calções de banho, fosse mais coerente com a responsabilidade política que a todo o custo assumiu, tinha interrompido as férias, mais cedo, para coordenar as operações. Mas cada país tem os políticos que merece.

A saga dos incêndios nasceu com a liberdade de fazer tudo o que é mau para a sociedade, mas é bom para alguns que sempre viveram da chulice, da fraude, da anarquia e da brandura das leis.

Todos os anos, tememos o verão, por causa dos incêndios. Se está provado que existe uma epidemia social e política que aterroriza, aqui, ali e acolá, de noite e de dia, no campo e na cidade que se vale da escuridão, da morosidade da justiça, das amnistias e do faz de conta. 41 anos depois desta saga, já deveriam os políticos ter aprendido com os erros de cada ano que passa. As vidas que se perdem, os martírios que as populações sofrem, os prejuízos que se causam a quem vive da terra, mais os encargos com as máquinas, aéreas e terrestres, com os animais que o fogo queima, merecem alterações profundas. A vigilância das florestas e dos locais que possam servir de esconderijo dos criminosos devem estudar-se, mediante formação atempada e com critérios seletivos, com base no caráter e espírito cívico. O recrutamento deveria ser feito entre desempregados que tenham garantia de trabalho sazonal. E nunca deverá prescindir-se do apoio dos militares e militarizados porque se trata de um serviço cívico de que não podem alhear-se.

Sabendo-se que este é o flagelo social mais revoltante, mais terrífico e mais prejudicial à vida nacional, qual a razão por que não preparar o exército, a marinha e a força aérea, mais as diversas polícias, para, em conjugação com os Bombeiros, prestarem ao País e aos seus habitantes, a tranquilidade a que têm direito? A ministra da Administração Interna – e muito bem - «descobriu» uma série deles, nas messes, bares e «impedidos» e «gratificados». Acabem com esse luxo!

Este drama é tão grave nos dias de hoje, como foi nas décadas de sessenta e setenta, a guerra do Ultramar. Façam bem as contas e digam aos políticos que tenham a coragem de olhar mais para a realidade social do que para as guerrinhas de alecrim e manjerona. Que em vez de escandalizarem   com boleias duvidosas para irem ver jogos de futebol ou outras diversões censuráveis, discutam. Decidam e tranquilizem os cidadãos.

Nunca percebi que ocupações são essas de milhares de jovens dos dois sexos que nos três ramos das forças armadas somam anos e anos, sem que o país conheça os benefícios que produzem. Não havendo guerras a enfrentar, o país continua a pagar a oficiais e sargentos do quadro permanente. Continuamos a ter, às dúzias, generais, coronéis, majores, capitães, tenentes, alferes e sargentos de vários graus, como se ainda houvesse guerras no solo português.

Sabe-se que, de longe a longe, vão alguns desses militares cumprir missões internacionais. Mas que fazem os outros em tantos quartéis que nada produzem de útil à sociedade?

De longe a longe há paradas militares, guardas de honra. Chegam bem equipados, com fardas bonitas, galões dourados e estrelas brilhantes, ornando as peitaças. Executam, ao toque de instrumentos apropriados, continências, gestos e frases de guerra. Não significa que percam esse estatuto. Mas o país sente-se mais solidário, mais coerente e mais justo.

                                                                                                                        

 

09.08.16

Da terra venho

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De “Poesia, amoras & presunto”, obra de Barroso da Fonte, galardoada com o Prémio Nacional de Poesia Fernão de Magalhães Gonçalves, transcrevo um dos poemas que muito me sensibilizou por corresponder à visão que tenho formatada desta viagem que sem fim determinado o Criador nos concedeu. Mediante estes versos eis-me nas minhas origens territoriais e sociais da década de 30, muito diferente do tempo actual, mas que nem por isso deixamos de ter saudades.


DA TERRA VENHO


Da terra venho
P´ra terra vou
E orgulho tenho
Do que sou


Nasci da fome
Com fome existo
Mas do nome
Não desisto


Venho da vida
Vou para a morte
- toda a ferida
É passaporte


O homem passa
E se renova
A erguer na praça
A sua cova


E eu tenho andado
A vida inteira
Ligado ao fado
A minha caveira.


                       Montalegre , 1972.

08.08.16

A propósito de um parqueamento

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 A propósito de um parqueamento na Estrada do Poço do Chão, junto à Quinta do Bom Nome. Antes do casamento do PS com o PCP, a Junta de Freguesia de Carnide distinguiu-se como autarquia independente, autónoma e apostada no bem servir os visitantes que visitam este sedutor bairro da preferia alfacinha, onde impera o Colombo, a Casa do Artista, o Teatro Armando Cortez, e o Santuário da Luz atrai centenas de devotos. A IMEL que tem por função caçar dinheiro aos cidadãos, por vezes descaradamente, tinha em Carnide um espaço que sob responsabilidade da Junta não podia actuar, e dava muito jeito a quem por pouco tempo vinha visitar familiares ou amigos. Além disso servia quem estuda numa Universidade aqui ao lado que todos nós sabemos dá jeito a quem ali estuda e muitas vezes o dinheiro escasseia para pagar o estacionamento diário. Não contava com esta, que quanto a mim é fruto do casamento PCP com o PS. Caso assim não fosse a Junta de Freguesia de Carnide continuaria a ser defensora dos seus ideais e do bem servir os seus concidadãos.  

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