Uma terra singular
De vez em quando encontro-me casualmente com um amigo que muito admiro, mais ainda por ser transmontano e ter muitas afinidades com os meus caprichos de publicista. Há tempos foi numa carruagem do Metro, agora foi na Rua do Crucifixo. O facto é que sinto prazer sempre que travo dois dedos de conversa com o poeta João de Deus Rodrigues, um conterrâneo da mesma província, nascido na freguesia de Morais, concelho de Macedo de Cavaleiros.
O assunto abordado andou à volta da festa de Nossa Senhora da Oliveira, que no 1º Domingo de Outubro se realiza em Morais, desta vez ficou sem a participação de um acostumado festeiro. Diz ser uma festa muito animada e concorrida, com majestosa procissão que sai da igreja paroquial passa pela capela da Senhora da Oliveira, percorre as ruas da aldeia e regressa à matriz. Com vários títulos publicados e premiados, do autor de “Passagens e Afectos”, comentou, em “Jornal de dos Poetas e Trovadores”, a Profª. Júlia Serra (critica literária): “Este livro, na sua simplicidade, reúne reminiscências de poetas de todos tempos: desde Antero de Quental, Augusto Gil, Cesário Verde, até Sophia de Mello e, como não podia deixar esquecido, seu conterrâneo Torga. De uns, o poeta colheu o colorido, de outros, o jeito de fazer versos, de outros, a inspiração, e de Torga a veia telúrica que fez de Trás-os-Montes uma terra singular”