As velas da barca....
Com toda a sua humildade que é fruto de muita ciência e espiritualidade, Bento XVI decretou, em boa hora, o evento que amanhã o seu sucessor vai encerrar
É ao Papa Francisco que cabe presidir à CELEBRAÇÃO DE ENCERRAMENTODO ANO DA FÉ que se espera ajude a despertar as consciências adormecidas para a necessidade de mudança de vida e comportamentos que são causa de muitos dos males de que sofre e se queixa a sociedade.
Nesta celebração de domingo participam especialmente uns 500 catecúmenos, de 47 diferentes nacionalidades, dos quatro cantos do mundo, da China e Mongólia à Rússia, do Egipto e Marrocos a Cuba. Em todas as dioceses do mundo cristão, este Domingo, também por ser a Solenidade de Cristo Rei do Universo, a celebração é assim:
(Durante a Missa. Domingo 24.11.2013 Solenidade de Cristo Rei do Universo)
1. Antes da Missa são distribuídas velas aos fiéis e acende-se o círio pascal colocado
junto do altar, como se faz no tempo pascal. Após o sinal da cruz e a saudação
inicial, o sacerdote dirige-se aos fiéis com estas palavras ou outras semelhantes:
Em comunhão com o Santo Padre Francisco, que hoje conclui em Roma o Ano da
Fé, também nós queremos concluir o caminho, pessoal e comunitário, que
realizámos. Agradecemos ao Senhor por este tempo de renovação que nos concedeu.
Juntos com a Igreja universal, recordemos como vivemos tal tempo e se o nosso
compromisso com a fé foi renovado. A solenidade de Cristo Rei do Universo alarga
a perspectiva da nossa reflexão e leva-nos a receber a certeza da fé na promessa que
o Senhor nos fez e que trazemos em nós com a esperança que não desilude.
2. Segue-se o acto penitencial com a aspersão dos fiéis
(para a recordação do Baptismo, início do caminho da fé)
O sacerdote, após a saudação inicial, estando de pé junto da cadeira, tendo à sua
frente a caldeira com água para ser benzida, convida o povo à oração com estas
palavras ou outras semelhantes:
Caros irmãos e irmãs, rezemos humildemente a Deus, nosso Pai, para que abençoe
esta água com a qual seremos aspergidos recordando o nosso Baptismo. O Senhor
renove a nossa vida e nos faça sempre fiéis ao dom do Espírito Santo.
Após uma breve pausa de silêncio o sacerdote, com as mãos juntas, continua:
Deus eterno e omnipotente, que quiseste santificar na água os teus filhos para a vida
eterna, abençoa + esta água para que se torne sinal da tua protecção neste dia a Ti
consagrado. Renova em nós, ó Pai, a fonte viva da graça e defende-nos de todo o
mal para que vamos ao teu encontro com um coração puro. Por Cristo nosso Senhor.
Ámen.
Após a oração de bênção, o sacerdote toma o hissope, asperge-se a si mesmo e os
ministros, depois o clero e o povo, percorrendo, se considerar oportuno, a nave da
igreja. Entretanto, execute-se um cântico adaptado.
Depois o sacerdote regressa à cadeira.
Terminado o canto, voltado para o povo, diz com as mãos juntas:
Deus omnipotente nos purifique dos pecados e por esta celebração nos torne dignos
de participar à mesa do seu Reino pelos séculos dos séculos.
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Ámen.
Neste momento canta-se ou reza-se o Glória.
3. Liturgia da Palavra
(textos do XXXIV Domingo do Tempo Comum Ano C, Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do
Universo)
PRIMEIRA LEITURA 2 Sam 5, 1-3
Ungiram David como rei de Israel.
Leitura do Segundo Livro de Samuel
Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseramlhe:
«Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei,
eras tu quem dirigia as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu
apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Todos os anciãos de
Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David concluiu com eles uma aliança
diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL
Salmo 121
R. Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. R.
Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor. R.
Para celebrar o nome do Senhor,
segundo o costume de Israel;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David. R.
SEGUNDA LEITURA
Col 1, 12-20
Transferiu-nos para o reino do seu Filho muito amado.
Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos: Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos
santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o
reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados.
Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura; Porque n’Ele
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foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e
Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é
anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu
corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o
primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele
fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da
sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.
Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Mc 11, 9.10
Aleluia, aleluia.
Bendito O que vem em nome do Senhor!
Bendito o reino do nosso pai David!
Aleluia.
EVANGELHO
Lc 23, 35-43
Lembra-Te de mim, Senhor, quando vieres com a tua realeza.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os
outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os
soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se
és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este
é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados
insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós
também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu
que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo
das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou:
«Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe:
«Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
Palavra da salvação.
4. Homilia
(propostas dos temas)
- Jesus Cristo é verdadeiramente o Rei da minha vida, da minha família?
- Sou capaz de submeter as minhas decisões aos desafios de Cristo Rei?
- Fazer menção da conclusão do Ano da fé e do percurso proposto pelo subsídio.
- Acentuar o compromisso da Professio fidei recebido no Baptismo.
- Como podemos professar a fé nas várias circunstâncias da nossa vida?
- No Baptismo recebemos a missão: ide e ensinai! Que fruto trago comigo?
- Eu professo a minha fé?
* * *
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5. O Credo
a) Após a homilia, o sacerdote introduz a Profissão de fé com estas palavras ou
outras semelhantes:
Há um ano atrás, no início do Ano da fé, foi-nos entregue o texto do Símbolo da fé.
A nossa tarefa não era apenas a de aprender de cor a fórmula do Credo. Santo
Agostinho afirma: «Estas breves fórmulas são apresentadas aos fiéis para que,
acreditando, se submetam a Deus, submetidos a Ele vivam rectamente, vivendo
rectamente purifiquem o seu coração e, uma vez purificado o coração,
compreendam aquilo que acreditam».
Hoje reentregamos o Credo. Com as velas acesas, recordando o Baptismo como
início do caminho da nossa fé e a missão que cada cristão recebeu de a testemunhar,
queremos solenemente professar na Igreja, comunidade dos crentes, a nossa adesão
a Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
b) Acendem-se as velas no círio pascal. O sacerdote diz:
Recebei a luz de Cristo
c) Acendidas as velas, o sacerdote recita a oração:
No Baptismo vos tornastes luz em Cristo.
Caminhai sempre como filhos da luz
para que perseverando na fé,
possais ir ao encontro do Senhor que vem,
com todos os santos, no Reino dos céus.
d) Depois toda a comunidade canta ou recita solenemente o Credo
e) No fim, o sacerdote recita a seguinte oração sobre os fiéis:
Deus nosso Pai,
escuta os teus filhos que professam juntos a fé do seu Baptismo.
Acompanha-os sempre com a ajuda da tua graça.
Ilumina-os cada dia com a luz da fé.
Guia-os com o Espírito Santo nas estradas deste mundo,
para que encontrem os seus irmãos,
e sejam os evangelizadores de que precisas
para dar a conhecer a bela notícia da salvação.
Então, todos os homens, reunidos num só rebanho, conduzidos por um único
pastor, o teu Filho Jesus,
receberão em herança a alegria e o repouso prometido
para aqueles que se deixam guiar para Ti,
que és Deus e vives por todos os séculos dos séculos.
6. Segue-se a oração dos fiéis e a celebração da Missa continua more solito
D. Rino Fisichella
Os responsáveis do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (que coordenaram também as iniciativas, em Roma, do Ano da Fé), ilustraram segunda-feira, em conferência de imprensa, os principais momentos que o caracterizaram e os acontecimentos desta última semana. D. Rino Fisichella, presidente daquele dicastério romano, referiu os mais de oito milhões e meio de peregrinos que ao longo destes doze meses rezaram junto do túmulo de São Pedro. Rezar mais, agora com as velas da barca....mais reforçadas