Contem de novo comigo
Na passada 6ª-feira, dia 27, fui jantar ao Dafundo, num restaurante da marginal, com um grupo de belenenses da velha guarda que habitualmente se reúnem para manter e alimentar um relacionamento e amizade cuja origem está no terem andado na mesma escola e ao mesmo tempo nas carteiras da primária. Não fui colega de escola, nem conheci nenhum destes meus amigos, nessa idade cor-de-rosa. Quando em 1961 cheguei a Belém já todos eles andavam dispersos por um D.João de Castro, uma Marques de Pombal ou agarrados a um modo de vida que lhes garantisse um futuro estável e digno de filhos de Deus. Na Faculdade de Direito, em Lisboa, andava já o "bigodes" que esta foto mostra, e foi o responsável pela minha intromissão neste jantar-convivio em que tive a dita de participar e assim rever caras conhecidas e amigos que já não via há mais de 40 anos. É verdade.
Não o Tomé, que também ladeado por dois amigos, foi o encarregado de escolher o restaurante que muito bem nos serviu e eu, como pendura, conheci e vou ser cliente quando for para aquelas bandas. Aquele Tomé que jamais sopunha encontrar aqui e que foi meu companheiro de trabalho nas OGME, em Belém, durante muitos anos.
Ladeado pelo "bigodes" e o Jaime, de pulôver vermelho escuro, ficou o Jaucop, o ilusionista que todos conheceram e não se vê na foto, dado que se retirou da mesa, agora armado em fotografo e repórter. Aquele Jaime da Rua do Embaixador que desde Julho de 1968 nunca mais vi, e por isso fiquei espantado por passados 44 anos ainda se lembrar do meu nome completo. O mesmo se deu com outro fugitivo dos contactos, o amigo Nabeiro, que também depois da década 60 lhe perdi o rasto. Aqui o temos à direita da mesa de jaqueta escura e cabeleira entre as orelhas e a careca, como sinal de que os anos são uma mais valia, mas também um contratempo. Foi com muita alegria e emoção que revi estas velhas amizades.
Responsável pela escolha do restaurante e do menu, o Tomé vai circulando à volta da mesa para saber a opinião dos comensais. Toda a minha gente está satisfeita, e com vontade de voltar.
Se não for antes, no próximo dia 19 de Outubro, contem de novo comigo. Para tanto basta que do Funchal venha o convite e a companhia amiga do distinto jurisconsulto M.Pegado, que da Madeira vem sempre propositadamente juntar-se aos seus colegas de carteira da antiga Escola Primária Masculina, nº 61, do Altinho (Santa Maria de Belém) que em jantar se reúnem pelo menos duas vezes ao ano. Um bom exemplo para os jovens de hoje seguirem e assim valorizarem a pratica da fraternidade dentro e fora do ambiente escolar. Virtude que também nunca tanto como hoje a sua falta se notou na escola e no trabalho. Parabéns "juventude" dos tempos do Matateu e do Ferrador do Altinho, incluindo os que já partiram como foi o caso recente do amigo Branco, que faltou no jantar e eu perdi de ver. Que descanse em paz.