Terramoto de 1531
Imagem de Nossa Senhora da Escada, ou da Escadinha
Um artigo de Pedro Marta Santos, na revista SÁBADO, de 26 do corrente, focava uma realidade ocorrida, e para a qual todos devemos estar preparados, pois de um momento para o outro pode repetir-se de novo a catástrofe. Abria assim: " Fala-se pouco dele, mas matou 30 mil pessoas na região de Lisboa. Devastou aldeias inteiras e destruiu parte de Vila Franca de Xira. Houve estragos substanciais em Santarém, Azambuja, Almeirim e até em Coimbra. O terramoto de 26 de Janeiro de 1531, há exactamente 481 anos, teve epicentro no vale inferior do Tejo, entre Santarém e Vila Franca, mas chegou a Lisboa com grande violência". Cerca de 224 anos depois outro terramoto semelhante se abateu sobre o território lusitano, também com grande incidencia na região de Lisboa, este o de 1755. É deste que toda a gente ouve falar porque a ele anda associado o nome de um político que tinha tanto de inteligente, como de cruel: Marquês de Pombal.
Desconhece-se qual a magnitude do sismo de 1531, mas crê-se que perto dos 7,5 na escala de Richter, portanto inferior aos 8,7 a 9 do terramoto de 1755. Porém quanto a vitimas o numero foi semelhante, ou superior, lê-se. Mas para além de me fazer pensar que de 250 em 250 anos um terramoto costuma dizimar Lisboa, o artigo deu-me a chave para eu perceber a origem do designativo dado a uma imagem muito cultuada na igreja de São Domingos (à baixa) que tendo pertencido a uma antiga capela vizinha de São Domingos era por certo a que aqui aparece citada, deste modo: "Fez ruir 1500 casas em Lisboa e devastou igrejas como a de Nossa Senhora da Escada". Isto no reinado de D.João III (1502 - 1557).