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Portugal, minha terra.

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12.03.10

diáspora mondinense

aquimetem, Falar disto e daquilo

          Ainda a propósito do evento que nos finais de Fevereiro juntou em Lisboa três dos mais conceituados barrosões que no campo da cultura e das letras se notabilizaram,  achei oportuno voltar ao assunto, agora não apenas para realçar mais esta ou aquela figura transmontana que deu animação ao acontecimento, mas também corrigir e actualizar alguns dos dados biográficos que sobre o vilarperdizense Héder Alvar constam  divulgados.

          Nesse sentido volto a www.dodouropress.pt ) A - Alvar, Hélder, donde recolhi os elementos biográficos com que  no post intitulado "Padre Fontes, em 2ª edição", do passado dia 4, o realcei, mas agora para  corrigir e actualizar, na medida do possível, alguns dos dados que carecem dessa operação. Para isso o melhor será descer à fonte que neste caso é o II volume do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses que no domínio de títulos académicos cita: <<Licienciou-se em relações internacionais, depois de ter terminado o liceu em Chaves e Magistério primário. Radicou-se, depois em França, como professor de Língua e Cultura Portuguesa no estrangeiro. Fez o  DEUG em Sociologia na Universidade de Strasburgo e fez também 7 disciplinas  de Geografia  e Ordenamento do  Território na Universidade de Pau (França). Obteve o diploma "licence", em Ciencias da Educação, mais "licence" Portugês+Didáctica das Línguas e Ciencias da Linguagem, Menção F.L.E. Aí obteve o diploma de "maitrise" e o diploma "D.E.A" em Ciencias de Educação com "muito bom", na Universidade de Paris VIII, sendo a tese dirigida pelo Prof. Catedrático Doutor Renê Barbier >.  

          No entanto e em relação a estes apontamentos, por se apresentarem confusos na percepção, o mais aconselhável será, de acordo com os respectivos titulos, dar a cada um o correspondente atributo em  conformidade com o enunciado que segue: "O Professor Doutor Hélder Alvar é licenciado em várias áreas, Ciências de Educação, Português-Francês, Diáctica de Línguas, Mestre em Relações interculturais e Doutor em Ciências da Educação. Está ligado a um grupo de Pesquisa francês denominado "Centre de Recherche sur l'imaginaire social et l'Education" da Universidade de Paris 8".  Só assim este meu co-provinciano que na diáspora por terras de França e Suíça durante trinta anos honrou e prestigiou Portugal terá o seu esboço biográfico perceptível e ao alcance dos interessados. Por agora o meu abraço ao dinâmico barrosão e colaborador assíduo do jornal Transmontano. Bem! Mas nem só de barrosões notáveis vive a cultura transmontana, como aqui  vou demonstrar.

 

           Não vai gostar, mas como a sei mulher que a quem como ela amar e defender a terra onde ambos nascemos é capaz de perdoar este meu atrevimento, eis-me a revelar o nome daquela "minha conterrânea  Mg que para ver e conhecer gente transmontana que em verso ou prosa honre as letras lusas não há igual!", como noticiei no blog Ao sabor do tempo, em post, de 26 de Fevereiro, intitulado "encontro cultural".  Trata-se da minha conterrânea Maria da Graça Borges de Matos, natural de Mondim de Basto, onde nasceu a 4 de Janeiro de 1956, filha de José Teixeira de Matos e de Maria Alzira Teixeira Borges.

          Estudou no antigo Externato de NS da Graça, em Mondim, desde a Admissão, ao 3º ano de Liceu, e por falecimento do pai, como era a mais velha de seis irmãos, teve que trabalhar, completando de noite, o antigo 7º ano, já em Lisboa.  Ao mesmo tempo que trabalhava, e, a meias com sua mãe - ainda cheia de vida - , lutou pela formação e educação dos seus cinco irmãos mais novos, cuja obra é a de que mais a Maria da Graça se orgulha. Aos 15 anos entrou nos escritórios de contabilidade, do Laboratório J.Neves, ligado à industria farmacêutica, onde trabalhou durante 14 anos, deixando no seu lugar quando saiu, a  irmã mais nova, e um irmão na produção de medicamentos. A região saloia que lhe faz lembrar a ruralidade da nossa condição de transmontanos de Basto granjeou-lhe o carinho e  a simpatia que o seu  casamento, aos 23 anos, no Convento de Mafra ajudou e fez aumentar

          Hoje, já  lá vão 22 anos, a fazer de tudo, numa pequena empresa familiar, de motores e máquinas industriais, com o tempo bem contado e ocupado no desempenho do seu trabalho profissional, acrescido da missão de dona de casa, os curtos momentos de descanso e lazer costuma aproveitá-los a ler e pela leitura e novas tecnologias manter-se a par das noticias e ocorrências que lhe despertam interesse. O manifesto orgulho que nutre por tudo quanto seja ou fale de Trás-os-Montes é motivo de sedução para esta mondinense que tem  particular admiração pelos conterrâneos e transmontanos que nas letras e artes se têm notabilizado.

          Os nobres sentimentos de generosidade e gratidão com que por regra se adorna a alma transmontana fazem-se evidenciar e reflectir  nos actos e atitudes da Maria da Graça, como testemunhei no meu primeiro contacto (via internet) com esta senhora que me pediu para que  divulgasse  os nossos poetas e escritores menos conhecidos do grande publico. Nessa ocasião,  apontando o nome de Nelson Vilela em primeiro lugar, isto porque após ficar orfão de pai, o Dr. Nelson, ao tempo director do Externato, a deixou continuar  a estudar graciosamente em quanto quis e pode. Os anos passaram, as circunstâncias obrigaram à dispersão, mas o sentimento de gratidão não se apagou na alma desta minha distinta conterrânea que também na NetBila comenta, divulga e promove o que acerca dos valores culturais e cívicos serve a causa transmontana. Daí a incluir no rol das figuras importantes da diáspora mondinense. 

04.03.10

Padre Fontes, agora em 2ª edição

aquimetem, Falar disto e daquilo

          Não ficava de bem comigo próprio se entretanto não viesse a publico penitenciar-me do pouco relevo que dei a uma das figuras barrosãs que na jornada cultural ocorrida recentemente em Lisboa foi dos principais animadores. Refiro-me ao montalegrense  Hélder Alvar que  só conhecia de nome e da leitura de um  ou outro artigo de jornal. Isto para dizer que conversei com um transmontano que me falou da minha terra e de conterrâneos meus, como que de Barroso estivesse a dialogar. O que entretanto não foi o suficiente para eu identificar o personagem, e muito menos  me atrever a perguntar-lhe directamente pelos atributos culturais com que carrega. O gosto de satisfazer a curiosidade  é maior quando feito com trabalho de pesquisa. Foi o que fiz! 

 

          Hélder Fernando Vilamarim de Alvar, nasceu em Vilar de Perdizes, Montalegre, em 28-1-1955. Fez o liceu e o Magistério Primário em Chaves. Antes de emigrar leccionou em Sandim,Telhado, Fiães, Meixedo e Carriço (Montalegre). Radicou-se em França, como professor de Língua e Cultura Portuguesa no estrangeiro, onde também estudou na universidade de PAU e na universidade  de Paris VIII. Licenciado em Relações Internacionais, o Prof. Doutor Hélder Alvar fez DEUG  em Sociologia na universidade de Strasburgo e em Portugal tem trabalhado em diversos projectos culturais com figuras como: Pe. Mourinho, Pe. Fontes, Helder Pacheco, Jorge Alarcão e outros que na peugada do labor  incetado por um Leite de Vasconcelos e um Abade do Baçal no campo da cultura são exemplo.

          Na posse do esboço que na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa teceu à volta do Sr. Padre Fontes, entendi valer a pena divulga-lo, pois assim mais fácil se torna formar opinião à volta destes dois montalegrenses que se respeitam por um mesmo ideal : o amor à terra e à cultura popular barrosã. Eis a forma de sentir e dizer de um barrosão à volta de uma petição a dirigir ao Sr PR para condecorar o conhecido sacerdote de Vilar de Perdizes:

Um homem assim merece ficar na história

          " E aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando, cantando espalharei por toda a parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte"

Luis de Camões in "Os Lusíadas" canto I, II estrófe, versos V a VIII - Proposição. 

          " Ninguém é igual a ninguém. Na minha vida de cidadão e de padre , sempre procurei aprender a ser igual a mim mesmo, abrindo-me à luz venha ela donde vier, de dentro e de fora da Igreja" - ct: Padre Fontes in " Auto retrato".

          O meu melhor amigo de sempre depois do meu pai e dos meus filhos que ele baptizou, é o Padre Fontes. Na década de setenta a oitenta, tive o privilégio de com ele seguir no barco para muitas tarefas de preservação da cultura das nossas terras e das nossas gentes. Labutamos em comum por aberturas de escolas e telescolas, a fim de travar o castelhano que invadia Portugal por televisão. Criámos juntos  o posto da telescola de Vilar de Perdizes, subindo a telhados e montando antenas altíssimas para captar Portugal. Comemos caldo de pedra algumas vezes lado a lado, após dias inteiros da azáfama à procura dos vestígios megalíticos dos nossos primeiros habitantes e da cultura castreja, exploramos castros Bíbalos-povos que, com outros Tameganos, construiram a ponte romana de Chaves, descobrimos aras e vias romanas, fizemos estágios e formações em conjunto e criámos  com Carvalho de Moura, ex-presidente da Câmara, o primeiro Museu de Montalegre no Milenário de S.Rosendo. 

          Graças à sua incomparável força de combate, à sua perseverança, prosperou a ideia de colmatar a falta de médicos e criou ele e os seus mais directos colaboradores, usando a imprensa local e nacional do Algarve ao Minho, o Congresso das Medicinas Alternativas em nome daqueles que nunca têm a palavra. Deu visibilidade a Vilar de Perdizes, ao planalto do Barroso, a Trás-os-Montes em geral e a Portugal no Estrangeiro. Iniciativa essa, que visava abrir diálogo social entre populações carecidas, tirar os poderes públicos do marasmo e abrir os espíritos à interculturalidade.

          Sem o incentivo dessa personagem hoje tão mediática quão carismática, eu não teria provavelmente realizado os "sonhos" que realizei com ele e na diáspora que vivi. Aqui lhe fica a minha homenagem tomando a iniciativa neste movimento como forma de gratidão.

          Como eu, inumeros estudiosos estrangeiros por esse Mundo fora, muitos portugueses por este país, não menos amigos desta região, académicos de  todas as latitudes, não teriam enriquecido as suas teses, concluído os seus trabalhos de pesquisa, validado as suas hipóteses, elaborado os seus relatórios, as suas dissertações, criado os seus conteúdos, publicado as suas obras.

          Quantos jornalistas não se formaram, elaborando as suas crónicas ou relatando o quotidiano do Padre Fontes? Qual Universidade Europeia não tem nas bibliografias das suas bibliotecas citações, alusões ou paráfrases do nosso etnógrafo? Quantos não o citam como Alain Tranoy, Gilles Cervera, Gérard Fourel, Michel Giacometti, Anne Cauffrez, Mouette Barboff, Viegas Guerreiro, António Colmonero, Rui Mota, Geneviève, Coudé-Coussin, Julio Meirinhos, António Martinho, René Barbier, Ana Paula Guimarães, Baquero Moreno, Alexandre Parafita, Xerardo Dasiras Valsa, Viale Moutinho, Barroso da Fonte, Hélder Alvar, Gomes Sanchez, Bairão Oleiro, Irisalva Moita, Pais de Brito, Belarmino Afonso, António Moutinho, Reine Accoce e tantos outros para não enumerar os que por cá vão andarilhando? Que o diga a poetisa Natália Correia lá no alto do Olimpo, a quantos os seus cuidados paliativos foram atenuantes  na sua agonia final antes de patir para a longa viagem.    

          O Padre Fontes é um humanista! Um homem sóbrio, frugal! Um homem sábio. O expoente máximo do altruismo como ser humano. O santo vivo da região que defende. O etnógrafo que retrata com nitidez a imagem telúrica do seu concidadão quanto uma máquina fotográfica põe em exergue, as rugas que modelam a sua face - igual às rochas erodadas do clima da sua terra, que assim escavou os sulcos do seu  rosto. A cópia das escarpas serranas que um dia Kenyak, pintor japonês, retratou nas suas telas. 

          Os mais de mil testemunhos que me corroboram são a elequência da grandeza deste personagem único, a quem o cinema veio procurar desde as longas metragens de Philppe Constantinni a documentários etnográficos em que Manuel Oliveira se inspirou no "auto da Primavera" e para em "5 dias, cinco noites" consagrar a multifacetada existência ao serviço dos seus e das suas causas. Citando o Doutor João Sanches, o Padre Fontes, "escolheu dedicar a sua vida aos outros, elaborando assim , o seu próprio estilo de vida".

          O Padre Fontes merece reconhecimento. Um homem assim precisa de ficar na história, servir de paradigma  às gerações que neste país e na sua terra, rebuscam os caminhos da realização. O Padre  Fontes pela sua vida e sua obra, merece ser agradecido . Merece como os maiores, ser agradecido e condecorado. Creio que o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades em 10 de Junho, seria o palco ideal para que o Sr. Presidente da Republica lhe consagre essa atenção. Já merece.

          Oxalá, pois, o meu desejo e o de quantos me acompanham nesta empresa que testemunharam em abono da verdade, se façam entender e atender por quem de direito.

Prof. Doutor Hélder Alvar>  

           Eugénio Mendes Pinto é natural do lugar de Formariz,  freguesia de  Bitarães, concelho de Paredes, onde nasceu a 14 de Julho de 1970. É jornalista  pela  Escola Superior de Jornalismo do Porto, onde se licenciou em 1994, escolhendo para tese Olhar Sobre o Tratamento da Imprensa nos Congressos de Medicina Popular. Em 2001 publicou a biografia do Padre Fontes, agora em 2ª edição.  

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