antes quebrar que torcer
Aqui o Presidente da Assembleia Geral da Casa, Prof. Guilhermino Pires, ladeado pelo Dr. Bento da Cruz, Padre Fontes e Dr. Barroso da Fonte a ler um saudação enviada do Município de Montalegre e dirigida aos três ilustres montalegrenses.
Com um almoço no restaurante Quinta Antiga, no Cacém, previsto para cerca de 200 pessoas, encerra hoje com chave de ouro o evento que reuniu em Lisboa três dos principais pilares da cultura barrosã e do país: Barroso da Fonte, Bento da Cruz e Padre Fontes.
Como já foi largamente divulgado esta iniciativa que teve no dinâmico transmontano Dr. António Chaves o principal promotor, e como base de partida o facto dessas três figuras da cultura barrosã fazerem anos no mesmo mês. Daí a boa razão para os convidar a descerem até à Capital com toda a sua bagagem de saber vivido e recolhido no seio do Portugal profundo, e assim na medida do possível fazerem algum estrondo nos ouvidos surdos da ignorância urbana... Era o que se esperava e foi o que aconteceu e mereceu a pronta colaboração do proprietário da Âncora Editora, Dr Baptista Lopes que providenciou no sentido de que o lançamento das mais recentes obras destes três escritores ocorresse na FNAC (no Centro Comercial Colombo) na passada quinta-feira, entre as 18 e as 21h00. O Barroso da Fonte, com "D.Afonso Henriques - um Rei polémico"; O Padre Fontes, com uma biografia sua e desse titulo, feita por Eugénio Mendes Pinto, e o Dr. Bento da Cruz, com a FÁRRIA. Publicações da Âncora Editora
Dr Artur do Couto, um barrosão da diáspora
Também a Casa de Trás-os- Montes e Alto Douro, de Lisboa como embaixadora que é da nossa Provincia, junto dos transmontanos da diáspora, se associou ao acontecimento, quer fazendo a previa divulgação do evento, quer ontem na promoção de um convívio mais "familiar" na sede da centenária Associação, ao Campo Pequeno, Nº50, o qual constou de dizer e ouvir dizer da boca de transmontanos verdades que fazem a diferença, e dum jantar bem comido e bebido para retemperar as forças. Verdades como também na TVI muitos portugueses nessa tarde poderam ver e ouvir da boca do Padre Fontes, nas Tardes da Júlia.
Para além das três figuras barrosãs que esta semana foram estrelas na cena literária alfacinha, quero destacar aqui um outro barrosão que aqui mostro de rascunho em punho a fazer o merecido elogio à acção que a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro ao longo da sua história tem desenvolvido em prol das terras e gentes daquele Reino Maravilhoso que Torga nos descreve. Este Dr. Artur Monteiro do Couto não é apenas defensor acerrimo da sua aldeia natal, mas o embaixador de Boticas e da região de Barroso onde quer que se encontre. E arrasta consigo os outros! Eu transmontano de Basto, foi graças a ele que partilhei deste convívio. Bem haja.
O Dr Armando é outro transmontano da diáspora muito afecto a Lamas de Olo, terra vizinha do meu Vilar de Ferreiros.
Também aqui o Dr. Armando no uso da palavra para fazer um breve mas muito bem urdido esboço à volta do acontecimento e dos personagens em destaque. Não há nada que substitua a palavra!
Paralelo a Edundo Pedro, de costas para a plateia, o presidente da Direcção da Casa, Sr. Professor Jorge Valadares, assiste de pé e braços estendidos à entrega das lembranças.
A cerimónia acabou com a oferta pela da Associação de uma lembrança a cada um dos três escritores homenegeados e no decorrer da qual, recorde-se, um outro orador, Hélder Alvar, informou os presentes de que está em marcha uma petição no sentido de pedir ao Sr. Presidente da Republica uma condecoração para o proximo 10 de Junho que distinga o Sr. Padre Fontes pelo seu relevante labor em prol da cultura popular portuguesa. O transmontano tem uma alma do tamanho de Portugal, mas quando a franqueia em verso ou prosa deixa de ter fronteiras é universal. No decorrer deste evento reconfirmei isso mesmo. Viva Trás-os-Montres e as suas sub-regiões! Desta vez foi Barroso que esteve em cena, noutro dia será outra região transmontana a falar dos seus maiores, o importante é que se fale daqueles transmontanos empenhados em honrar pelo trabalho, saber e cultura as suas origens e as tradições de um povo de antes quebrar que torcer.
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