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Portugal, minha terra.

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28.09.09

regresso ao Bongo

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

           Depois de uma semana afastado do planalto central angolano (de 26 de Março a 1 de Abril), regressar a Huambo para na Rua dos Ministros encontrar  uma  casa com o indispensável conforto que a maioria do angolano não tem, era desejo que já vinha no meu pensamento, na viagem.

          Assim, mal o jipe chegou à porta do escritório da AAA, foi  só ajudar a tirar a trouxa que era para deixar ali, e sem perder tempo subir ao 1º andar para tomar um regalado banho de chuveiro, também para a maioria dos angolanos coisa rara  de ver e sentir...

           Com o corpo limpo e refrescado pelo banho, agora há que procurar satisfazer o estômago que com os solavancos da viagem desfez tudo quanto no Caimbambo ao pequeno-almoço havia ingerido. Cumprida essa obrigação física o regresso ao Bongo estava nas prioridades, pois os deveres profissionais da minha anfitriã em terras de Angola assim obrigavam. A meio duma tarde chuvosa e depois de cerca de uma hora de viagem estava o jipe que nos transportava a passar por esta ponte que o programa da AAA mandou restaurar e assim beneficiar o acesso ao Bongo e terras circunvizinhas.  

          Como sabemos o Bongo que hoje mais parece uma aldeia fantasma foi ainda não há muitos anos das terras mais famosas e prósperas de Angola, ali funcionou um dos melhores hospitais de terras africanas sob tutela da igreja Adventista do Sétimo Dia, sinal também de que a liberdade de opção e o sentimento ecuménico que se vivia antes da independência existiam.

           O que dantes era um espaço urbano e limpo está transformado em matagal para o pouco gado pastar e as carraceiras a par encher o papo. Valeu entretanto surgir o projecto da Acção Agrária Alemã no combate à doença Newcastle, pois ao aproveitar o espaço da Missão para  instalar os seus escritórios e aposentos  dos seus funcionários  veio dar vida à aldeia e alguma esperança de dias melhores aos nativos da zona.

           Neste pavilhão restaurado mora a directora-técnica do citado projecto, e durante cerca de um mês ali hospedou os seus progenitores. Aqui onde falta quase tudo que a ciência e a civilização do século XXI disponibilizam, a roupa continua a ser lavada à antiga portuguesa: à mão, e no resguardo da varanda pendurada! Com receio de também ser pendurado, o gato da casa retira-se e vai à caça...

           Como disse no post anterior estava ansioso por ver a sementeira que no dia 24 de Março o Noé mais a minha cara-metade fizeram nas traseiras da casa, por isso logo no dia seguinte ao meu regresso ( 2 de Abril) apressei-me a ver e fotografar a horta. E pensei para comigo: como é possível que haja fome em Angola, se as sementes lançadas à terra passado uma semana estão como a foto mostra?!

          É tempo da tecnologia voltar a estar ao serviço desta aldeia angolana,  de trocar a zorra pelo tractor, de convencer os africanos que a mulher nasceu para ser mãe e governar a casa, pois doutro modo a miséria continua.  

           Também na eira os homens não aparecem, e lá tem de ser as mulheres a pisoar o grão  e a peneirar a farinha.

          São imagens do Bongo, duma aldeia cuja noite e o luar desta  Primavera de 2009 me fez roubar à cama algumas horas do meu  sono. Mas bem perdidas, como disso o presente vídeo deixa perceber:

 

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