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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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20.02.07

À volta de Sá de Miranda

aquimetem, Falar disto e daquilo

      Tenho uma certa admiração por Francisco H. Raposo, o autor dum trabalho monográfico que,  patrocinado  pela  Mobil, publicou na década de 80 à volta dos caminhos (estradas) de Portugal. Trata-se dum trabalho muito bem concebido que pelas imagens e suave descrição histórica do seu todo nos leva a conhecer melhor as nossas terras e gentes. 

        É pena que nestes trabalhos nem sempre o rigor histórico se faça notar, por  forma a merecerem a credibilidade e a confiança daqueles estudiosos que  procuram  a verdade contida nos factos em relato. Como  verifiquei  agora ao consultar mais uma vez  a brochura correspondente à província do MINHO, de Dezembro de 1986, que da vila de Amares diz textualmente:  "Já em Amares (sem nada que se lhe assinale de mérito) podemos ir espreitar (2km) a famosa medieva Ponte do Porto sobre um lindo trecho do Cávado e que assinala o termo do concelho. (........) Pela mesma estrada  um pouco mais à frente está o desvio ( à direita) para Caldelas. Mas  continuemos  em frente para ir espreitar na igreja de Carrazedo o modesto túmulo de Sá de Miranda que ali nasceu".

          Ora aqui temos nós uma chamada de atenção a fazer: Francisco Sá de Miranda de facto viveu na Quinta da Tapada e ali faleceu em 1558, mas segundo os seus biógrafos  nasceu em  Coimbra cerca de 1490. Portanto Sá de Miranda não é conterrâneo de Gualdim Pais, o famoso mestre da Ordem dos Templários, mas apenas um filho adoptivo de Amares, uma terra onde sempre gostei de parar quando  em tempos  ia a Rendufe de visita ao meu saudoso amigo Padre Mário César Marques. 

10.02.07

Mosteiro de Pombeiro

aquimetem, Falar disto e daquilo

           Visitei este tão famoso como desprezado imóvel, que se não é devia ser monumento nacional, já lá vão mais de 30 anos. O que lá me atraiu então foi  o encontrá-lo muitas vezes citado em documentos antigos relacionados com a região de Basto. Mas sofri uma desilusão quando por um estreito estradão, ladeado por vinha de enforcado, cheguei a um despovoado recinto, onde se situa o convento, e dou com um imóvel daquela envergadura em miserável decadência. As amplas instalações que foram dormitórios e salas de estudo, estavam a servir de palheiro e arrecadação de utensílios agrícolas. Apenas a parte que constitui a igreja, ainda que de cara muito suja, me pareceu não estar profanada. Não a vi por dentro porque nessa ocasião a porta estava fechada.

          Já lá voltei mais tarde! Mas isso não importa aqui. O que talvez importe  para quem desconhece é indicar a melhor forma de chegar ao local, e visitar um monumento que apesar de tudo merece a pena conhecer.  Eu indico-lhe : se está em Guimarães tome a E.N.101 em direcção a Amarante, e seguindo com atenção, antes  uns 8 km de  chegar a Felgueiras, encontra à sua direita, uma placa a indicar  Mosteiro de Pombeiro. Dele nos relata com apurado saber, o historiador F. Hipólito Raposo, assim:

          <A sua fundação, da Ordem de São Bento, é anterior à nacionalidade; por mercê de D. Fernando, pertenceu o padroado do convento aos poderosos Sousas do Prado e mais tarde ao Barão de Riba Vizela. Embora tenha sofrido grandes modificações  no século XVIII que lhe deram a traça predominante, tem ainda da remota origem a bela rosácea e o portal (de cinco arquivoltas e dez capitéis em fino trabalho de cantaria esculpida) acachapado pela pesada abóbara barroca. Absidíola com arcadas superiores de tipo lombardo. O inferior de 3 naves tem logo à entrada um curioso sarcófago do século XIII, a estátua  jacente de um cavaleiro de lança  empunhada, o conde D. Gomes de Pombeiro. 

           Na capela-mor sobressai grande imagem da Viirgem com o Menino, do século XV e dois curiosos cadeirais. O Esplendor de talha dourada e toda aquela riqueza decorativa do interior chegaram a um esttado de abandono que confrange, sobretudo no coro alto onde a talha figurada, o cadeiral, e sumptuosos órgãos estão em misarável ruína. Todas as cabeças do remate dos cadeirais foram decepadas. O Claustro (de que só existe parte) outrora decorado com azulejos azuis e brancos de molduras policromadas já só apresentam escassos vestígios desse revestimento.

         Uma pequena equipa dos Monumentos  Nacionais ali está agora (1986), corajosamente, a tentar resgatar o que com muito menos dispêndio se poderia ter salvo. É tarefa grande de mais  para tão escasso grupo, mas a boa vontade do mestre restaurador é a única coisa que nos anima um pouco antes de relutantemente, abandonarmos tão bela peça do nosso delapidado património>  - Mais palavras para quê?! Grandes governantes, os nossos!!!

06.02.07

Até dá para desconfiar...

aquimetem, Falar disto e daquilo

          Já tinha decidido não voltar a focar o tema do aborto, mas ao  ver há momentos, na TV, o n/ primeiro Sócrates em campanha, ao lado de M. Alegre,  tão entusiasmado a defender o "sim" que ficaria de mal com a minha consciência se me rendia perante o desplante dum figurão que servindo-se da sua condição de 1º ministro dum País que foi o primeiro a abolir a pena de morte aparece agora a implantá-la, mediante a defesa e apoio à  liberalização do aborto. Causa-me dó, nojo e vergonha, pois todos sabemos que " ninguém tem o direito de decidir se um ser humano vive ou não mesmo que seja a mãe que o acolheu no seu ventre. Desde que aceitou gerar a mulher tem obrigação de proteger e defender a vida de outro ser". 

           Mas o que mais me chocou foi n/1º vir dizer que se o " Não" ganhar a  Lei vai ficar como está, pois não aceita rectificá-la. Ó senhor Eng. Sócrates, então onde está essa preocupação em proteger as mulheres que abortam de serem  presas ? Elas já se devem ter apercebido e por isso é que nas campanhas de rua se vêem mais homens  que mulheres a dar a cara. Até dá para desconfiar.....

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