Esta manhã passei pela Baixa, e da Praça D. João da Câmara, vi a ser transportadado, na Rua 1º de Dezembro, um automóvel antigo que me pareceu  conhecer. Juntei-me aos curiosos, e para confirmar perguntei ao condutor. Não me tinha enganado, era aquele  mesmo, que pelos vistos se vinha juntar aos demais que são propriedade da Presidência da Republica e que vão estar durante alguns dias expostos para visita na Estação do Rossio. Que ainda sem combóios a circular, devido ao retardamento das obras de reparação do túnel, entretanto já desde o dia 23 do corrente que começaram a retirar os tapumes que por causa dos trabalhos de restauro e limpeza lhe encobriram a beleza arquitectónica. Ficou bonita e, para festejar, nada como  receber no  res-do-chão essa exposição de antigas viaturas presidênciais que ainda vi em serviço, e... mais do  que ver, andei em algumas  delas. 

A escola de Campos/Cainha ao que parece encerrou mesmo. Pelo menos a sua página na  Internet  não dá noticias do novo ano lectivo. E para iludir a "malta"  votante  prometeu-se transporte, alimentação e até,  também  graciosamente, aos iniciados nas primeiras letras, o ensino de inglês. Ora todos os políticos do concelho sabem muito bem que mais hoje, mais amanhã, todos os pais destas criaças hão-de pagar a factura com juros de demora.   As autarquias muitas vezes nem dinheiro têm para pagar as contas aos fornecedores de lapiseiras... Aí tempo aquele, em que os rapazes e raparigas de Campos e Cainha descalços, de socos ou socas, arrancavam manhã cedo para Vilar ! E ali se mantinham durante todo o dia,  alimentados, ao recreio, com a pobre  merenda que levavam na saca ou no bolso das calças.   E não é que dali, pouca, mas alguma desse gente, mais tarde tirou o seu curso superior ou secundário, com a mesma facilidade e bem mais formação cultural que muitos dos actuais licenciados que por  aí abundam agora, sem emprego?!!! E porque razão os alunos da escola de Campos, em vez de irem agora para Pedravedra(Mondim),  não foram antes para EB 1 de Vilar  de Ferreiros,  freguesia a que pertencem?  Por onde andas tu, Vilar de Ferreiros.

          Em post recente que publiquei no blog aocorrerdapena , dizia eu que se não fosse antes, pelo menos no dia da  procissão de Nossa Senhora da Luz (último domingo de Setembro) lá estaria  no jardim frontal  ao respectivo Santuário para apreciar o tradicional certame  que em Carnide anualmente se realiza  durante o mês de Setembro. Não faltei ao compromisso que assumi.  Após  terminada a procissão, com trajecto pela  Rua da Fonte, Rua Neves Costa, Centro Paroquial, Estrada da Correia, Largo do Malvar , Largo do Jogo da Bola e  Rua Maria Brown , para de volta à Rua da Fonte regressar à igreja ou santuário de NS da Luz,  agora havia  que ser feirante. Mas antes disso e mesmo antes de visitar a "Fonte do Machado" e com menos confusão o templo, aproveitei um convite da minha mulher e do casal Borges Lopes, para ir comer uma fartura e beber uma mine, pois nem só de pão vive o homem!, ao café do Sr. António, no Largo do Coreto (Carnide velho). Com a boca doce e a garganta refrescada lá fui então de novo em direcção ao Largo da Luz, arrastando comigo, em tarde chuvosa, a  Saudade, minha cara-metade, e o generoso casal Zé Francisco e Fátima. Seus filhos, Hugo e Cristina, depois do lanche no papo, adeus feira da Luz ! Para molha já chegou durante a procissão.

          Já com a igreja mais descongestionada pode-se fazer melhor um pouco de recolhimento e depois pela porta da sacristia descer à fonte do Machado, onde segundo a tradição um tal Pedro Martins, graças a uma luz cintilante que pairou naquele local, encontrou então uma  imagem que em sonhos a Virgem Maria lhe tinha ordenado procurar ali. Com a divulgação do misterioso evento, o povo começou a acorrer ao lugar e a invocar a Nossa Senhora da Luz, tendo  com a permissão do Bispo, esse Pedro Martins iniciado por sua conta e risco a construção da Ermida que mais tarde, D. João III doou aos freires de Cristo, os quais  passado um século construíram no local  o seu convento e a igreja, por  volta  de 1596 . Junta-se a toda esta grandiosa obra que deu fama a Carnide, a mão piedosa da Infanta D. Maria, filha do rei D. Manuel que além do mais patrocinou também a construção do hospital de Nossa Senhora dos Prazeres, onde se encontra instalado, desde 3 de Março de 1803, o Colégio Militar. Embora tudo parcialmente destruído pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755, ainda hoje a  imponente  fachada deste com a igreja da Luz constituem um conjunto que prima pela sua originalidade arquitectónica.

          Depois deste arrazoado todo por certo que já ninguém põe em dúvida que de facto fui mesmo à Feira da Luz, pois é sabido que quem no ultimo domingo de Setembro vai ao Santuário que  deu o nome ao certame, logo além de peregrino  tem que ser também feirante, e NS da Luz  até fica radiante.

 

          Quer se queira quer não, como político e jornalista  Paulo Portas é mesmo uma sumidade. E leva a palma aos melhores que por aí andam armados em salvadores da Pátria ou a ganhar o deles à custa da caneta e dizendo baboseiras. Foi um regalo para quem ouviu,  vê-lo falar à cerca do mau entendimento que no mundo muçulmano provocou a referência feita recentemente por Bento XVI a uma frase histórica que um imperador bizantino a seu tempo dirigiu a Moamé  Quem é que de boa fé põe em dúvida o são desejo de Bento XVI em ver criado um clima de paz, amor e justiça entre todos os povos e religiões do mundo inteiro? Só os fanáticos e os ignorantes.

           Assim é que é ser Jornalista e Comentador! Antes de se dar uma noticia, procura-se saber a verdade, e depois... o rigor. Como também para comentar qualquer tema digno de noticia televisiva, radiofónica ou escrita, não basta ter um canudo académico é necessário estudar o assunto de que se vai tratar e só então quando bem documentados se deve dissertar com ciência e clareza. Essa virtude tem-na  Paulo Portas, para vergonha de frei Domingos...e outros cristãos semelhantes

           Informado pelo  Marão Online, soube atempadamente da exposição fotográfica que até ao dia 30 do corrente está patente no Teatro de Vila Real, em homenagem aos barbeiros transmontanos. Pena tenho de não poder visitá-la, pois como dei a entender, em  post de 2 de Junho pp, no blog aocorrerdapena, não só fiz parte dessa nobre profissão durante muitos anos,  como foi  na terra-berço de Diogo Cão que a iniciei, tendo por mestre o saudoso pai do Sebastião Ferreira, que muito folguei ao vê-lo agora ser entrevistado e dar  o seu  testemunho de simpatia e carinho por uma arte com tradição, em risco de se perder. A "maricagem" deu cabo do pelo na venta

     Estou de volta, mas só começo a blogar a sério quando o efeito das férias passar...lá para o fim desta semana. Entretanto  fica o meu abraço e a promessa dum breve regresso à lide... P'rà frente é qué Lisboa.