Um outro Vilar de Ferreiros
Há uns 3 ou 4 anos, chegou um dia ao pé de mim, o jovem Hugo Lopes, com uma das suas pesquisas na Internet da escola, para da descoberta me fazer oferta: era uma fotocópia alusiva ao Castro de Vilar de Ferreiros, que ele tal como eu, por semelhança etimológica, cuidávamos ser aquele Vilar de Ferreiros onde eu e os pais dele nascemos. Mas, não. Tratava-se sim, dum topónimo similar, que fica situado na freguesia de San Xoán de Visantonha, concelho de Santiso, comarca de Terra de Melide ( Corunha - Galiza- Espanha). Para mim a descoberta foi importantíssima e se na minha freguesia vivesse, por certo que tudo faria para que estas duas freguesias São João de Visantonha ( Santiso - Corunha - Espanha) e São Pedro de Vilar de Ferreiros (Mondim de Basto-Vila Real - Portugal) estreitassem relações culturais e de amizade por forma a se estudarem e conhecer as suas origens históricas .
O concelho de Santiso é delimitado, a norte, pelo município de Melide; a leste, por Palas de Rei; a sul, pelos de Agolada e Vila de Cruzes, e a oeste, por Arzúa. Faz parte da comarca de Terra de Melide, juntamente com os concelhos de Melide, Sobrado e Toques. É um concelho rural de interior da Galiza com uma economia nitidamente agricola, a sua via principal de ligação rodoviária é a estrada C-540, de Melide a Betanzos.
Terra famosa pela sua beleza natural, também na arquitectura os palácios ou paços, como o Pazo de Vilar de Ferreiros, ao serviço do turismo rural, constituem foctor de peso nos actrativos que a região por onde correm os rios Seco, Furelos e Besanha tem para ofertar ao visitante. A lenda contada à volta do castro de Vilar de Ferreiros, reza assim:
< Contam que a riqueza dos da casa de Rosas de Albin vieram ao de cima à conta dos mouros que viviam no castro. Nesta casa havia um arrieiro que vendia vinho e outras coisas, e os mouros davam-lhe muito crédito. Como levava as coisas pelo segredo da noite, a mulher perguntava sempre para onde é que ele ia com o vinho, ao que ele respondia dizendo hoje um sítio e amanhã outro. Isto levou a mulher a desconfiar e puxa que puxa, uma noite acabou por obter do homem o segredo de que o vinho era para os mouros do castro. Quando no dia seguinte o arrieiro foi para levar o vinho e outras coisas ao castro, já não pode entrar, porque falara mais do que devia...> - ou a mulher por ele...
Fonte: arquivos da C.R.T.V.G.