Andar em forma
Tenho pela região do Oeste uma especial simpatia, simpatia que vem do facto de nos inícios da década de 60 ali ter participado em dois acontecimentos que pela positiva me marcaram os primeiros anos de imigrante em Lisboa: um foi na Marteleira (Lourinhã), onde fui como convidado assistir à boda de um distinto celoricense que já há muitos anos perdi o seu contacto - : António Teixeira Marinho. Outro, mais ou menos pela mesma altura, deu-se no Bombarral, aonde a convite do meu conceituado conterrâneo, e distinto filho adoptivo da "capital da Pêra Rocha", o José Luciano Gonçalves Bastos, tomei parte no 2º Encontro da Imprensa Não-Diária. Aqui um outro amigo que embora não tenha perdido o seu contacto, a verdade no entanto é que também já lá vão muitos anos que não nos vemos. Já tenho saudades.
Mas vamos a saber: no ultimo fim de semana, de 27 a 30 de Maio, demorei-me por essa encantadora sub-região do Oeste, aproveitando para matar saudades de sítios e lugares; e entre alguns deles calhou a praia da Areia Branca, muito arranjadinha e pronta para receber os seus cada vez mais frequentadores. Admirei.
Como a praia em si, também o centro urbano da Areia Branca é um exemplo de como se devem manter zelados os espaços de repouso e lazer num país internacionalmente famoso pelas suas estâncias balneares. Aqui um louvor muito sincero ao Município da Lourinhã que tem sabido apostar no asseio, qualidade e tratamento dos seus principais pontos de atracção.
Continuando na Lourinhã, agora é este postal com a foto do homem que em Portugal foi o promotor e impulsionador da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Rural (A.P.D.R.) quem me faz recuar uns anos a trás e recordar as diversas visitas que a seu tempo fiz à Casa-Escola Agrícola da Lourinhã, também aqui em evidência retratada no rectangulo. Recordações do passado, por terras de dinossauros...
Mas o meu destino, nesse fim de semana, era o Bombarral, aquela simpática vila portuguesa do distrito de Leiria que se situa numa planície de aluvião muito fértil, orlada de outeiros pouco elevados, na margem do rio Real e a uma altitude de 50 metros. Sede de um município com 90,44 km2 de área e 13 856 habitantes (senso de 2006), subdividido por 5 freguesias, o Bombarral é limitado a norte pelo município de Óbidos, a nordeste pelas Caldas da Rainha, a sueste pelo Cadaval e a sudoeste pela Lourinhã. Lá me dirigi, ao centro da urbe bombarralense, na tarde do dia 27, supondo poder encontrar casualmente algum dos confrades com quem durante muitos anos partilhei colaboração no Noticias de Bombarral, jornal que o meu distinto conterrâneo e cabeceirense ilustre, José Luciano, fundou e dirige. Em vão, os bombarralenses para combater a crise começam por se ficarem por casa e deixarem às moscas o comercio local, assim me pareceu quando num café do centro da vila, que até está em trespasse, notei a falta de clientela. E melhor não vi no Palácio Gorjão, pese a "feira do livro" estar ali a decorrer. Deixei ao balcão...cumprimentos ao Zé Luciano, e penso que me não esqueci do Delmar Domingos de Carvalho cujo filho Ten. Carvalho foi meu chefe na ESSM, óptima pessoa.
Zacarias Berenguel Vivas
23-1-1903 - 3-2- 2000
Depois da merendinha da ordem no café, da visita à mata onde se dão os eventos importantes da terra, como a feira da pêra rocha e a do vinho leve, foi a vez de "verter águas" nos respectivos sanitários públicos que nesta ocasião não condizem com as obras à sua volta e dos Paços do Concelho. Fica o reparo. Mas fora estes desacertos a visita foi agradável e enriquecedora, bastando só este retrato do meu saudoso amigo Sr.Vivas que da Quinta de Santo António, na Sobrena - Cadaval, foi senhor, para fazer esquecer algo que por ventura não tivesse corrido pelo melhor.
Como já o ano passado relatei, em post de 4 de Junho, no blog "Ao sabor do tempo" também agora vim uma vez mais até Vale Covo para descansar e carregar as baterias na Casa-Escola Agrícola das Palmeiras, se quero andar em forma...
Oratório da Casa-Escola Agrícola das Palmeiras ( Vale Covo - Bombarral)