Não tarda pela demora
Vivi cerca de 20 anos no Lumiar, vizinho da Alameda das Linhas de Torres e da Quinta das Conchas, uma das mais belas propriedades rurais que vem de meados do séc. XVI e se deve ao mareante Afonso de Torres. Muito mal cuidada na altura em que a conheci, embora já sob tutela da CML, pois a vigilância na mata estava confiada aos guardas florestais da autarquia, não convidava os moradores do bairro a que procurassem o espaço para visita ou lazer, mesmo assim, ainda cheguei a apontar um convívio de conterrâneos meus para aquele local, nos finais da década de 60. Hoje este espaço, de 24 ha, está sob administração municipal e é uma referencia como área de lazer e de interesse ecológico
Dividido em duas partes, uma é um belo e amplo espaço ajardinado com recinto polidesportivo, café e restaurante; a outra é uma mata cerrada de elevado valor paisagístico.
Situada na denominada zona do Alto Lumiar, esta área ao ser criada a paróquia de Nossa Senhora do Carmo, por D. António Ribeiro, em 16 de Julho de 1993, ficou assim delimitada: a Sul, pelo Viaduto do Campo Grande e 2ª circular; a Poente, pela Avenida Padre Cruz; a Nascente, pela Cerca exterior do Aeroporto de Lisboa; a Norte, uma linha que partindo da Avenida Padre Cruz passa pela Rua Mário Sampaio Ribeiro, Rua Luís Freitas Branco - lado Sul, seguindo pelo muro da Quinta das Conchas, até à Avenida Álvaro Cunhal-lado Sul.
Fui hoje descobrir este tesouro da cidade que não imaginava fosse encontrar a dois passos do sítio onde tantos anos vivi, depois de sair de Belém/Ajuda. Um muito obrigado a quem me despertou para esta visita, e um bom almoço no Restaurante " A Concha" que serve excelentemente.
Com pena fiquei de não poder visitar a outra parte superior da Quinta que além da flora também já ali foi identificada a presença de grande numero de aves de arribação e que portanto representa um motivo de interesse ecológico para a cidade e de atractivo naquela simpática zona de Lisboa. Não tarda pela demora