À frente de todas
D. Álvaro foi recentemente declarado venerável .
Há dias na nossa vida que marcam, e a ultima quarta-feira, dia 11, foi um deles para mim! Da parte de manhã, como é meu habito, entrei na igreja de São Domingos, e pelo ambiente notei que se estava a fazer os preparativos para dar inicio a um espectáculo musical. Não me enganei, era Knabenchor Hosel, um grupo coral alemão, que depois de na véspera ter actuado na Sé, veio repetir o êxito nesta igreja da baixa alfacinha.
Da parte de tarde outro momento excelente que o dia me ofereceu foi tomar parte numa tertúlia com o Prelado do Opus Dei, que inesperadamente se deslocou a Portugal com o propósito de agradecer a Nossa Senhora de Fátima o recente reconhecimento das virtudes heróicas de D. Álvaro del Portillo por parte da Santa Sé. Já na sua carta mensal deste mês, o prelado, D.Javier Echevarria, comentava com os seus filhos e filhas no Opus Dei: “Todos nos enchemos de alegria e gratidão ao Senhor pelo reconhecimento das virtudes heroicas do queridíssimo D. Álvaro, tornado público pela Santa Sé no passado dia 28. A nossa alegria é grande, porque a Igreja, com este ato, reafirma novamente que o espírito do Opus Dei – que o primeiro sucessor do nosso Padre viveu com delicada fidelidade – é plenamente fiel ao Evangelho e, portanto, um caminho para converter todos os momentos e circunstâncias da vida em ocasião de amar a Deus e de servir o Reino de Jesus Cristo, como rezamos na oração para a devoção ao Venerável Servo de Deus”. E prosseguia, aconselhando: "Convido-vos uma vez mais a repetir: Grátias tibi, Deus, grátias tibi! Demos graças à Santíssima Trindade por este dom, o espírito do Opus Dei – antigo como o Evangelho e, como o Evangelho, novo – do qual participam muitas outras pessoas que, sem terem vocação para a Obra, fazem parte, de certo modo, da nossa família sobrenatural: muitos dos nossos familiares e amigos e tantos outros que procuram aplicar, na vida corrente, o espírito que o nosso Padre recebeu de Deus".
O pavilhão desportivo do Colégio Planalto, em Lisboa, foi pequeno para receber os muitos fieis e amigos da Obra que por inspiração divina São Josemaria Escrivá fundou em 2 de Outubro de 1928. A receber o Prelado e seus custódios, além do Vigário Regional do Opus Dei em Portugal, Mons. José Rafael Espírito Santo, também o director do colégio, Dr.António Sarmento, lhe fizeram companhia na tribuna.
As 500 cadeiras inicialmente previstas para a familiar tertúlia foram em poucos minutos ocupadas e não demorou a ser necessário recorrer a muitas mais. Quando às 19.00h, o Padre entrou no pavilhão não havia espaço vazio na sala e saber quantos os participantes pelo número de cadeiras não se chega lá. Muita gente que de perto e longe se deslocou ali para ver, ouvir e aprender com D.Javier a ser mais Opus Dei e consequentemente melhor cristão e cidadão responsável, em busca da santidade.
Caras que já há muito não via, calhei de ver ali, vindas do Porto, de Vila Real de Santo António, de Évora e sei lá donde mais. E o curioso disto é que não foi preciso o espalhafato da comunicação social para fazer constar este evento. Um simples telefonema, na véspera, bastou para um amigo avisar outro e logo quem pode deixou tudo, porque as coisas de Deus devem estar à frente de todas. Assim, ensinava São Josemaria, ensinou D.Álvaro, e da boca de D. Javier, ouvimos repetir o mesmo neste tertúlia.