Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Portugal, minha terra.

<div align=center><a href='http://www.counter12.com'><img src='http://www.counter12.com/img-6d7wDw0z0Zz1WyaW-26.gif' border='0' alt='free web counter'></a><script type='text/javascript' sr

Portugal, minha terra.

<div align=center><a href='http://www.counter12.com'><img src='http://www.counter12.com/img-6d7wDw0z0Zz1WyaW-26.gif' border='0' alt='free web counter'></a><script type='text/javascript' sr

29.11.08

as "quedas do cabril...."

aquimetem, Falar disto e daquilo

Fisgas de Ermelo - Marão

          O rio Ôlo é um afluente do Tâmega que nasce na serra de Ordens,  um braço do Marão, a nascente  de Lamas de Ôlo (Vila Real),  e desagua junto a Fridão (Amarante). Ao longo do seu percurso ele é a veia arterial responsável pela irrigação de toda essa zona agrícola que tem o vale do Ôlo por espaço seu: Lamas de Ôlo, Ermelo, Pardelhas, Campanhó, Paradança e Fridão.

          Mas o rio Ôlo alem ser a veia arterial desse zona agrícola que se distende desde Lamas de Ôlo até Fridão é também um rio muito conhecido e  frequentado pelos adeptos da pesca desportiva, pois são famosas as trutas que nele se criam, sobretudo as que, nas Fisgas de Ermelo, são criadas e pescadas  nas "Piocas do Ôlo". Depois o desporto náutico é também, hoje em dia, uma forte mais valia no campo socioeconómico, aqui com realce para a canoagem que como vamos demonstrar tem neste rio, e na sua foz, excelentes condições para o aproveitamento dessa actividade. A juntar a tudo isto acresce destacar a importância que no cenário paisagístico da região de Basto representa como atractivo turístico o seu decantado e dantesco  fraguedo que como sabemos dá pelo nome de Fisgas de Ermelo ou "Quedas do cabril".

          No entanto apesar de toda essa importância, o rio Ôlo, segundo se consta, está na mira dos inimigos de tudo quanto seja património Natural, se não vejamos o que em artigo, publicado em A Voz de Trás-os-Montes de 13 do corrente,  nos relata o jornalista  José Manuel Cardoso: " As populações do vale do rio Olo estão preocupadas com o possível transvaze parcial deste curso de água para uma pequena barragem prevista no Programa Nacional de Barragens, referente ao Aproveitamento Hidroeléctrico de Gouvães da Serra. Se isto se concretizar, as Fisgas de Ermelo podem correr o risco de ficarem secas, em alturas de pouca precipitação".

          Nesse mesmo jornal,  é  Barroso da Fonte quem também, em artigo à volta do assunto, vem alertar: "Seja como for há que ter em atenção o interesse paisagístico e a preservação do meio ambiente. Não podem a ganância e a gula de certos políticos hipotecar o pouco de bom que as zonas periféricas herdaram da própria Natureza. Há que ter respeito pelas leis naturais e tratar a todos rurais ou urbanos, pobres ou ricos, empresários e obreiros com os mesmos critérios. Que as águias que sobrevoam as Fisgas de Ermelo  tenham, pelo menos, os mesmos direitos dos lobos da Samardã".  

          Em blog que alimentei até 4 de Maio do ano em curso, recordo que encerrei a sua laboração com um post à volta deste rio  que mereceu de Jofre de Lima Monteiro Alves o seguinte comentário, em 7 de Setembro pp : " Venho  lastimar o encerramento deste espaço bairrista e de dedicação ao torrão natal. Ficam os demais, felizmente".  

          Também a 22 do mês seguinte uma minha conterrânea, Mgraça, se manifestava,  assim: " Eu também quero protestar pelo encerramento de "Mestas".  É uma pena! - Valia só pelos fotos que tem, nem eram necessários comentários, o resto do País nem sequer faz ideia dos recantos do Ôlo, do Mestas, do Tâmega e do Cabril etc. Seria melhor repensar???..." - Agradeço as referências, mas o meu blog Mestas passou à história..., entretanto vou transcrever  o post com que encerrei o dito blog: "Não muito afastado das Mestas (Vilar de Ferreiros) passa o Ôlo, rio que descendo da serra de Ordens (Lamas  de Ôlo) tem nas "Fisgas de Ermelo" o seu mais espectacular cenário. Serra a baixo, num percurso relativamente curto, mas tormentoso, o Ôlo desagua  em rápido no Tâmega, mais precisamente junto a Fridão, freguesia do concelho de Amarante e que tem São Faustino por patrono.

          Vem este post na sequência duma noticia que li no CorreiodoMarão, onde o Professor Doutor Rui Cortes, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, garante que "se se avançar com a construção da barragem de Fridão, Amarante pode sofrer um desastre ambiental irreparável". Mais acrescenta que a concretizar-se a construção da barragem,  " a água a jusante resultaria apenas do caudal ecológico mínimo obrigatório, incapaz de sustentar a fauna e aflora existentes, pelo que Amarante, conforme a conhecemos desapareceria". 

          Deixem Fridão em paz, digo eu ! Já lhe basta a sua museológica Central Hidroeléctrica que sonhada em 1912 veio a fazer de Amarante, uma das primeiras localidades iluminadas por energia eléctrica, em 1917. Que em vez duma barragem que só vem profanar as margens do sagrado Tameobrigus (Tâmega) e produzir mosquitos em  águas estagnadas, antes se aproveitem todas as suas potencialidades turísticas à semelhança do Centro de Estágio de Canoagem de Fridão, cuja CM de Amarante apoia, e além disso ainda não há muito abriu um concurso para requalificação da Quinta das Fontainhas, também em Fridão, onde será construído um Centro para Stalon. É tempo dos medíocres de São Bento deixarem que nas vilas e aldeias de Portugal seja o povo ali residente a decidir sem influência de forças estranhas ao ambiente...".

          O que  então não sabia é que na mente destes políticos que temos estava também em agenda matar o Ôlo na sua origem. Um conselho, aos habitantes do vale do Ôlo: convidem todos os responsáveis por estes dois projectos que visão matar o rio na foz e na origem, a deslocarem-se em  visita às Fisgas, não pelo  lado do Fojo, mas antes por Varzigueto, e mandem-nos de olhos tapados ver  as quedas do cabril... 

Fisgas -o belo horrível!

12 comentários

  • Sem imagem de perfil

    mgraça 14.01.2009

    Claro que o Amigo tem razão.Quem está dentro do assunto, e que tem as informações todas, é lógico que lhe interessará a barragem; e quanto menos esclarecer o Zé povinho melhor.Depois realmente percebe-se que há muita gente a favor e que tambem se assim o desejam, pois, têm esse direito,logo vivemos em democracia.Só espero é que o pessoal não consiga pelo menos, mexar no Ôlo, e tenho esperança que o tal Zé Povinho ou o Irmão Transmontano, como se diz, e que não é burro nenhum pelo contrário; comece a ver bem o que lhe interessa verdadeiramente, e sobretudo ame mais que tudo,as suas terras, os seus rios , as suas pedras etc.
  • Não vou travar-me de luta com quem quer que seja acerca duma matéria que o bom senso à partida deixa ver claro. Portanto tudo quanto se diga sobre as vantagens da barragem de Fridão para o povo e terras de Basto, não passa de pura mentira e que serve apenas os "interesses" de uns tantos, como foi no caso da extinção da Linha do Tâmega, entre Amarante e Arco de Baúlhe Estão a perceber?....Daí que quem for contra a morte do nosso Rio Sagrado o defenda com unhas e dentes, e os "caladinhos" ou cobardes que por ignorância ou interesses secundários... defendem os mosquitos e a morte do Tâmega, eu os arrenego...do meu blog. Haja bom senso, mas consenso nesta matéria, não.
  • Sem imagem de perfil

    mgraça 14.01.2009

    "TRANSMONTANO MEU IRMÂO"

    Transmontano meu irmão
    dá-me a tua mão
    e vamos a Lisboa
    pedir solução
    para o teu ofício

    no terreiro do paço
    pedirás licença
    e de bordão no braço
    dirás em jeitos de comício
    __ Que de honesto e honrado
    és um desgraçado
    e que o governo da nação
    tem obrigação
    de perfilhar-te

    ouvirás respostas
    e amostras
    de promessas
    mas tu confessas
    que precisas de apoio
    e decisão

    contas o que sabes
    de dívidas miséria emigração
    e que tantos males
    se devem à desprotecção

    argumentarás
    com o valor dos teus soldados
    inocentemente massacrados
    que na guerra
    honram a terra
    e a nação
    e provarás
    que nas eleições
    como nos impostos e contribuições
    és o mais submisso cidadão

    vamos transmontano
    vamos meu irmão
    teu labor insano
    vai ter solução

    BARROSO DA FONTE
    Guimarães




  • Em Lisboa estou eu, mas é precisamente daqui que partem as decisões que estão a pôr Portugal num oito...E atenção, o "terreiro do paço" agora já não é centro de decisão, mas sim em São Bento, onde uns gajos bem falantes, nem todos, fazem leis à medida do seu corpo!... Convêm saber para os apanhar na toca.
  • Sem imagem de perfil

    mgraça 15.01.2009

    Olá sr. Costa Pereira bom dia!
    -Realmente o local das decisôes já não é no Terreiro do Paço; mas a lenga, lenga , das decisões pelos vistos continuam a ser como dantes:LIXAR O ZÈ POVINHO, é ou não é?
    __Olhe que este poema , de BARROSO DA FONTE, grande escritor transmontano, sendo de 1973, encontra-se actualizadissimo, para o que se vai vendo por cá.Como ele diz neste livro :"É preciso amar as pedras"! Ora parece-me que vamos, para além dos rios , deixar de ver as nossas pedras, o tal Reino Maravilhoso de que tanto nos orgulhamos como transmontanos, caramba!...
    Infelismente parece-me que até a respeito dos nossos sábios Poetas Transmontanos, nós passamos ao lado discretamente, sem fazer muito alarde, como se eles não fossem uma grande riqueza, para Trás-os-Montes para além de fazerem parte integrante desse Reino Maravilhoso.Não sei como não se esquecem do Vinho do Douro (do Porto)também ,já agora!...É assim ou não é?
    Irmão Transmontano, não deixes tapar a nossa Ponte do Tâmega, não deixes tapar a Fraguinha onde aprendemos a nadar, não deixes tapar o moinho em ruínas, o Salta Carneiros, não deixes!!!
  • Se nos políticos que temos perdi a confiança, e nos dirigentes desportivos nem se fala, queria entretanto salvaguardar um ou outro magistrado que na dita independência da Justiça não se mostre comprometido...Os do processo da Casa Pia por exemplo se vão na treta dos endinheirados lá terão que ordenar a indemnização aos pedófilos, e inclusive ao Paulo Pedroso. Mas não foi para falar da Miséria Nacional que quero responder ao seu comentário, mas sim lembrar que ainda há Juízes com eles no lugar...Veja o jornal A Voz de Trás- os Montes,desta 5ª-feira , onde consta esta noticia bonita em favor de causas como a nossa: " O Tribunal de Mirandela determinou e as obras da Barragem do Sabor tiveram mesmo que parar. A providência cautelar foi interposta pela Plantaforma Sabor Livre que, mais uma vez, recorda que os ganhos com a nova infra-estrutura de aproveitamento hidroeléctrico não compensa os impactes negativos a nível ambiental".
    - Agora só falta que também no vale do Tâmega e do Ôlo hajam plataformas livres....
  • Sem imagem de perfil

    mgraça 16.01.2009

    Por isso mesmo, tenho cá uma fé que fique tudo embargado como é hábito , por qualquer impedimento.Além disso temos a Sra da Graça a zelar pelos nossos interesses, ou vocemecê não tem fé?-Pois eu cá, tenho.
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 04.02.2009

    A MONTANHA-de ANTÓNIO CABRAL

    Nesta montanha dependemos
    do voo dos pássaros, do rio
    E seu rumor, da solidão
    Que acende o risco das estrelas,
    Das tempestades e, por elas,
    Do nosso próprio coração.

    Montanha no sangue ,fluindo
    Toda enlaçada de horas verdes.
    Mas cada hora não tem mais
    Sessenta portas bem contadas:
    Sessenta são e mais sessenta
    E todas elas invioladas.

    Porque são todas invioladas?
    onde começa a decisão?
    Porque se passa e se não passa
    Como se tudo fosse um passo?
    Ai lucescente rio feito
    De obliquidade sem espaço!


    Nesta montanha dependemos
    do voo dos pássaros, de tudo.
    Em toda a parte nasce, e nasce
    Imperceptível, o futuro.
    Mostram as coisas uma face,
    Mas espreitando-nos do muro

    IN Livro FALO-VOS DA MONTANHA de 1956
  • Mais um daqueles transmontanos que não morrem! Como Junqueiro , Trindade Coelho e Torga, para só falar nestes homens de Letras, António Cabral juntou-se a todos os consagrados como escritor, poeta e etnógrafo que Trás-os-Montes e Alto Douro criou e moldou admiravelmente.
  • Sem imagem de perfil

    mgraça 04.02.2009

    É sim, temos escritores maravilhosos e todos eles de grande eloquência e frontalidade; mas ao mesmo tempo de extrema simplicidade e simpatia para com o próximo.Gente culta mas muito humana, qualidade rara nos dias que correm.Isto sim dá-nos muito gosto e grande orgulho.
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 04.02.2009

    GÉNESE NELSON VILELA 1988

    Minha Terra é outra, lá longe,
    Onde, serra acima, ovelhas e neve
    Bordam tudo de brancura...
    Onde Deus, sem mar, imaginou
    Mastros e Caravelas
    E onde pedras e estrelas
    Dormem à mesma altura.

    Eu sou doutros mundos.
    «Dum Reino Maravilhoso»?
    Talvez...
    Se é maravilha, mesmo esquecido,
    Sempre orgulhoso
    de ser português.

    É de lá que sou
    De entre serras que rios
    cortam às tiras
    E orgulho tenho de nascer assim
    Podem rufar tambores, arraiais e viras
    É de lá que sou...foi de lá que vim.

    SEMPRE EM CAMINHO
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Mais sobre mim

    foto do autor

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Arquivo

    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2020
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2019
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2018
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2017
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2016
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2015
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2014
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2013
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2012
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2011
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2010
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2009
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2008
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2007
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2006
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D

    Em destaque no SAPO Blogs
    pub