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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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18.06.17

Não se fiquem por aí.

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

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Cercado por Castanheira de Pera, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande é um município do distrito de Leiria, região Centro, da qual sou apreciador e tenho por todo esse espaço geográfico particular admiração. No meu trabalho “Nossa Senhora da Graça - Na Fé dos Mareantes” consagrei algumas páginas a esta região, onde neste fim de semana se deu uma tragédia com um fogo florestal que neste momento já deu conta de 62 mortos e 54 feridos graves.

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Uma série de amigos tenho muito afectos à região, o saudoso Evaristo que foi do restaurante Isaura, na Av. de Paris, em Lisboa, proprietário e era natural de Figueiró dos Vinhos. O saudoso guarda florestal do Parque de Monsanto, também em Lisboa, que da freguesia da Graça ( Pedrogão Grande) era natural ; bem como entre os vivos o meu comprovinciano João de Deus Rodrigues, poeta e prosador que ali foi por casamento encontrar a companheira e veio da continuidade por onde a gesta transmontana deixa rasto. 

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Aos familiares das vítimas que ficam em dor profunda, e não se consolam com palavras ocasionais…Faço votos que os abraços e palmadinhas…dos nossos políticos não se fiquem por aí…

 

14.06.17

Trás-os-Montes marca o ritmo da cultura.

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Por: Barroso da Fonte

Na semana em que rebentou o escândalo no Convento de Tomar que «Sexta às 9» da RTP, difundiu e que – se não fosse a geringonça - já teria exigido a demissão do ministro da Cultura, cá por cima, continuam as estruturas culturais a marcar o ritmo que se faz e que os urbanos não conseguem vislumbrar.
Cá por cima fazem-se coisas, coisas boas, bastando sacudir os teares, repor as campainhas das vacas, no dorso dos gericos ou das cabras e carneiros, por troca com as vacas, que já não há quem as toque. Desses guizos, dessoutros chocalhos que os Caretos usam nas festas do carnaval e desses cornos retorcidos, que se colocam atrás das portas da cozinha, para afastar as bruxas, faz-se melhor festa do que essoutra que enche os ouvidos das moças atordoadas, com os auscultadores, rua fora.
Se as televisões mostrassem o que por cá se faz, os alfacinhas não se distraíam com a feira do livro que é grande no espaço e tem papel a mais e livros a menos.
«Cá por riba», as feiras do livro, têm os livros do povo que não entram nas Fnac´s, na Leya, no Circulo do Leitores.
Há um fosso cada vez mais profundo, entre o norte e o sul, entre a cidade e o campo, entre os chinelos de pé raso e o salto alto de quem nunca andou descalço.
Desde o Espaço Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, à Biblioteca Adriano Moreira, em Bragança, que alberga a Academia de Letras de Trás-os-Montes; desde a Feira do livro, em Montalegre, ao Grémio Literário, de Vila Real, ao Centro Cultural Aquae Flaviae, ao Fórum Galaico- Transmontano, em Valpaços; desde o Festival Literário de Bragança, às Feiras do livro em Mirandela, tudo mexe e remexe, gerando solidariedade, por troca com os moinhos de centeio, de todos os rios de Trás-os-Montes que mataram tanta fome, a contrastar com tão ignóbil esquecimento dos dia de hoje. As gerações que formam, hoje, os quadros da vida ativa do País, morrerão sem nunca saberem o que foram os moinhos, que importância tiveram na vida das pessoas e como
é doloroso, não se fazerem levantamentos sobre aqueles que existiram, alguns dos quais, caem de pé, como as árvores. Foi um tipo de construção artesanal, que demonstra a capacidade humana daqueles que nos antecederam e envergonha os professores que não souberam, nem quiseram ensinar, os artesãos que não reivindicaram a sua continuidade e, sobretudo, os políticos locais. Quantos autarcas se deram ao cuidado de mandar fazer um levantamento e reconstituição de património?
Enquanto escrevo estas desconexadas ideias, obviamente breves, reparo na televisão que mostra as cerimónias do Dia de Portugal. Este ano com cenário é diferente. Do Porto veio o nome de Portugal. É simbólica esta escolha. Mas continua a ser mal ensinada a História nacional. É que Portugal não começou noutro sítio, que não fosse na Batalha de S. Mamede, em Guimarães. E essa «Primeira tarde Portuguesa» não aconteceu em 10, mas em 24 de Junho de 1128. Foi há 889 anos. Tudo o mais que se seguiu faz parte da odisseia Portuguesa. Em 1580 faleceu Luís de Camões. Foi há 437 anos. Mas o dia dos nossos anos, é aquele em que nascemos. A data de 10 de Junho menoriza a Pátria que já tinha 452 anos de idade, quando morreu Camões.
Muitos dos que nos têm governado nestes quase nove séculos de História, mamaram nela mais do que lhe deram. Muitos daqueles que levaram a vida a escrever história, mercantilizaram mais do que deviam. E, alguns desses usaram-na para nela se perpetuarem. Autofagia em plenitude.

01.06.17

E as crianças Senhor !

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Do Poeta e Prosador João de Deus Rodrigues recebi este belo poema às Crianças dedicado:

“E as Crianças, Senhor!
Homens parem de gritar,
E ouçam o silêncio do vento.
E meditem nos segredos do mar,
E na imensidão do firmamento.

E contemplem, também,
A coisa mais preciosa que o mundo tem:
Uma criança.

Reparem na candura do sorriso dela, a brincar
No colo de sua mãe, no aconchego do doce lar.

Longe,
Bem longe, do alcance de déspotas avarentos,
Que passam momentos
A jurar que só querem o bem,
De todas as crianças que o mundo tem.
Porque elas, lindas e queridas,
São anjos inocentes, o melhor das suas vidas.

Mas, isso, é só ruído.
Palavras dolentes, sem sentido,
Dos que não querem ver
Tanta criança a sofrer,
Por esse mundo além,
Abraçadas ao peito da sua mãe,
Chupando peles gretadas,
Que a sede e a fome ressequiram,
E jazem sentadas, junto do seu amado Ser,
De olhos enxutos, sem lágrimas para verter.

Ó desumanidade!
Ó crueldade!
Ó Senhor meu Deus,
Dizei-me por favor,
Porque há tanta criança abandonada,
A perecer com sede e com fome,
Torturadas pela dor,
Com a complacência de parte da humanidade?

Enquanto ao som de trombetas,
Em salões forrados de veludo,
Há criaturas que fazem juras, e tudo,
Dizendo que só querem o bem
De todas as crianças,
Porque elas são o melhor que o mundo tem.

Ó desfaçatez!
Ó Ingratidão!
Porque não calam elas a sua usura,
E refreiam a sua ambição?

E não pensam, por uma vez,
Que as migalhas que sobram da sua mesa,
E o escorrer das suas taças de cristal,
Bastavam para não morrerem,
Com fome, com sede e com mal,
Tantas crianças que juram amar.

Sim, ó vós?
Que em verdade sabeis,
Que elas estão a padecer.
Enquanto assobiais,
Julgando-vos imortais.

Que mundo cruel,
O vosso, com tão amargo fel!

Guardai as vossas lágrimas,
De serpente rastejante.
Guardai os vossos lamentos e ais,
Mas não venham dizer, de ora avante,
Ou jamais,
Que não sabeis, de verdade,
Dessas crianças com tanta necessidade.

Ou será que o fazeis,
Para melhor adormecerdes
Sobre o peso da vossa consciência!
Que julgais ser leve,
E pesa mais que o bronze.
Enquanto, não longe,
Se fina, num contínuo permanente,
Tanta criança inocente.

Não. Não venham com a falsa bondade,
Nem com a vossa sacra fé.
Porque isso mais não é
Que a negação da caridade.

O que me leva a acreditar,
Que nem os dóceis vermes da terra
Hão de querer tragar,
Os vossos corpos fedorentos.
E as moscas, e as formigas,
E até os ratos, seguirão tais intentos.

Ide para os Infernos,
Criaturas com tais sentimentos.

Ah!, se eu pudesse lançar um raio
Aos vossos corações de besouro,
Que vos afogasse nos palácios de ouro,
Erguidos sobre o sofrimento de tanto inocente,
Eu o faria, num repente!

Sumam-se!
Porque até o doce mar profundo
Não vos há de querer sepultar.
Nem as flores silvestres,
Emprestar o seu perfume.

Evaporem-se,
Corja de malfeitores.
Para que haja um mundo melhor,
Mais generoso e fraterno,
No amor e na esperança,
Com o sorriso de uma criança!

Mas não vos esqueçais,
Que partis sem o perdão dos que cá ficam.
E sem a misericórdia e contemplação,
Dessas crianças que estão no Céu,
Enviadas pela vossa mão.

In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora”.

 

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