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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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28.04.16

Coronel Jorge Golias

aquimetem, Falar disto e daquilo

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 Conheci o coronel Jorge Golias na Casa de Trás-os-Montes, em Lisboa, creio que no lançamento de um livro do seu camarada Jorge Laje, voltei a vê-lo, mais tarde no Centro de Apoio Social das Forças Armadas, em acto semelhante, agora de uma obra de António Chaves. Sem com ele manter contacto, tenho no entanto as melhores referências a seu respeito, que me vem de quem com ele viveu de perto, primeiro na Guiné, como seu subordinado, e depois na vida civil. Refiro-me ao mestre António Carmo, consagrado artista da paleta e pincel cujos seus trabalhos correm mundo. Como a Academia de Letras de Trás-os-Montes, também António Carmo, me desafiou para no passado dia 14 estar no Palácio da Independência para assistir ao lançamento de A Descolonização da Guiné-Bissau. Não fui porque me foi impossível. Mas tive muita pena, tanto mais por saber que também este meu  amigo, mereceu constar no texto deste documento histórico saído de punho transmontano.   

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 E não é só o nome deste meu amigo que consta na obra,  também um outro meu prezado amigo, e conterrâneo ilustre, me foi agora dado saber, por TEMPO CAMINHADO, mereceu honra semelhante como reza a noticia : "Para informação dos leitores do blogue: Já contactei com o soldado-poeta Valdemar Rocha. Um poema dele consta neste livro sobre a Descolonização da Guiné-Bissau. Assim como um conto de Jales de Oliveira, também do Norte.
Parabéns ao editor do blogue, Dr. Armando Palavras, pela excelência do mesmo.
Saudações transmontanas.
Jorge Sales Golias".

Pois é. Lá figura o nome de Luís Jales de Oliveira, pelos vistos com um conto. Poeta consagrado e prosador de fina qualidade, fica bem para louvar e assinalar o evento corroa - lo com um poema do Ginho.  

 

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Jales de Oliveira, "Ginho"

(Gadamael Porto, Guiné, 1973)

Nos gritos silenciados
Pelos esgares multiplicados desta metralha horrenda,
Se eu de vós me não lembrar, meu monte e meu rio sagrados,
Que a minha língua se prenda,
Que a minha língua se prenda!

Junto ao Rio de Cacine me sentei chorando,
Com saudades consagradas
Ao meu chão;
Nos palmares do chão manjaco desfiando,
Um rosário de granadas,
De mão.
Partem de Kandiafara mísseis Straella em demanda da minha vida,
Quando eu demando a minha terra da promissão:
Tão longe está o doce favo da partida,
A cama desfeita, os olhos embaciados amarrados ao vulcão.

Não é este o Rio que eu desejo engrossar com as lágrimas salgadas
Desta saudade tamanha;
Jazem a harpa e a G3, dependuradas,
No tarrafe da bolanha.
Não é este o rio das bogas, dos barbos, das enguias, e dos mexilhões
Que eu demando. Este rio não é,
O rio que eu desejo. O rio Cacine tem candambas, tem bicudas, tubarões,
Nasce e morre em quatro horas de maré.

Aqui as bajudas balançam com altivez os chalavares dos camarões,
E os flamingos parecem levitar num golpe d`asa;
Mas a água do meu rio, como o fogo dos vulcões,
É ferro em brasa.

O meu Tâmega sagrado foi rasgado com um grito,
Marcado pelo lume que a profecia diz,
Um pássaro de fogo voando no infinito,
Doce cicatriz.

Junto ao Rio de Cacine me sentei chorando,
Com saudades consagradas
Ao meu chão;
Nos palmares do chão manjaco desfiando,
Um rosário de granadas
De mão.

Nos gritos silenciados
Pelos esgares multiplicados desta metralha horrenda,
Se eu de vós me não lembrar, meu monte e meu rio sagrados,
Que a minha língua se prenda,
Que a minha língua se prenda!

                 In Corre-me um Rio no peito

 

26.04.16

Onde até as pedras produzem pão

aquimetem, Falar disto e daquilo

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De Barroso da Fonte:

Escrevo esta crónica no dia em que leio num dos jornais da minha terra: «...como a imaginação não tem limites, se me garantirem a compra de vestuário para oferecer aos funcionários municipais, daremos início à produção de meias, calças, camisas, camisolas e quispos. Tudo com a marca alusiva a Montalegre. Claro está que se alguns dos nomes aqui referidos, já tiverem sido registados por alguém, facilmente encontraremos outros nomes alusivos à nossa terra».
Com este raciocínio Bento Monteiro pretende atingir uma nova forma de ganhar a vida. Como o chão onde isto se passa é agreste, infecundo, planáltico e o clima tem nove meses de inverno e três de inferno, o engenho e a arte de ganhar a vida, exigem que o homem tire da terra que lhe serve de berço, o sustento para a sobrevivência pessoal e familiar.
Reporto-me às terras de Barroso que Ferreira de Castro caracterizou num dos seus mais conhecidos romances, como «Terra Fria». Andou por ali, em 1934, quando o poder político ainda só conhecia essa zona fronteiriça do norte de Portugal, pelas serras do Gerês, Mourela, Larouco e Cornos das Alturas. E também pelos Rios Cávado e Rabagão. Enquanto à beira-mar predominam os vales, as lezíria e as encostas que dão fartura, nas Terras do Demo, das bruxas e o fumeiro, os poucos vales que davam pão centeio e batata da melhor do país, as barragens hidroelétricas dos Pisões, da Venda Nova, Paradela, Salamonde e Caniçada chegaram na segunda metade do século XX, obrigando os seus habitantes a entregar o pouco que tinham, para que reter as águas, contra umas dezenas de escudos que mal deram para refazer a vida no Minho ou no estrangeiro?
Duas décadas depois, milhares desses e de outros desafortunados, sujeitaram-se aos perigos da emigração e, juntamente com a geração do sacrifício que recrutou os jovens para a guerra de África, apressaram a desertificação generalizada. Em menos de meio século o concelho de Montalegre, onde vim ao mundo, passou de 35 mil para dez mil habitantes. Pelo ritmo que a política mostra, este segundo maior concelho do país, em extensão geográfica, desaparecerá do mapa de Portugal, no próximo meio século.
Os gestores políticos, à míngua de bens materiais a inovar, entraram numa onda de apropriação e de acautelamento do futuro, descortinou uma nova forma de vida. Cada protagonista cuidou de registar, em nome próprio, de família ou de grupo, pontos geográficos, comeres e beberes que entraram nas rotas da fama. E, antes que outros o façam, fazem-no alguns mais ousados e menos escrupulosos. Na área da gastronomia já foram patenteados nomes na área da gastronomia, como o «cozida Barrosão», do turismo, da bruxaria e até do «Vinho Padre Fontes».
Como Frei Bartolomeu dos Mártires reclamou que – ao menos - os Padres de Barroso pudessem casar, ora pelo isolamento, dificuldades de acesso ou aumento de população ativa, ora, pelo rigor do frio, também, quinhentos anos depois, se abrem excepções no aproveitamento e posse de bens comuns. Até a Serra do Larouco que já foi ara de deuses pagãos, começou por merecer acesso da volta a Portugal, em bicicleta. Entre a vila e os 1.525 metros de altitude, há restaurantes e casas de turismo de habitação que coincidiram no espaço e no tempo. Para essas já se haviam construído a pista do RallyCross e o altar-mor do Parapente. Pensou-se que esse trajecto turístico seria de entrada e de saída por lugares distintos. Beneficiaria mais do que uma aldeia, a saber: Gralhas, Santo André, Vilar de Perdizes, Meixide e Meixedo. Mas a Câmara é pobre, o dinheiro comunitário, chega em catadupa, para casas de Turismo de habitação, não para quem o merece mas para quem é reguila. E os Barrosões, perante a bondade política, continuam a « fazer vénias quando passa a procissão» como Miguel Torga anteviu nos seus diários.
Para que não digam que sou má língua, retomo o raciocínio de Bento Monteiro para com ele me questionar se, numa altura em que já não há muitos ângulos geográficos ou paisagísticos para registar, como potenciais sítios de sucesso turístico, lendário ou gastronómico, não seria boa ideia criar «três marcas de queijo de Montalegre, queijo da Mourela e queijo nascente do rio Cávado; duas marcas de vinho: Ponte da Assureira e vinho de Barroso; duas marcas de cerveja: artesanal Mosteiro de Pitões e água da Mijareta» Tudo isto implicará sempre o «Presunto de Barroso».
Penso que Bento Monteiro não se lembrou de propor a criação de um gabinete de registos, não só para apoiar o desenvolvimento dessas marcas, como para dar formação a ciclistas, a pilotos de RallyCross, e a treinadores para praticantes de parapente, de motonáutica e outros.
Um outro Barrosão que escreve no quinzenário que me inspirou esta crónica, que nasceu e está vinculado a Gralhas, como o demonstrou na sua última obra literária que dedica a essa histórica freguesia, tem receita apropriada para dar cobertura a esta onda de projectos orográficos, pedestres, velocipédicos e gastronómicos. Chama-se Domingos Chaves e, em «politicamente falando», escreve que: «este é o mundo desconcertado que temos pela loucura do dinheiro que vai todos os dias semeando pobreza, fome e morte».
A alegoria que o tema despertou, faz-me recuar aos anos cinquenta do último século, quando os lavradores da minha aldeia, alugavam uma camioneta de carga para irem buscar vinho «à Ribeira».
A pureza de Barroso, o frio e o fumo são ingredientes que transformam, como nas Bodas de Caná, qualquer mistela, em delicioso manjar, seja comida ou bebida. Porque em Barroso até as pedras produzem pão...

 

23.04.16

Era Abril

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Temos aí mais um feriado a recordar o 25 de Abril de 1974. Já lá vão 42 primaveras, em liberdade de opinião, e sementeira de promessas...Fui dos muitos que acreditaram na mudança, mas ao fim destes anos todos apenas uma certeza: dantes não se podia falar, agora podemos falar mas a miséria continua, para pior. Mas em homenagem à liberdade, um poema alusivo ao evento de um conceituado poeta transmontano :
Era Abril

Abril,
Mês de sonhos,
De Liberdade,
E de esperanças mil.

Abril,
Mês em que as andorinhas,
Reconstroem os ninhos,
Que os homens destruíram.

Abril,
Mês de Primavera.
E de campos cobertos,
De papoilas encarnadas.
E de noites sombrias,
À espera de desabrochar
Em claras madrugadas.

Abril,
Com cravos a florir,
Na boca de espingardas,
Que apontavam novo provir,
A este povo, heroico e honrado,
Que foi capaz de vencer o mar!
E descobrir novas Terras,
Onde havia de ficar,
Cinco séculos,
Para, enfim, os “libertar”.
Em condições de igualdade,
Para regressar ao seu torrão amado,
Para todos poderem gritar:
Viva a Liberdade.

Era Abril,
Quando o sonho nasceu.
Por isso, vos peço eu:
Não matem o sonho!
O sonho deve viver.
O acordar pode ser medonho,
E todos se vão arrepender!

Viva Abril. Viva Portugal. Viva a Liberdade.

João de Deus Rodrigues - 25 de Abril de 1978

21.04.16

Para ver em Castro Verde

aquimetem, Falar disto e daquilo

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Em catalogo muito bem ilustrado com obras do autor, a Câmara Municipal de Castro Verde faz alarde à presença do mestre António Carmo no Fórum Municipal, desde 19 de Abril a 20 de Maio próximo. Constam nesta exposição: Memória, Abril, no Atelier com Frida Kahlo, no Atelier com Renoir, Flor da Vida, Destinos do Fado V, e mais.

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Com arte e saber, Paulo Nascimento, vereador da Câmara Municipal de Castro Verde, faz merecidas referências ao talento deste consagardo mestre da paleta e pincel, peças com que misturando tintas, António Carmo formata cores que brilhando na tela, deliciam os olhares e se reflectem no espírito. 

19.04.16

Fórum Galaico Transmontano promove VI Encontro com Jornalistas e Escritores

aquimetem, Falar disto e daquilo

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IRMANDADE CULTURAL ENTRE
GALEGOS E TRANSMONTANOS


       O Fórum Galaico Transmontano, em parceria com a Câmara Municipal de Montalegre e
com o Centro Social de Vilar de Perdizes, organiza mais uma edição do Encontro com
Jornalistas e Escritores, desta vez nas instalações do Centro Social de Vilar de Perdizes e no Ecomuseu de Montalegre, ao longo do fim-de-semana de 29 e 30 de Abril de 2016.
       Depois de Valpaços, Montalegre, Chaves, Verin e Boticas, a sexta edição desta iniciativa divide-se entre Montalegre e Vilar de Perdizes, com o padre António Lourenço Fontes como anfitrião. Para além dos habituais debates e palestras com escritores, das visitas, dos espectáculos e das exibições, neste encontro será igualmente apresentado o quinto número da revista Fórum

09.04.16

Cronologia Histórica atormenta os políticos que temos

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

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De Barroso da Fonte:

Relativamente aos feriados nacionais é uma questão de cultura. Quer o (s) governo(s) anterior(es) quer o atual, deveriam repensar a cronologia da História de Portugal. E obter de um grupo de Historiadores sérios e isentos, uma graduação da sua importância historiográfica. A começar pela 1ª Batalha que ditou aquela frase lapidar:«Naquela tarde de 24 de Junho de 1128 nos Campos de S. Mamede viveu-se a primeira tarde Portuguesa». O reconhecimento da independência do Rei de Portugal, apenas foi feito em 1179. Mas o 24 de Junho, em S. Mamede, quer queiram quer não queiram, deveria ser o dia de aniversário da Pátria Portuguesa. Em vez de ser feriado municipal (nalgumas cidades por ser dia de S. João), esse - sim - deveria ser o dia principal ou dia fundamental, como se vangloriou o atual primeiro Ministro. É tudo uma questão de (in) cultura e de partidarismo. Ora a História deve reger-se por quem sabe e por quem coloca os interesses nacionais acima dos partidários. No 1º de Dezembro de 1640, apenas e só, foi restaurada a História de Portugal . Tinha-se perdido a soberania, durante o jugo Filipino. Foi bom retomar a independência. Mas não foi mais importante do que a de Ourique (25/7/1139) ou de Aljubarrota (Agosto de 1385). Apenas se restaura aquilo que já existiu. Se já existira, é porque houve uma primeira data. E essa sim - foi o ponto de partida para dezenas de outras datas que Portugal travou, dentro e fora de fronteiras nos 888 anos que, entretanto decorreram. Pessoalmente comemoro e orgulho-me do 1º de Dezembro de 1640. Na década de oitenta/noventa do século XX, na qualidade de vereador da Cultura, na Câmara de Guimarães (a única do país que celebra no dia 24 de Junho, o seu feriado municipal) escrevi o texto, que, ano a ano, era lido, no Altar da Pátria, cerca da meia-noite, junto à Estátua de D. Afonso Henriques. Esse texto foi sempre lido perante a multidão que desfilava pelas ruas Históricas, atrás da Fanfarra. Sinal de que respeito e propago esse simbolismo restaurador. Não tendo nascido, mas vivendo em Guimarães desde 1975, sempre tive discernimento bastante para graduar a importância dos feriados nacionais. Como jornalista profissional, ainda nas vésperas do último 1º de Dezembro e antes da votação na Assembleia da República, alertei na imprensa para que os Deputados (todos eles) não cometessem um erro maior do que aquele que pretendiam anular. De nada valeu o meu alerta. E por isso, irritado fiquei, quando, António Costa, veio proclamar a grande vitória que prometeu na campanha. Nem assim ganhou as eleições. Teve de rastejar até ao Bloco de esquerda para cantar vitória. Que fique claro que a Vitória Parlamentar dessa votação é do tamanho da ignorância que prevaleceu contra a verdade científica. Quem me contestar deverá reflectir neste logro em que permanece o espírito de quem pratica o jogo do «quanto pior melhor» ou estoutro «baralhar para confundir e reinar».
Não é de estranhar que com o rodar dos anos se esqueçam datas, episódios, personagens deste ou daquele conflito. À medida em que os anos passam esses pormenores diluem-se porque o cérebro é o mais perfeito dos computadores mais sofisticados. Mas também falham. Ora a História de Portugal é a mais elementar gramática da cultura Portuguesa. E essa deve manter-se viva, activa e actuante, tal como a Constituição da República que – essa sim – é a Lei fundamental da democracia. Ora os deputados têm o dever de zelar pelo rigor histórico. Tal como invocam a lei fundamental da democracia para levarem a água ao seu moinho, também devem ter, na ponta da língua, a História de Portugal, desde 1128 até ao presente. São 888 anos. Lamentavelmente todos lutam para chegar ao Parlamento. Mas uma vez eleitos e no exercício das suas funções, julgam-se detentores da verdade absoluta. Debitam argumentos sem consistência. E, sem prepararem a matéria, reavivando a memória, debitam palavras e induções inconsistentes que, muitas vezes conduzem ao fracasso absoluto.
Aquilo que se viu e ouviu na sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, com António Costa aos abraços ao anfitrião da Casa, dão para perceber o vazio cultural de quem nos governa. Antes dele já José Ribeiro e Castro, ex-líder do CDS, dentro e fora do Parlamento, gerou um movimento, em torno do 1º de Dezembro de 1640, ignorando 522 anos da História de Portugal. Isto é: apenas se cuidou do telhado da casa. Quem colocou o telhado não reparou que faltavam os alicerces e os muros. Com esta metáfora fazem crer que Portugal começou a existir, em Dezembro de 1640. Subtraíram 522 anos à História Lusa, exactamente a época da consolidação e dos Descobrimentos.
Em 2009 viveu-se um cisma histórico com a celebração dos nove séculos do nascimento do nosso Fundador, em Viseu. Até a Academia Portuguesa de História tentou queimar os manuais escolares, trocando a tradição de Guimarães, pela «pátria distrital» do autor dessa «inventona». Em 2016 roubam-se 522 anos à verdadeira data da Fundação de Portugal. Mais um cisma histórico. Quando e qual teremos o terceiro?

 

06.04.16

Quem assim pensa deve falar mais e mais alto

aquimetem, Falar disto e daquilo

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De Barroso da Fonte

A propósito dos últimos incidentes ocorridos no Bairro da Ameixieira, zona Alta de Lisboa, chegou-nos do Canadá, de um Português que para ali foi desterrado pela enxurrada da «descolonização exemplar», um comentário que diz ser de lavra de Barra da Costa, nome que pertenceu a um dos serviços mais importantes do país que é a PJ. Quem o conhece das suas intervenções televisivas sabe quão arrojado é e como tudo seria diferente se ele tivesse o comando de métodos que podem desagradar a dez ou quinze por cento, mas teria o apoio de 80% da população.
Entre nós que trabalhámos, produzimos, e aprendemos à nossa custa, estes episódios marginais já não têm a reprimenda, nem motivam as forças da segurança para que cortem a direito e se façam respeitar. O que se ouve, se diz à boca cheia e se comenta, em surdina, é que já não vale a pena arriscar, cumprindo a ordem pública, porque, se as forças da autoridade, prendem os marginais e há alguma coisa que corre mal, a escumalha, é posta em liberdade e quase lhe pedem desculpas públicas. Os agentes da autoridade apanham esses arruaceiros,elaboram a participação para entregar ao Juiz com o preso. Dali a poucas horas, o juiz manda os marginais em liberdade, enquanto os agentes, gastaram horas a fazer a participação, certamente nem dormiram, nem comeram e o transgressor vai celebrar com o bando a que pertence, enquanto o agente, fica na esquadra, arrumar o serviço que interrompera. E isto na melhor das hipóteses, porque, em muitos casos, é o agente que fica ferido ou perde uma arma. E corre o risco de ser punido pela perda da arma, pelo acidente com o carro de serviço ou até pelo ricochete de uma bala fortuita que atirou sem intenção de matar mas que matou mesmo ou casou estragos.
Nos dias que passam ser agente da autoridade é das profissões piores e mais mal pagas que existem em Portugal. Só por absoluta falta de outros serviços um jovem pode escolher essa profissão. Por gosto só quem for muito corajoso ou esteja desesperado por falta de trabalho.
Exemplos do que acabo de afirmar repetem-se todos os dias, em todas as cidades e vilas deste país que nos últimos anos regrediu em formação cívica, em libertinagem, em crime organizado, em indigência travestida de formação superior.
Aqueles que como Boticas Fernandes construíram a sua vida nas Províncias de Angola ou Moçambique e tiveram de procurar um recomeço, a partir do nada, vivem hoje amargurados e envergonhados, pela degradação social e política do país onde nasceram. Estão atentos àquilo que por cá se passa. E alguns mais espevitados não deixam passar em claro, desacatos como aquele que se deu entre etnias ciganas, numa zona problemática de Lisboa. Para quem cá vive já nem liga a esta estranha forma de vida, como cantava a nossa grande Amália. Mas algumas vítimas inocentes daquele tenebroso abandono de Angola, Moçambique, Guiné ou Cabo Verde, casos como este merecem ser registados para ver se acordamos os nossos políticos, de todas as orientações ideológicas.
Fica o relato que Barra da Costa escreveu sobre os desacatos no Bairro da Ameixoeira, zona Alta de Lisboa. Subscrevo esta sátira social e política.
«Polícias baleados, bandidos em fuga e pelo menos uma mulher morta. Dois grupos rivais aos tiros, ao fim da tarde, qual Quinta da Fonte há uns anos, com caçadeiras a trabalhar no meio das ruas do bairro.
Continua a ser proibido em Portugal democrático dizer o nome da etnia a que pertencem estes trabalhadores, apesar de nunca ninguém os ter visto com uma enxada na mão ou a tirar a carta de condução.
De qualquer maneira é um acontecimento raro e também por isso merece ser noticiado. Muitos gostariam que se escrevesse uma notícia com um título bombástico, por exemplo, « Lelos com armas» disparam caçadeiras sobre polícias violentos. Mas nós gostamos mais de ser justos e não queremos confundir o «nosso» país com uma república das bananas e por isso dizemos apenas que alguns parasitas, em minoria, continuam a sugar a maioria de imbecis que trabalham todos os dias no duro para depois descontarem para esses infelizes e explorados comprarem cartuchos, que depois enchem de chumbo grosso com o dinheiro que recebem através de subsídios, quando estacionam os seus carros de luxo à porta da Segurança Social, para mamar do Estado socialista e social democrático – quer dizer, nós – o mesmo Estado que vê os seus homens – quer dizer, braço armado legítimo - serem feridos.
Onde anda a esquerda abichanada tão amiga destes discriminados?
Aquela esquerda que lhes dá casas, casas que quem trabalha tem de pagar sem bufar; casas e não só, em troca dos votos que essa gentinha lhes dá.
E andam os governantes preocupados com os terroristas do Oriente, quando têm terroristas bem no coração deste paraíso criminal, auto denominado Portugal?
Lembre-mo-nos que a justiça portuguesa está a fazer a vida negra a pelo menos um agente de autoridade, só porque este, no cumprimento da lei, matou um filho de um casal de vermes que levava o puto para entrar nos sítios mais estreitos…
Claro que em todo o lado há gente boa e gente má. Mas gente desta não merece condescendência...»

 

06.04.16

Sentidos pêsames

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Com 77 anos, faleceu o saudoso bajouquense Sr. José dos Santos Pedrosa, viúvo de Gracinda Engrácia Ferreira, e pai de: Virgínia Maria Ferreira Pedrosa Gomes, Cristina Paula Ferreira Pedrosa Loureiro, Alcino José Ferreira Pedrosa e Hugo Miguel Ferreira Pedrosa. O seu funeral muito participado realizou-se hoje após missa de corpo presente, às 10h00, para o cemitério da Bajouca. A toda a família enlutada, mormente a seu filho Alcino, apresentamos sentidos pêsames. 

 

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