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Portugal, minha terra.

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Portugal, minha terra.

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30.08.09

entre Caimbambo e Huambo!

aquimetem, Falar disto e daquilo

           "Deus escreve direito, por linhas tortas", não haja duvida. Sem mais aquele  percalço de 2ª- feira, a minha estadia no Caimbambo perdia qualidade no aspecto de conhecimentos da terra e da gente com quem ali privei de perto desde 26 de Março  a 1 de Abril pp. Também a  Sra. Administradora da AAA , e a instituição em si, ficou a ganhar com a ajuda que na 2ª e 3º-feira obteve por parte a Drª Gisela, que só por isso adiou a partida para 4ª-feira, "dia das mentiras". 

          A respeito da origem etimológica do topónimo contaram-me que no morro que serve de pano de fundo a este embondeiro, vizinho dos escritórios da AAA, viveu em tempos remotos um famoso caçador chamado Bambo, que  certo dia quando regressava da caça caiu com gravidade e morreu. Então os nativos apressam-se a informar:  Cai(m) Bambo e morre.

          Vagar tive também para me aventurar a mexer na máquina digital e sem conhecimentos técnicos fazer o meu primeiro vídeo que consta no post anterior. É fácil para quem sabe, mas para mim foi uma descoberta maior do que para Newton, a lei da gravidade

           Também aqui este jovem padeiro, com o cesto do pão à cabeça, me fez lembrar os tempos que com a idade dele fazia o mesmo por terras de Celorico de Basto. Ele por regra sempre com calor; eu, ao tempo,  vitima do muito frio de Inverno e do calor de Verão.  

          Não há uma sem duas, nem duas sem três. Ou melhor dito: "Às três é de vez!".  Agora sim, possivelmente não voltarei a ver estas simpáticas crianças que vão ser os homens de amanhã, e oxalá venham a ter mais sorte do que os seus progenitores

           Eram 08h10 quando deixamos a vila que criada a 1 de Setembro de 1921, teve por seu 1º administrador António Rodrigues que, vi algures, inicialmente se instalou em Catengue, a 30km a Oeste da sede municipal Caimbambo. Se a viagem fosse de Comboio, e ele como dantes circulasse, a distância entre Caimbambo e Huambo rondaria os 262km. Por estrada andará, também, por aí.

          Já com a vila a perder de vista, num derradeiro adeus, seguimos em direcção do "morro da vitória" ou "Irmãos gémeos" .

          Pela sua fama a morro merece um foto tirada de mais perto

           Tudo ainda muito perto do ponto de partida, apenas 14 minutos foi quanto demorou de Caimbambo a este lugar que como é obvio, jamais esquecerei. Não só pela pedra que beija, mas também  pela avaria do jipe...   

           Também aqui à entrada da Ganda, esta taberna me despertou curiosidade pelo titulo que escolheu e tem na frontaria: Taberna dos Irmãos de Verdade.

           O rio Catumbela continua cheio, e quando o seu caudal  for bem aproveitado Angola será ainda mais rica.

           Do Alto Catumbela também me não vou mais esquecer, aquela viagem em seco.., num dia de trovoada, fica na memória. Mas foi providencial, como já disse.

           Eram 10h00 estávamos na Baboera para deixar a província de Benguela e pelo município de Tchindjenje - para os cubanos e russos - ou Quinjjenje -para os  portugueses e nativos- , entrar na província do Huambo.   

           Depois de Quinjenje, surge o município de Ucuma

           Esta linha de água que aqui atravessa a estrada não secou enquanto estive em Caimbanbo, continua como  atractivo turístico de Ucuma

           A seguir a Ucuma é Longonjo, outro município de Huambo de que já falei.

           Paisagem entre Longonjo e o desvio do Bongo, onde estou desejoso de chegar para ver a hora e a sementeira que deixamos a crescer.

           Desvio para o Bongo, mas nesse dia seguiu-se em frente para na cidade descarregar a trouxa e tomar um merecido banho de chuveiro que nem em todos os sitios é fácil.

           Ás 12h04 eis-me chegadinho a esta bela praça da capital do Planalto Central angolano, que após restaurada já dá um cheirinho ao que foi. Vale sempre alguma coisa os maiorais do mando provincial ou municipal assentarem arraiais em certo espaço, ao menos aí, não raro, as obras ganham  formosura  e prontidão....Que diferênça do que se passa, entre Caimbamdo e  Huambo!

20.08.09

"Pedra que beija"

aquimetem, Falar disto e daquilo

 

          O vídeo dá da vila de Caimbambo uma ideia de como ficou Angola com a guerra fratricida que só recentemente parece ter terminado. Embora o "morro da vitória" que entre Caimbambo e Cubal é tido como que emblema vitorioso da região, no terreno não há disso sinal assim tão evidente. Mas também é certo que "Roma e Pavia  não se fizeram num dia". Isto para também dizer que "um azar nunca vem só ". No dia 30, 2º-feira, manhã cedinho aí vai de novo a família  Pereira em demanda das alturas do planalo central angolano, desta vez na expectativa do mau tempo não fazer das suas. Mas ali quando não é do casaco é das calças. Não tínhamos saído há uns 15 minutos de casa e já o azar nos começou a  perseguir, com o motor do jipe a não quer responder. Tínhamos já passado o "Morro dos Irmãos Gémeos" e alcançado as proximidades da  "Pedra que  Beija", onde aqui se foi mesmo a baixo, e adeus, Huambo!

 

           Numa terra onde a carência de serviços é elevada, só quem de facto tem alguma influência e bom relacionamento social consegue dar a volta às situações. Num lugar isolado e sem rede para comunicar, valeu entretanto passar um taxe (uma motorizada) que cobrando 1000 kwanzas transportou a Drª Gisela  ao local de partida , em busca de socorro, enquanto os pais  ficaram no deserto a guardar o jipe. 

           Não demorou que uma equipa de pessoal técnico, ao serviço da AAA, dirigida pelo  Sr. Haleka surgisse ali para reparar a avaria.  Mas depois de várias experiências fomos aconselhados a regressar a Caimbambo, para ver o problema com mais cuidado. Para ser franco até nem desgostei do azar, pois prestou-se a desfrutar de mais uns bons momentos  de convívio agradável com aquele pessoal simpático que encontrei nos escritórios da Acção Agrária Alemã e de voltar a ver os porcos e as cabras a pastar na rua.

           Neste embondeiro ao lado dos escritórios entretive-me várias horas ao fim do dia a ver as cabras saltarem estas pedras e aqui passarem a noite,  sempre muito barulhentas e em alerta

          Eram 08h09, desse dia 30,  quando numa 2ª tentativa  para regressar ao Huambo partimos de Caimbambo. O 2007 que figura no foto deve-se ao facto de eu não ter tido o cuidado de acertar as datas na minha máquina digital. Mal sabia eu que ainda nesse dia havia de voltar a ver esta escola, e miúdos a saltarem muro, não o da vergonha..., embora  pareça. 

           Na véspera até me deliciei ao parar ali para  ver e admirar  a escultura natural que daquele lugar ermo é atractivo, mas quando no dia seguinte fui forçado a permanecer lá  de sentinela ao jipe, ó meus amigos, quais pedra que beija, quais quê! Valeu enxergar,  não muito afastado dali,  pessoas de trabalho que atravessando a estrada se dirigiram para uma casa de campo para  logo ficar mais seguro do meu posto...Tirei foto. para registo.

           Casa do antigo e modesto fazendeiro, esta está a ser recuperada, para quê não sei.

12.08.09

asilo no Caimbambo

aquimetem, Falar disto e daquilo

          Cerca das 10h30, partimos rumo ao Planalto Central angolano. O tempo estava soalheiro, mas nestas terras até o comportamento da meteorologia não raro estraga os planos de quem quer que seja. 

          Eram 10h27 quando atravessamos a pequena ponte sobre o também modesto rio Caimbambo, onde  junto uma placa assinala o fim da localidade.

 

          A viagem é longa e a estrada pouco ou nada convidativa para se fazer de noite, por isso há que aproveitar. Depois o tempo é outro condicionante, como vão ver... 

          Aqui até as vacas decidiram travar a pressa, a quem a tem. Faz lembrar a Terceira, onde em Angra do Heroísmo as vacas têm mesmo prioridade nas estradas secundárias. Que remédio! 

 

           Aqui  o famoso morro dos "irmãos gémeos" que pela sua configuração  em "V" os politiqueiros recentemente baptizaram de "morro da vitória" .

           Não muito afastado e já próximo da progressiva vila do Cubal  fica a  "Pedra que  Beija"  termo que se deve a uma pedra de grande dimensão parecer estar a ser beijada por outra de dimensão reduzida e feitio de  pessoa. Como as vacas também esta me fez reduzir a marcha.

            Dez minutos depois da Pedra que  Beija, tínhamos já atravessado o Rio Cubal e feito o desvio que mais uma vez nos impediu de passar pelo centro da vila, dando connosco numa aldeia em feira onde o desvio desemboca em direcção à Ganda

           A Ganda é um município que tudo aponta há-de voltar a ser dos mais importantes de Benguela. Se não estou em erro é dos únicos municípios vizinhos que neste momento dispõe de multibanco

           Ainda muito carenciada a cidade da Ganda tem como seu padroeiro São João Baptista ou não fosse o município rico em linhas de àgua, muito mal aproveitadas.

           Como atrás disse as condições meteorológicas aqui condicionam a circulação de pessoas e bens e quem já tem experiência por conhecer o terreno sabe disso. Percebi que não foi por mero capricho que devíamos sair o mais cedo possível de casa. É que na Estação  das Chuvas as trovoadas no Planalto ocorrem com frequência e em certas situações não se pode circular. Aqui já no Alto Catumbela, começou-se a prever o pior....

           Confiado aos cuidados maternais de Nossa Senhora da Conceição do Alto Catumbela, e percorridos já os 18km que separam esta vila da sede do município, andamos  mais uns 2 ou 3km para lá do centro da povoação que teve a maior fábrica de celulose e papel de Angola,  e hoje é como que uma aldeia fantasma, tudo  na expectativa de podermos prosseguir viagem, mas em vão. 

           Ainda tive tempo para tirar uma foto uma chaminé sem fumo, mas logo a seguir deparei com o pandemónio....do trânsito

          A chuva tinha feito das suas, ali mais um dos muitos  desvios enlameou-se e quem  tentou passar naquela situação ficou atolado. Muito boas vontades, mas  uma coisa é certa "sem ovos não se pode fazem omeletas".

          Esperou-se ainda que um milagre se desse, mas quando começamos a ouvir os  motoristas dos camiões dizer que único remédio era ali pernoitar, pois a isso já estavam habituados, o que nos acorreu á mente  foi inverter a direcção  e regressar ao Caimbambo a tempo de jantar.

           Cerca das 15h00, deixamos a barafunda, para depois de com uns 250 km gastos em seco por terreno encharcado ir pedir asilo no Caimbambo

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