Uma alma amiga que Deus já tem consigo
É verdade, e o mais certo... De manhã levantei-me cedinho e fui até Telheiras, um bairro que ainda conheci rural e hoje é dos mais modernos e populosos da capital. O dia apresentou-se de cara carrancuda, a fazer lembrar a efeméride que nesta data ocorre: Comemoração de todos os fieis defuntos ou Dia de Finados.
Neste dia em que até a Igreja permite que os sacerdotes possam celebrar três Missas é tradição antiga dos cristãos sufragar de forma mais intensa a alma dos seus familiares e amigos falecidos ou pelo menos honra-los com uma romagem ao cemitério. O facto desta comemoração ocorrer em dia normal de trabalho tem contribuído para que a tradição da romagem aos cemitérios, mesmo nas paróquias rurais, tenha vindo a perder cadência e daí, em muitos casos, os párocos convocarem esses cortejos para o domingo mais próximo a seguir ao 2 de Novembro.
Nas cidades e vilas mais populosas, as pessoas por norma fazem esta romagem de saudade no dia de Todos os Santos, por andar à volta e ser um dia feriado, daqueles que gozamos, graças à Igreja. Ontem aconteceu isso comigo, no fim de almoço aproveitei para ir visitar o campo santo de Oeiras, e honrar a memória de uma alma amiga que Deus já tem consigo.